A expansão das colônias de gatos ferais...
O hábito de criar gatos livres e independentes persiste, pois muitos ainda acreditam que essa é a natureza deles. Balela e irresponsabilidade. As entidades de proteção especializadas em felinos trabalham duramente para derrubar esse conceito equivocado. Quem tem gato deve também ter barreiras físicas para impedir a fuga, como telas e muro elevado com cerca “invertida” (que tem, no terço final da altura, uma dobra de 30 graus para o interior do imóvel impedindo que o felino escale). Pela importância dessa prevenção, muitas entidades protetoras fazem questão de entregar no futuro lar o gato recém-adotado. E, não raro, as adoções deixam de ser concretizadas por falta de contenção adequada.
Colônias de gatos ferais
Os gatos ainda têm instintos de vida selvagem e, quando encontram possibilidade, tendem a querer ocupar todo o “território” deles, que pode chegar a 2,5km2, conforme mostrou o médico veterinário com mestrado em biotécnica Néstor Alberto Calderón Maldonado, em palestra sobre comportamento de felinos. Este fato, associado ao instinto natural de caça, tem facilitado o aparecimento, principalmente em parques e cemitérios das grandes cidades, de colônias de gatos ferais formadas principalmente por animais abandonados ou que fugiram de casa.
Fotos chocantes de ataques de gatos à fauna silvestre nos vários parques da cidade, sobretudo a passeriformes, já eram mostradas em 2010 por representantes da Secretaria Municipal do Verde e do Meio Ambiente, de São Paulo, na comissão de estudos sobre coexistência de animais domésticos da Câmara Municipal da cidade.
Os gatos que vivem em colônia, ao caçar acabam também tendo contato com morcegos, principais vetores da transmissão da raiva, e, com isso, a importância desses felinos na transmissão da doença tem aumentado. Outra zoonose importante da qual gatos passaram a ser reservatório é a leishmaniose visceral. Estudos em Belo Horizonte e em Araçatuba, SP, detectaram exemplares infectados pela doença, situação desconhecida até o início de 2010.
O que fazer?
É preciso impedir a proliferação das colônias de gatos ferais. O melhor método para alcançar esse objetivo é a captura, esterilização e devolução (CED). Por meio de gatoeiras especiais, são feitas de 15 a 25 capturas por ação, em média. Se o gato capturado tiver um corte na ponta da orelha esquerda, sinal de que já foi esterilizado, é solto. Se não tiver o corte, vai para a esterilização e, entre 24 a 48 horas após a captura, é devolvido ao local onde foi pego, já recuperado da cirurgia.
A Organização Mundial de Saúde preconiza que uma colônia de gatos com 70% dos membros esterilizados se mantém com tamanho estável. Se o índice for de 80% ou mais, a tendência é a colônia ir diminuindo de tamanho.
Os gatos ainda têm instintos de vida selvagem e, quando encontram possibilidade, tendem a querer ocupar todo o “território” deles, que pode chegar a 2,5km2, conforme mostrou o médico veterinário com mestrado em biotécnica Néstor Alberto Calderón Maldonado, em palestra sobre comportamento de felinos. Este fato, associado ao instinto natural de caça, tem facilitado o aparecimento, principalmente em parques e cemitérios das grandes cidades, de colônias de gatos ferais formadas principalmente por animais abandonados ou que fugiram de casa.
Fotos chocantes de ataques de gatos à fauna silvestre nos vários parques da cidade, sobretudo a passeriformes, já eram mostradas em 2010 por representantes da Secretaria Municipal do Verde e do Meio Ambiente, de São Paulo, na comissão de estudos sobre coexistência de animais domésticos da Câmara Municipal da cidade.
Os gatos que vivem em colônia, ao caçar acabam também tendo contato com morcegos, principais vetores da transmissão da raiva, e, com isso, a importância desses felinos na transmissão da doença tem aumentado. Outra zoonose importante da qual gatos passaram a ser reservatório é a leishmaniose visceral. Estudos em Belo Horizonte e em Araçatuba, SP, detectaram exemplares infectados pela doença, situação desconhecida até o início de 2010.
O que fazer?
É preciso impedir a proliferação das colônias de gatos ferais. O melhor método para alcançar esse objetivo é a captura, esterilização e devolução (CED). Por meio de gatoeiras especiais, são feitas de 15 a 25 capturas por ação, em média. Se o gato capturado tiver um corte na ponta da orelha esquerda, sinal de que já foi esterilizado, é solto. Se não tiver o corte, vai para a esterilização e, entre 24 a 48 horas após a captura, é devolvido ao local onde foi pego, já recuperado da cirurgia.
A Organização Mundial de Saúde preconiza que uma colônia de gatos com 70% dos membros esterilizados se mantém com tamanho estável. Se o índice for de 80% ou mais, a tendência é a colônia ir diminuindo de tamanho.
Gatoeira facilita na captura |
O método CED já é aplicado no Brasil com bons resultados por algumas entidades de proteção animal, entre elas a Confraria dos Miados e Latidos, de São Paulo; a Gatos de Necrópolis, de Santos, SP; a Felinos Urbanos, de São Luis, e a Colônia Felinas, de Aracajú. Cada entidade faz, em média, de 250 a 300 capturas por ano. Sim, é pouco frente ao número de animais abandonados, mas, se houvesse investimento por parte do poder público, muito mais poderia ser feito.
Ainda há um longo caminho a ser percorrido. É importante que o poder público olhe com atenção para os gatos que se aglomeram nas áreas verdes, para que as colônias não se tornem um problema insustentável.
Como acontece com a maioria das ONGs, nessas entidades as atividades são mantidas por doações, a maioria vinda de pessoas físicas, e por recursos obtidos em atividades como bazares e rifas. Veterinários solidários colaboram fazendo esterilizações por valores em conta. Os que prestam serviço à confraria e à Felinos Urbanos (Sudeste e Norte do País) cobram valores somente de custo.
Ainda há um longo caminho a ser percorrido. É importante que o poder público olhe com atenção para os gatos que se aglomeram nas áreas verdes, para que as colônias não se tornem um problema insustentável.
Matéria realizada pela revista cães e cia
www.caes-e-cia.com.br