quarta-feira, 15 de agosto de 2018

Estudando a “mordida”...

Amigos podem se ver diante de impasses, que ocorrem, geralmente, quando há mal-entendidos. Essa falha na comunicação exige cuidado extra, como uma conversa para resolver o conflito. E quando o melhor amigo é um cachorro? O embaraço pode ser externalizado em mordidas, segundo especialistas em comportamento animal. Por isso, uma equipe de pesquisadores britânicos decidiu estudar a fundo as dentadas a fim de fazer fluir a harmonia entre tutores e pets.

André
Estudo britânico investiga por que os cachorros mordem seus donos, e, segundo os autores, são alguns comportamentos humanos que fazem os animais a reagir de maneira agressiva.


Os investigadores assistiram a vídeos, divulgados na internet, em que pessoas eram mordidas por cães. A intenção era identificar as características que antecederam à reação inesperada do animal, o que, segundo eles, pode ajudar no desenvolvimento de estratégias preventivas. Ao todo, foram analisados 143 vídeos, publicados entre janeiro de 2016 e março de 2017.

“Construímos um sistema de avaliação da severidade das mordidas com base no que podíamos ver nas imagens, considerando o número de mordidas, se o ataque perfurou a pele, se o cachorro balançou a cabeça enquanto mordia e se segurou a pessoa por mais de um segundo. Quanto maior a pontuação, mais grave era a mordida”, detalha Sara Owczarczak-Garstecka, principal autora do estudo e pesquisadora da Universidade de Liverpool.

Em 56 vídeos, os pesquisadores também conseguiram analisar detalhes do comportamento humano e canino que levaram à mordida. “não realizamos análises estatísticas que nos permitissem dizer que o comportamento x causou a violência, mas vimos o que levou à mordida”, pondera Sara Owczarczak-Garstecka.

Três situações foram identificadas: aumento na proximidade do pé ou no ato de se inclinar sobre o cão (aproximadamente 35 segundos antes da mordida), a postura de acariciar o animal (21 segundos antes) e de evitar que ele se movesse (21 segundos antes).

“Essas descobertas poderiam oferecer uma nova visão valiosa para o desenvolvimento de estratégias de prevenção de mordidas. Mensagens de prevenção poderiam enfatizar o risco de se debruçar sobre um cão e simplesmente aconselhar a evitar contato com um cachorro quando possível ou se estiver em dúvida se ele pode atacar”, frisa Sara.

Segundo a pesquisadora, a maioria dos estudos é baseada em evidências identificadas após o ataque, como registros hospitalares e entrevistas com as vítimas. Especialistas em comportamento animal, porém, defendem que o foco se volte também para prevenção, o que resultaria em implicações para a saúde e o bem-estar humano e animal.

“Observando o comportamento do cachorro e do ser humano segundos antes da mordida, acredito que é um alerta para as pessoas que têm total confiança no cachorro e que afirmam que ele nunca morderá um membro da família. Os dados também ajudam a entender que um cachorro não deve ser obrigado a tolerar tudo o que o ser humano lhe quer impor”.

Linguagem corporal

Bali
Também foi avaliado que os dados da pesquisa britânica podem ser úteis para entender o comportamento dos cães e evitar mordidas. Segundo ele, esse é o caminho proposto por treinadores comportamentalistas que não usam métodos aversivos. “Expressões corporais podem ajudar em muito na prevenção de acidentes”.

Todo tutor de um cão deveria buscar aprender a linguagem corporal de seus cachorros. “Mas, infelizmente, como foi constatado na pesquisa, poucas pessoas se atentam a isso. Elas não observam os sinais de estresse que antecipam a mordida ou, em muitos casos, os cães foram tão punidos que aprenderam a ocultar esses sinais.”

Uma análise mais ampliada dos ataques de cães poderia trazer resultados ainda mais úteis. “Como ocorrem mordidas que não são filmadas nem registradas, a pesquisa deveria continuar com perguntas diretas a famílias com cachorros”.

Boa parte das vítimas comete erros na forma como se comportam diante do animal. “Não sabem ler o cachorro e, consequentemente, não percebem que vão ser mordidas. Também há muitos tutores que, por estarem num estado de negação da agressividade do cachorro, facilitam o ataque a outras pessoas”.

Rosnadas

Camilla Sandri, 29 anos, enfrentou o problema em casa, com Theodoro. “Um dia, ele ameaçou me morder, deu uma rosnada.

Outro dia, eu estava fazendo carinho, ele virou a cabeça e me mordeu. Fiquei sem saber o que tinha acontecido. Ele já vinha rosnando havia um mês. Com isso, acabei me afastando, deixando-o mais distante da família”, conta a especialista em marketing.

Sem saber a causa da agressividade do cão, Camilla buscou ajuda de treinadores, que a estão orientando sobre como lidar com Theodoro. “Temos aulas há alguns meses, e eles me ajudaram a identificar o que poderia ter ocasionado essa mordida. Disseram que ele tinha uma agressividade por posse, que ele me mordeu provavelmente porque a vasilha de comida dele estava perto”, diz.

A especialista em marketing mudou a forma de cuidar do seu cachorro e comemora os resultados já atingidos. “Eu tirei a vasilha, comecei a dar comida na mão ou a jogar no chão. Isso melhorou bastante. Agora, ele já está mais próximo da família e não temos mais esse problema de agressividade”, frisa.

Capitu
Análise dos sinais de alerta

Alguns comportamentos antecederam o ataque de cães nos vídeos analisados pelos pesquisadores britânicos, veja quais são as três principais situações que ocorreram mordidas:

35 segundos antes
A vítima aproximou o pé do cachorro ou se inclinou sobre o animal

21 segundos antes
A vítima acariciou o animal

21 segundo antes
A vítima fez algo para evitar que o cachorro se movesse.



Impressionante não!! São situações que aparentemente parecem de carinho ou inofensivas, porém, em determinado momento ou clima podem ser interpretados de outra forma pelo seu cão.

quinta-feira, 14 de junho de 2018

9 PASSOS PARA TER UM FILHOTE BEM EDUCADO

Chegada do Filhote

Começar com o pé direto é muito importante para uma boa conivência com o novo membro da família. A educação de um filhote requer paciência, assim como quando a família tem uma criança em processo de aprendizagem.
Cada cãozinho tem um tempo de resposta ao treinamento, por isso precisamos respeitar o limite de cada indivíduo e a linguagem do animal, pois só assim conseguiremos agir da forma correta em cada situação.
Algumas dicas fundamentais para qualquer treinamento são: ter em mente o seu objetivo, compreender a forma de pensar do seu animalzinho e ter calma. Com dedicação e o tempo necessário você chegará lá.

1-Socialização

Torne-o mais sociável, tranquilo e seguro sociabilizando-o com diferentes animais e pessoas. Faça esses treinos de forma gradual expondo o filhote às situações, mas sempre associando-as a algo positivo.

Também dissenssibilize o filhote de possíveis medos de objetos que são frequentemente utilizados por nós, como escovas, rasqueadeiras e utensílios de banho, por exemplo. Expondo o filhote aos estímulos, deforma gradual e sempre com recompensas, o peludo vai ficar cada vez mais integrado à família. Consulte o veterinário antes da sociabilização.

2-Passeio tranquilo

Adaptar o pet à coleira antes de sair na rua é essencial. Habitue desde cedo a usar coleira. Assim que ele já estiver acostumado com ela, utilize a guia e o petisco para fazer o pet se movimentar em sua direção. Somente quando o bichinho estiver se sentindo confortável inicie os passeios na rua.

Lembre-se de sempre respeitar os períodos da vacinação do filhote, evitando assim o risco de ele contrair doenças.


3- Sem medo de ir ao veterinário

A manipulação de filhotes em diferentes partes de seu corpo é muito importante pra diversos procedimentos futuros com o médico veterinário. Devemos mexer e suas patinhas, ouvido, rabo e na parte interna da boca frequentemente, 
mas sempre recompensando o animal com carinho e dedicação. Acostumá-lo a caixa de transporte e com o carro é outro passo importante para facilitar as idas ao veterinário, ao banho e tosa, além de acostumar o animal com possíveis viagens com a família.

Para isso, devemos transformar a caixa em um abrigo para o filhote. Inicialmente, deixe o animal livre acesso a ela, realizando sua alimentação dentro da caixa e vai treinando por pequenos períodos até ele ficar a vontade dentro dela.

4-Incentivando o pet

Assim como fazemos co nossas crianças, devemos facilitar o entendimento do pet em relação aos ensinamentos que queremos passar. Facilite tarefas para que ele as realize e tenha a oportunidade de ser recompensado. Com repetições e dinâmicas, o filhote raramente perderá o interesse em aprender.

Dê a ele atividades que supram suas necessidades, como brinquedos para morder, pois filhotes sentem desconforto muito intenso quado os dentes começam a nascer e durante a troca dos de leite. Se essa dor e coceira não forem direcionadas ao passatempo correto, o pet pode desenvolver o hábito de morder objetos da sua casa

Use abuse também de brincadeiras com bolinha e caça ao tesouro, espalhando ração ou petisco pela casa para que o filhote o fique farejando. As atividades cansa o pet, gastando a energia que esses pequenos naturalmente têm, o que é fundamental para ajudar o cão a não ter interesse por nada que ele não possa morder, como utensílios dos donos ou da casa. Se ele brincar com outra coisas, ele irá cansar e passará boa parte do tempo descansando e longe de confusão.

5-Comandos básicos

Ensinar comandos desde que o filhote chega em casa é muito importante. Mais do que algo fofo de ver, esse treinamento estimula o peludo a realizar alguns comandos básios, o que melhora a comunicação entre o cão e os tutores e ajuda o animal a compreender melhoro o que é esperado dele.

O comando “senta” pode auxiliar em diversas situaões: quando chegam visitas você pode pedir o comando ao pet e evitar quee pule nas pessoas. Se o animal entender que setando ele ganha mais atenção do que pulando, vai passar a gostar de atender a tal comando.

Para ensinar “senta”, coloque um petisco bem gostoso no focinho do animal e leve a guloseima para cima de sua cabeça, fazendo o peludo encostar o bumbum no chão. Quando le o fizer, dê a recompensa. Repita o treinamento até que o amigo esteja sentando com o 
movimento da sua mão. É importante sempre recompensá-lo com aquilo que ele mais gosta: petisco, atenção, carinho ou brinquedos. Descubra qual recompensa favorita ele use-a nos treinos. 

6-Estabeleça limites ao pet

Ensinar limite ao filhote vi auxiliá-lo ter autocontrole e evitar comportamentos indesejado. Para isso, ensine o “não”. Quando o filhote não insistir mais, recompense-o. Calma e perseverança são as palavras-chave para o sucesso dos treinamentos. Se tiver dificuldades para lidar com um filhote, procure especialistas em adestramento.

7-Use reforço positivo

Esteja ciente de que errar é natural e não adianta dar broncas quando ele errar um comando. Porém quando acertar um comando, o local do xixi, ou qualquer ensinamento que esteja passando a ele, recompense. Muitas vezes, as broncas utilizadas incorretamente poder causar traumas ou alterações comportamentais.

Por isso, a educação o filhote deve ser baseada em reforços positivos. Ele deve aprender pelos bons comportamentos, e não pelos maus. Recompense o amigo com carinho, petiscos, brinquedos ou com o que ele mais gosta sempre que tiver o comportamento desejado pelos donos.

Tenha mente que mesmo com muito treino, os comportamentos negativos não acabarão imediatamente. É preciso ter paciência e mostrar sempre ao animalzinho que é legal se comportar de uma forma esperada.

8-Ensinado o local das necessidades

Um erro bastante comum ocorre quando tentamos ensinar nosso filhote a fazer suas necessidades no local correto. Sem saber, alguns tutores acabam deixando o jornal ou o tapete higiênico perto demais da comida, da água e da cama do cão. Além de eles não gostarem de se aliviar perto de onde comem e dormem, devemos facilitar o aprendizado.

O primeiro passo é retirar tapetes de tecido e de pelos da casa, pois os locais absorventes são um chamariz para nossos amiguinhos, já que, por instinto, ele busca locais que enxuguem o xixi.

Aumente quantidade de tapetinhos higiênicos pela casa, pois filhotes não conseguem segurar o xixi por muito tempo, principalmente quando estão eufóricos brincando. Então, sempre que perceber que o cão está procurado um local para fazer suas necessidades leve-o para o tapetinho mais próximo. Quando ele fizer no local correto, faça carinho e elogie o comportamento e pode também oferecer petisco. Quando o filhote fizer fora do local correto ignore o comportamento e limpe sem que ele veja, evitando assim que o peludinho comece a urinar somente para ganhar sua atenção. Ver os donos limpando suas sujeiras também pode desencadear no animal a coprofagia, que é o ato de comer fezes.


9-Solidão sem crise


Nosso dia a dia é bastante conturbado: saímos de casa cedo e passamos o dia fora, no trabalho ou estudando, e nosso peludo muitas vezes fica em casa ocioso nos esperando. Essa situação pode gerar uma série de comportamentos indesejados, como ansiedade, estresse, compulsões etc. Assim, ensinar nosso filhote a ficar sozinho praticando atividades bem legais ajudará muito o pet a ser mais feliz.

O enriquecimento ambiental com brinquedos é uma forma bastante eficiente de deixar nossos cães distraídos, além de ser saudáveis, físico e mentalmente.

sexta-feira, 4 de maio de 2018

Dez passos para melhorar a vida do seu cão

VIDA NOVA!


É com esse espírito que costumamos fazer mudanças em nossas vidas. Planejar mudanças para nossa vida e dos nossos pets, requer paciência e dedicação! Separamos dez passos que podem ser implementados na rotina do pet e melhorar, ainda mais, a qualidade de vida dele.

Que tal começar a mudar alguns maus hábitos e com pequenas mudanças melhorar a vida e o bem-estar do seu pet!!




1. HORA DA COMIDA

Cães e gatos são espécies diferentes e, portanto, possuem hábitos alimentares distintos. A melhor maneira de cuidar do seu bichinho é conhecer suas necessidades naturais. Cães filhotes, por exemplo, no geral, devem ser alimentados três vezes as dia; adultos, duas vezes (a cada 12 horas). Gatos, por sua vez, precisam que sua comida fique disponível por mais tempo, já que costumam fazer pequenas refeições ao longo do dia. Contudo, existem formas de aproveitar esse momento patra interagir com o pet e até treiná-lo. Segure um pouquinho da comida com as duas mãos, deixe o pet sentir o cheiro e comece a levantar a mão devagar, se o animal pular, esconda a mão e reinicie o processo. Quando ele sentar, você entrega o alimento. A mesma técnica serve para o animal parar de vocalizar: segure a comida e espere pacientemente o animal parar de pular, latir ou miar para entregar o alimento. Com paciência e repetições dirias, ele vai ficar mais educadinho.

2. NECESSIDADES NO LUGAR CERTO

Para quem tem um cão que erra o banheiro, há dois pontos que devem ser cosiderados: o lugar certo e o errado. O banheiro que você escolheu (lugar certo) deve estar em um ambiente tranquilo e confortável, longe da comida, de barulhos e da passagem de pessoas. Além disso, o local deve ser limpo diariamente, mas não faça isso na frente do pet, pois a atitude pode desencadear comportamentos como ingestão de fezes e destruição de tapetes higiênicos, jornis etc... Quando o pet fizer xixi ou cocô no lugar errado, da mesma forma, não limpe a sujeira na frente dele para não reforçar esses comportamentos. Use produtos específicos para retirar os odores e comece a alimentá-lo naquele local, para que ele desassocie aquele lugar do banheiro.



3. SONO TRANQUILO

Na hora de dormir, é importante que o animal tenha seu cantinho confortável. Pode ser caminha chique ou um paninho. A verdade é que, aos olhos dele, o lugar precisa ser aconchegante. Animais muito peludos podem preferir dormir no piso frio por conta do calor. Então, não force o bicho a dormir naquela cama cara que você comprou se ele não estiver afim, ok? Além disso, cães e gatos têm uma preferência por dormir onde encontram uma concentração maior do nosso cheirinho, por isso eles adoram o sofá, nossa cama, o travesseiro e até o cesto de roupa suja. Se for o caso do seu pet, que tal passar uns minutinhos por dia sentado na caminha dele para deixar um pouco mais do seu cheirinho por lá!

4. DEIXANDO O PET SOZINHO

Deixar o pet sozinho pode ser algo bem estressante para algumas famílias. Animais sociais como os cães podem sofrer muito quando o tutor passa muito tempo fora. Se seu cão sofre desse mal, saiba que para amenizarmos esse sofrimento, é importante seguir duas dicas: nada de grandes despedidas quando sair de casa e nada de muito alarde quando voltar. Pode ser difícil para algumas pessoas ignorar a festa que o cachorro faz quando elas chegam, mas é importante lembrar que o melhor momento do dia do cachorro não pode ser esse. Senão, ele vai acabar sofrendo o dia todo com a sua ausência. Faça o seguinte teste: saia de casa como se fosse pegar uma correspondência, e volte um minuto depois. Aja naturalmente e não faça nenhuma festa quando voltar, mesmo que o cachorro esteja pulando ou latindo. é dessa forma que você deve entrar em casa , mesmo que seja depois de um longo período de ausência.

5. ÁGUA À VONTADE

Com exceção de alguma recomendação veterinária, a água deve ficar disponível o dia todo. Nada de potes ou recipientes sujos, mofados nem cheios de algas. Os animais precisam ter acesso a uma água limpa e fresca. Caso contrário, podemos comprometer a saúde dos seus rins, já que o bicho pode deixar de beber água por estar muito suja ou com um gosto estranho. Olhe o recipiente e pense “Eu beberia essa água?” Se a resposta for não, é melhor providenciar uma água mais fresquinha. Além disso, substitua com mais frequência a água dos potes de plástico, pois eles acumulam bactérias com mais facilidade.

6. CÃES ESPORTISTAS

Se seu pet é agitado e tem energia de sobra para gastar, você pode considerar fazer algum tipo de esporte com ele, mas antes é interessante saber como está a saúde do animal, já quer não podemos sair por ai correndo e pulando com um cão de uma hora para outra sem um preparo físico adequado. Se a saúde dele estiver em dia e a sua também, há algumas opções bacanas para gastar a energia do pet, como caminhadas, bicicleta, corrida, percorrer trilhas, agility, canicross, flyball, freestyle e frisbee dog. É certo que algumas raças se dão melhor nos esportes, mas essas modalidades podem ser praticadas por qualquer cão. O interessante é ir com calma para o animal se adequar aos exercícios, que costumam ser intensos. Quem sabe você não descobre que seu melhor amigo é também um esportista nato!

7. BANHOS SEM ESTRESSE

A verdade seja dita: nem todo pet gosta de banho! Então, o melhor que devemos fazer é avaliar seu comportamento. Se o seu pet não curte esse momento, verifique com o veterinário a frequência ideal de banhos e consulte o comportamentalista para ajuda-lo come treinos específicos que vão habituar o animal à rotina, diminuindo o seu estresse. Associar esse momento a um petisco gostoso pode ajudar! Você pode também deixar os objetos utilizados no banho (toalha xampu, secador) espalhados pela casa por alguns minutos todos os dias, para que o pet veja que eles não são grandes ameaças. Além disso, vale lembrar que alguns pets não podem tomar banho com água e sabão. Chinchilas, por exemplo, não podem ser molhadas. O ideal é oferecer uma banheira com pó de bicarbonato de cálcio para que elas mesmas se higienizem.

8. PASSEIO SEGURO

Na hora de passear com o seu cão, verifique o estado da coleira e da guia que você pretende utilizar. É importante que esses itens sejam seguros, já que na rua há muitos estímulos que podem assustar ou distrair seu cahorro e até causar acidentes. Você precisa estar preparado para eventuais surpresas desagradáveis, equipando-se de acessórios corretos e adequados ao porte do seu pet. As coleiras não podem estar muito justas, por exemplo, nem muito folgadas ou gastas. Um dedo (no máximo dois) de folga é o ideal. Se seu cão for peludo, fique de olho e verifique se, ao longo do passeio, a coleira não afrouxa.

9. VAMOS BRINCAR?

O estímulo mental é super importante para os pets. Por isso, brincar é fundamental! Muitas vezes, as pessoas compram inúmeros brinquedos que ficam simplesmente jogados pelo chão da casa. Alguns animais brincam sozinhos, mas muitos preferem a interação com o tutor. Então, que tal separar pelo menos 10 minutinhos do seu dia para brincar mais com o pet neste novo ano? Estimule-o também a caçar a comida em brinquedos, tornando o momento da alimentação algo mais prazeroso para ele e para você. Afina, você é tudo que ele tem!

10. MODA PET

Por mais lindos e caros que sejam, roupas e acessórios não são itens naturais e primordiais para um animal. Se você é daqueles que adora vestir o pet, tome muito cuidado! Alguns ficam muito mais ansiosos quando estão com adereços, justamente porque esses enfeites podem interferir diretamente na sua mobilidade. No caso dos cães peludos, as roupinhas usadas por longas horas podem favorecer a formação de nós na pelagem, além de propiciar o surgimento de dermatites e outros problemas de pele. Então preste atenção também no clima antes de enfeitar o bicho e nunca o deixe com roupa durante uma noite inteira, por exemplo. Sapatos foram desenvolvido para evitar que cães se cocem ou lambem as patas excessivamente, não para passear! Evite o uso desses “calçados”, que podem até facilitar o desenvolvimento de fungos nos coxins (as almofadinhas das patas), comprometendo a saúde do cachorro.

quarta-feira, 17 de janeiro de 2018

Comandos Básicos de Obediência

A importância dos comandos básicos de obediência


Um cão obediente e bem educado encanta a todos por onde passa e ainda é motivo de orgulho para o dono. As técnicas e exercícios de adestramento empregados nos treinos de obediência melhoram a sua comunicação com cão, além de prevenir diversos problemas comportamentais. Essas técnicas de adestramento, desde que feitas corretamente, fazem dele um cão mais seguro e confiante, promovendo um estado mental mais calmo e tranquilo.

Ao contrário do que muitos podem pensar, trabalhar comandos de obediência não é apenas ensinar o cão a sentar, a deitar e a ficar. Esse trabalho envolve uma série de exercícios que condicionam seu cão a criar novos hábitos em situações diversas, tanto no ambiente doméstico como no social. É uma forma de comunicação clara, que quando criada de maneira correta, traz resultados incríveis no lado comportamental. O objetivo desse programa é estreitar o relacionamento da família com o cão, promovendo o engajamento e a inclusão do cão na vida social. A família deve participar ativamente do processo e lembrar de praticar o que aprendeu ao longo da vida do cão de forma rotineira.

Outro fator importante dos exercícios de obediência básica para cães, é o desenvolvimento das habilidades cognitivas. Existem diferentes níveis e tipos de treinamento que podem ser oferecidos ao animal para desenvolver suas habilidades. Estão divididos em:

- Cães de serviço: cães-guia, cães de defesa e proteção, cães de resgate, entre outras funções.
- Cães de competição: agility, mondioring, cães de exposição, entre outras modalidades.
- Cães de companhia: aprendem os comandos puramente para exercitar suas funções cognitivas.

Truques

Quando se ouve falar de treino e obediência, a maior parte das pessoas pensa em comandos clássicos de “senta”, “deita”, “junto” ou “fica”. Na verdade, e apesar de se tratar de comandos nucleares estruturantes, existem outros tipos de comandos, também importantes, que não devem ser negligenciados, os chamados “truques”. Esse tipo de “comando”, normalmente derivado de alguns dos comandos básicos, oferece bastante estímulo mental, além de ser bem divertido!!

Benefícios de começar certos treinos com filhotes

Quer coisa mais gostosa que um companheiro canino educado? Saiba que este é um desejo possível! Se você acabou de comprar ou adotar um cão filhote filhote, deve estar em dúvida sobre qual seria a melhor idade para começar o adestramento. Pensando nisso, vamos falar sobre a importância do adestramento de cães filhotes.

O adestramento canino é muito importante para o desenvolvimento do cão, já que, neste processo, eles aprendem noções básicas que são úteis para manter a ordem na sua casa e na hora de um passeio.

Diferentemente do que algumas pessoas pensam, é sim aconselhado que os cães sejam adestrados logo no início da vida, ainda filhotes, assim fica mais fácil introduzir os ensinamentos, pois não possuirão vícios.

Pensando em como adestrar um filhote de cão, existem duas possibilidades: buscar apoio de um profissional para executar essa tarefa,contratando um adestrador habilitado; ou o próprio dono treinar seu companheiro. No caso da segunda alternativa, é interessante que se busquem dicas e orientações para técnicas de adestramento e não causar confusão na cabeça do seu companheiro.

Veja alguns dos benefícios de fazer o adestramento de filhotes

– Cães filhotes são mais abertos ao aprendizado e absorvem melhor os comandos ensinados;

– Para evitar que seu companheiro se torne um cachorro agressivo, não demore para começar o adestramento;

– O treinamento irá ajudar seu cão a se acostumar com a coleira e a obedecer comandos básicos de obediência, que são essenciais para um passeio ou uma atividade a que não está acostumado.

História dos Cães de trabalho

Nos anos 70, começou, na Alemanha, o movimento de conscientização e preservação do meio ambiente e, com isso, o desenvolvimento da ecologia e da etologia, cujo pai, Konrad Lorenz, já vinha desenvolvendo pesquisas do comportamento animal sem a interferência humana. Consequentemente a óptica arraigada do animal selvagem como uma fera inimiga do homem começou a mudar.

Com essas ideias, passou-se a estudar o comportamento dos animais como companheiros de vida na Terra. Os treinadores alemães começaram a utilizar conhecimentos de etologia no treinamento de cães de guarda, conseguindo sensíveis progressos. Esse conhecimento levou os treinadores à preocupação com a autoconfiança dos cães que fossem participar de provas de ataque, tornando o adestramento de cães de guarda um esporte.

A Inglaterra levou essas ideias mais além e, com base nos concursos hípicos, Peter Lewis lançou, em 1978, através do seu livro “The Agility Dog International”, uma nova modalidade de adestramento: o agility, no qual, sequer se utilizavam coleiras e guias. O cão teria que realizar um percurso sozinho, sem o menor auxílio do ser humano, como o fazem os cães de circo. Aqui no Brasil, devido à cultura latina/machista, essa mudança foi lenta, relutante e persistente. Entre os treinadores o conceito de cão de guarda era visto como cão de ataque mais do que como cão de defesa. Foi esta a razão da publicação do livro “Adestramento Sem Castigo” (1986), que trata o relacionamento com os cães sob o prisma das dificuldades dos cães em compreender e aceitar os comandos humanos. Foi abolido o comando militar e introduzido o diálogo com o aprendizado da linguagem canina. Esse conceito foi associado à contraindicação de se treinar um cão para ataque e à aplicação do conceito de defesa pessoal, semelhante ao das artes marciais, como um esporte.

A ideia de ensinar um cão a morder soava como um absurdo tão grande quanto ao de ensinar um pássaro a voar. Como, instintivamente, todos os cães sabem brigar, passou-se a divulgar o conceito de ensinar aos cães como se defender dos truques humanos de briga. Um cão não sabe dar uma gravata, rasteira, soco, chute, paulada, facada, tiro etc., ele só sabe morder. Com o conceito de cão de guarda como um esporte, os cães aprendem a defender-se sem serem, em princípio, agressivos. Os cães, antes atiçados para morder por ojeriza a estranhos, tornavam-se neuróticos e assustados, com medo das pessoas e por isso mordiam com uma frequência assustadora. O cão que aprendeu como lutar, apenas contra os golpes humanos, teve autoconfiança e tranquilidade suficiente para discernir uma ameaça verdadeira de uma falsa. Daí para frente foi mais fácil a erradicação do conceito da necessidade de produzir um cão feroz como a única maneira de treinar um cão para guarda. E assim, como em todo o mundo, desenvolveu-se uma outra modalidade de adestramento: o treinamento de cães auxiliares para deficientes físicos, com muito sucesso.