quarta-feira, 11 de dezembro de 2024

Humanização dos Cães

Humanização dos Cães



Wood & Dandara
Efeitos e desvios de comportamento gerados pelo manuseio humanizado dos cães.

É o comportamento e a comunicação de uma pessoa com seu cão baseado na psicologia humana, ou seja, gestos e sinais que só os humanos podem entender entre si. Por isso é essencial entender e aplicar a psicologia canina, a linguag

em corporal e os sinais caninos (calming signals). Um exemplo comum é ficar exageradamente passando a mão no cão. Isso, no mundo canino, poderá ser interpretado por ele como lambeduras e passar a informação de que ele é o líder na relação.


Não “humanizar” os pets é um aspecto muito importante para não os deixar confusos na relação com seu tutor. Receber informações desconhecidas deixará o animal alheio à informação e o levará a tomar a iniciativa em todas as situações. 

Não precisamos nos privar de nada, nem de carinhos e agrados, basta fazer a lição de casa. Se a nossa liderança positiva e hierarquia estão bem-estabelecidas, o restante é garantido!


Reatividade e Desequilíbrio

Reatividade é a comunicação agressiva ou desequilibrada que um cão possa apresentar em determinadas situações. Alguns cães podem desenvolver traumas, agressividade, insegurança, medo, dominância, possessão, apego excessivo e muitos outros comportamentos indesejados só pelo fato do manuseio e comunicação incorretos do seu dono.

Aspectos de Reabilitação

1. Trabalhar outras formas de comunicação e rotinas não vivenciadas pelo cão. Muitos cães ficam viciados em certos comportamentos repetitivos que foram ensinados pelo seu tutor.

2. Trabalhar a reatividade do cão, pois ele se torna agressivo e desequilibrado quando aprende comportamentos reativos para se comunicar.



3. Trabalhar o cognitivo do animal. Estimular o cão a se expressar e agir com comunicação alternativa.

4. Ambientes incompatíveis com o pet, falta de higiene do animal e problemas de saúde clínica são fatores responsáveis por muitos problemas de temperamento do cão.

5. Construir relação de confiança com o cão executando comandos de obediência, truques e contato visual são tarefas muito importantes para que ambos se comuniquem melhor.

6. Praticar a “migração”. Passear ao máximo com o cão, em vários ambientes diferentes, diversificando a caminhada para que ele esteja sempre motivado e com energia calma.

7. Construir relação do cão com os equipamentos de adestramento e passeio. Associação positiva. Iniciar sempre no ambiente interno.

8. Socializar o cão aos poucos nos ambientes externos como diversos ruídos, pessoas estranhas, animais e principalmente outros cães. Proporcionar esse convívio desenvolve a leitura gestual dos outros cães.

9. Desenvolver a habilidade de comunicação do cão em longas distâncias para despertar a atenção dele nos momentos de distração e estresse.

10. Trabalhar o chamado “Desamparo Apreendido”. Situação em que o cão se acostuma a viver em modo de estresse.



11. Trabalhar com sensibilidade e tranquilidade cães inseguros e traumatizados, pois são muito mais vulneráveis a ficarem reativos.

12. Sempre oferecer ambiente controlado para o cão descansar e relaxar.


Importante:

O trabalho de reabilitação requer conhecimento das técnicas desenvolvidas por profissionais ao longo do tempo. É preciso ter experiência para avaliar a gravidade da situação e fazer um diagnóstico o mais preciso possível do animal. Todas as situações poderão ser trabalhadas para reverter ou melhorar o quadro traumático.


Todos os cães merecem outra chance!