quarta-feira, 6 de julho de 2022

Lobo e Vaco

Truques para educar seu cão


Treinos rápidos para tutores que têm a vida muito agitada

Muitas vezes o cão se torna muito agitado ou ansioso e não obedece a um simples pedido. Esse mau hábito se formou por desconhecimento de algumas técnicas de educação canina. O interessante é que, mesmo quem tem um dia muito corrido, pode educar seu cão em casa a ponto de ele se tornar uma referência de bom comportamento.

Hierarquia: Faz parte do universo canina saber e entender a posição deles no grupo onde estão inseridos. Logo cedo eles tentam entender se “lideram” ou se são “liderados” dentro do contexto de “matilha”.

O que se vê frequentemente são os cães tratados como filhos mimados, sem limites. O resultado do excesso de liberalidade tende a ser o desenvolvimento de maus hábitos. As chances de um cão criado sem limites se tornar desequilibrado, latir muito, pular ou morder os donos para obter controle, são elevadas.

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Treinos práticos

1. Valor do “reforço negativo”

Desde o primeiro contato e a chegada do cão em casa, deve ficar bem claro para ele o que não deve fazer. O “não”, o “toque”, o “gesto” ou um “som com a boca”, podem ser recursos para o tutor utilizar na hora de indicar as coisas que ele não pode fazer. Naturalmente os cães prestam mais atenção nas expressões e gestos corporais, e só em seguida na vocalização. Portanto, para que a bronca funcione, o seu corpo também tem que se comunicar com o cão. Não seria usar ódio ou agressividade, basta olhar diretamente nos olhos do seu cão e com uma entonação de voz ser firme em determinada situação.


2. Recepção em casa

Chegadas e saídas de casa devem ser sempre em clima calmo e tranquilo, pois se o cão entrar em euforia, o tutor deve acalmá-lo. A recompensa, o carinho e a atenção devem ser feitos quando o animal estiver bem calmo e equilibrado. Cães que latem incessantemente ou que urinam de excitação com a chegada de alguém dão sinais de ansiedade excessiva.


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3. Interação e passeio

Toda atividade começa antes de apresentar um objeto ou colocar algum equipamento de passeio como a coleira. Aguarde o “time” certo, quando o cão estiver tranquilo e calmo, se ele estiver muito agitado ou ansioso não prossiga com a atividade. Na rua, não permita que seu cão lata desesperadamente para outros cães e pessoas. Se isso ocorrer, interrompa imediatamente a caminhada. Para isso, use os sinais de controle para bloquear esse comportamento. A regularidade das atividades, passeios e interações é importante no processo educativo. Promove a socialização e, com isso, contribui para a maior naturalidade na aceitação de outros cães e pessoas.



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4. Saúde mental do seu cão

Aproveite os tempos livres para interagir com seu cão, isso aumenta o vínculo e cumplicidade de ambos, o que contribuirá positivamente para o bom comportamento dele. Os passeios podem ser prolongados, ganhar novos percursos e destinos. As atividades e comandos de obediência podem ser praticados como brincadeiras. Essas interações são importantes para proporcionar a saúde psicológica e física do cão. Cachorro cansado é mais feliz e dá menos trabalho em casa.

5. Interações rápidas

Pequenas interações durante o dia são mais um recurso precioso para aumentar a cumplicidade com o cão e mantê-lo emocionalmente equilibrado. Interações rápidas como brincar de busca com bolinhas ou objetos é uma ótima atividade para exercitar o cão, mesmo em espaços pequenos. Esconder comida pela casa para o animal encontrar exercitando o olfato estimula a concentração pet e o distrai, deixando-o mas equilibrado psicologicamente.

6. Aprender a ficar sozinho

Se o cão ficará dentro de casa sem nenhuma companhia procure amenizar a falta de distração típica dessas situações. Guarde brinquedos exclusivos para essas situações, interativos como bolas que desafiam a cognição e habilidades para retirar petiscos de dentro delas, coco verde e garrafas pet para destruírem ou qualquer objeto que prenda a atenção do cão por um bom tempo. Não cometa o erro de fazer “sessão” de despedida. Isso só aumenta o sofrimento do animal nos momentos de solidão. Se frequentemente o cão viva sozinho, considere a possibilidade de trazer outro animal para lhe fazer companhia. A convivência em bando faz parte do instinto de matilha dos cães. Porém, procure analisar as condições gerais e qual raça e sexo seria melhor para conviver junto ao seu cão.

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7. Treino de obediência

A obediência básica faz toda diferença para controlar o cão nas mais diferentes situações, inclusive nas práticas de exercícios. Os comandos aprendidos em treinamentos fazem que o animal tenha mais foco e atenção ao seu tutor, saiba aguardar comandos específicos e executar na hora certa. Dentro dos treinamentos o cão fica condicionado a certos comportamentos como caminhar junto e ao lado correto do seu tutor. Os comandos são praticados de maneira correta nas interações e brincadeiras aumentando a comunicação e o vínculo com seu dono.

8. Educação com consistência

O tutor e os demais moradores da casa precisam adotar os mesmos comandos e as mesmas permissões e proibições da casa para que o treinamento fique claro para o cão. A falta de consistência na educação, como quando se permite subir no sofá às vezes e, em outras vezes, proíbe, é uma das causas mais comuns de cães “mal-educados”. Sem saber claramente o que se espera dele, o animal fica inseguro e o aprendizado se torna difícil. Então, defina bem as regras com todos os membros da casa e coordene para que todos sejam consistentes. É mais fácil para o cão entender quando a regra fica bem clara.


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Mau hábito persistente

Em geral, os problemas comportamentais caninos resultam de educação incorreta e erros de manejo praticados pelo próprio tutor.

Se mesmo com todas as dicas e orientações de educação e obediência canina persistir algum problema comportamental em seu cão, a melhor forma de conseguir ajuda é através de um especialista em comportamento canino, pois muitas vezes o comportamento está muito viciado ou pode haver traumas pelo manuseio incorreto. O trabalho do profissional é identificar a causa do problema e passar orientações e técnicas aos tutores do animal para que eles mesmos consigam fazer as correções no seu pet. Muitas vezes, esse trabalho inclui mudanças na forma de os tutores lidarem com seu cão!