sexta-feira, 31 de outubro de 2014

Adestramento para Ataque e Defesa

  Proteção empresarial, residencial e pessoal

Nessa modalidade treinamos o cão com técnicas para ataque e defesa. 
                                                                                                                 
Para esse adestramento serão necessários alguns testes específicos no cão antes de começar o treinamento, para que possamos verificar se ele tem ou não o perfil para essa função. É feita uma avaliação gratuitamente na própria residência do cão com horário marcado. 

Depois de avaliar o cão e ele ter passado no teste, estando apto para essa função, iniciaremos os treinamentos técnicos direcionado para cada caso específico. 

Por que adestrar o cão para ataque e defesa?:
O propósito desse treinamento é ensinar ao cão a proteger pessoas e ambientes com segurança, ou seja, muitas pessoas usam cães para proteger sua casa, sua empresa, seu sítio, mas não o preparam direito para isso, porque há que se ter muita responsabilidade sobre um cão de guarda, para evitar acidentes como no caso de entrar uma pessoa desconhecida no território dele sem a presença do dono ou alguém praticar algum tipo de gesto de ameaça ou uma criança sem querer entrar no ambiente dele, pois o cão mal preparado irá atacar sem hesitar causando um acidente grave e muitas vezes fatal.

O cão preparado para essa função não ataca sem motivo, pois ele deve ser adestrado antes com obediência básica e socializado, para que se relacione com pessoas estranhas e evite acidentes desnecessários. Ele será preparado para agir no comando do seu dono, isto é, respeitará as pessoas e outros animais, sob ordem de ataque ou de vigília ele cumprirá sua missão.

Podemos usar um cão com essas qualidades em várias situações como: fazer a guarda de território (residência, casa de veraneio, empresa, chácara, fazenda...) onde se poderá usar um ou mais cães, dependendo do tamanho da propriedade, realizando, assim, um esquema de proteção, proteger a pessoa dentro do veículo, fazer a segurança de um evento ou uma festa, escoltar a pessoa com documentos ou dinheiro numa saída ao banco, proteger a pessoa contra tentativa de sequestro ou numa simples caminhada.

Importante: não treinamos o cão para que ele fique bravo ou agressivo, pelo contrário, preparamos o cão para que ele seja obediente e equilibrado, treinado e preparado para agir em certas situações. Treinar um cão para ter habilidades de ataque e defesa requer consciência desse propósito e responsabilidade sobretudo. Antes de ser treinado para essas habilidades, o cão deverá estar obedecendo perfeitamente aos comandos básicos e ser totalmente submisso ao dono.

Nota: treinamos o cão no local a ser protegido com técnicas de adestramento e simulações práticas.


Comportamento canino

Comportamento canino e Amestramento

Cães felizes são cães equilibrados

Comportamento Canino:


Esta etapa do adestramento tem por objetivo ensinar ao cão bons comportamentos dentro e fora de casa, ensinar a ele o que pode e o que não pode fazer, como: 

. fazer suas necessidades no local correto;

. desestimulá-lo a roer objetos e coisas da casa;
. não roubar comida da mesa;
. não latir em excesso;
. não pular nas pessoas;
. evitar a coprofagia (comer suas próprias fezes);
. não destruir plantas e jardins;
. lidar com agressividade, entre outras situações.

Neste módulo trabalhamos para socializar o cão e equilibrar seu temperamento, ou seja, aumentar a auto-estima dos cães mais medrosos ou equilibrar os cães mais agitados. Essa socialização permite que o cão saiba conviver tranquilo com outros animais e pessoas desconhecidas.



Amestramento: 

Ensinamos o cão a executar alguns truques como dar a pata, a cumprimentar, a se fingir de morto ou buscar bolinha, por exemplo. Entendemos que essas brincadeiras além de ser ótimo entretenimento entre “dono e cão”, servem principalmente para exercitar a mente e a parte física do animal.

Adestramento para obediência

Adestramento básico


“O adestramento é a melhor forma de se interagir com o cão”


Ensinando os comandos "fica" e  "senta"
Muitas vezes, as pessoas tomam atitudes para corrigir comportamentos indesejados e nem percebem que, na verdade, estão estimulando ainda mais o cão a repetir uma ação errada. Pois é, isso é muito comum, é para isso que serve o adestramento: desenvolver as habilidades do seu cão através de comandos e ensiná-lo a se comportar de maneira adequada.

Adestramento Básico: 


Este nível de adestramento é essencial e consiste principalmente em manusear o cão com a guia (coleira), pois ele aprende a obedecer comandos básicos como “junto”, “não”, “deita”, “fica” e “senta”. Aprende a andar com o dono e a se comportar em locais públicos, respeitando as pessoas e outros animais. O animal a partir desse treinamento muda completamente de postura, ficando mais tranquilo e atento aos desejos do seu dono. É fato, após adestrado nesse nível, muitos problemas comportamentais dentro de casa já serão resolvidos. 

Adestramento Avançado: 


Essa fase do treinamento é um complemento do adestramento básico. Serão reforçados todos os comandos, porém sem a necessidade do uso da guia para que o cão obedeça ao dono à longa distância.

Importante: Em certa altura do processo deste adestramento, é essencial e importante que o dono do cão participe das aulas para que ele também possa aprender os comandos e saber como agir diante do animal.

Com esse treinamento o animal irá interagir melhor com seu dono e compreender melhor atitudes positivas e negativas.


terça-feira, 28 de outubro de 2014

Cão x Lobo: diferença surpreende cientistas

Genes da digestão de amido: muito mais presentes nos cães.



Uma surpresa esperava pelos pesquisadores da Universidade de Uppsala, na Suécia, quando compararam os genomas de mais de 60 cães de 14 raças com os de 12 lobos de diversas origens. Os cães, diferentemente dos lobos, tinham grande quantidade de genes relacionados com a digestão de amido, o nutriente mais comum em cereais como trigo, milho e arroz. “identificamos que os genomas das duas espécies têm 36 regiões com genes diferentes e que, entre eles, a maior proporção está ligada ou ao desenvolvimento do cérebro, o que já era previsto, ou à digestão de amido, o que ninguém esperava”, conta Erik Axelsson, um dos pesquisadores responsáveis pelo estudo. Depois de fazer uma investigação complementar, os estudiosos concluíram que tolerar alimentação rica em amidos em vez da dieta carnívora foi questão de sobrevivência ou morte para os cães no período da domesticação. “Essa alteração, que aconteceu juntamente com o desenvolvimento da agricultura pela espécie humana, há cerca de 12 mil anos, nos fez perceber que Homens e cães passaram ao mesmo tempo pela mudança dos respectivos sistemas digestivos, tornando-os mais semelhantes entre si”, observa Axelsson.


terça-feira, 21 de outubro de 2014

Animais têm sentimentos?

Estudos comprovam que certos animais também têm sentimentos

Semelhanças básicas entre os sinais cerebrais dos humanos e de alguns animais mostraram que os mamíferos, as aves e os invertebrados como o polvo também apresentam estados mentais, ações intencionais e inteligência. Por Benedito Fortes de Arruda

Durante séculos, o meio acadêmico se mostrou cético com relação à capacidade de os animais manifestarem sentimentos, como a dor ou o prazer. Mas esse posicionamento vem mudando na medida em que a ciência acumula um número significativo e crescente de evidência que apontam para a existência de emoções e sentimentos em várias espécies animais.

Na Declaração de Cambridge, divulgada há dois anos, 25 renomados cientistas afirmaram que o ser humano não é o único a gozar de consciência. Semelhanças básicas entre os sinais cerebrais dos humanos e de alguns animais mostraram que os mamíferos, as aves e os invertebrados como o polvo também apresentam estados mentais, ações intencionais e inteligência.

Nesse contexto, cresce o clamor de segmentos da sociedade por respeito aos animais. Demanda que aumenta na medida em que evoluem os valores morais e os princípios éticos que norteiam e equilibram o convívio em sociedade. Dessa evolução, nasceram manifestações no Brasil e no mundo pela inclusão dos animais como sujeitos de direito, cujo bem-estar não pode mais ser preterido pela sociedade.

O próprio reconhecimento da senciência animal, ou seja, a capacidade de os animais terem sensações e percepções conscientes sobre o que acontece consigo ou ao seu redor – reforça a tese de que eles são indivíduos e não coisa ou propriedades.



O assunto é complexo e não se esgota facilmente. Por isso, o Conselho Federal de Medicina Veterinária (CFMV) vem atuando, por meio da Comissão e Ética, Bioética e Bem-Estar Animal (CEBEA/CFMV), para atender a demanda da sociedade, como o melhor tratamento aos animais. Ao longo de 13 anos, a CEBEA encabeçou diversas iniciativas relevantes, com destaque para resoluções sobre bem-estar animal, ética profissional e bioética, além de fóruns de discussão realizados em todo país. No início de agosto, por exemplo, o CFMV, numa parceria com a Universidade Federal do Paraná (UFRP), reuniu em Curitiba, no III Congresso Brasileiro de Bioética e Bem-Estar Animal, mais de 700 pessoas, entre profissionais e estudantes de medicina veterinária. Durante três dias, uma equipe de renomados especialistas promoveu debates aprofundados sobre temas relevantes para o Bem-Estar Animal no Brasil e no mundo.

Matéria realizada pela revista cães e cia
www.caes-e-cia.com.br

terça-feira, 7 de outubro de 2014

Nossos serviços:

"O adestramento é a melhor maneira de interagir com seu cão"


Muitas vezes, as pessoas tomam atitudes para corrigir comportamentos indesejados e nem percebem que, na verdade, estão estimulando ainda mais o cão a repetir uma ação errada. Pois é, isso é muito comum, é para isso que serve o adestramento: desenvolver as habilidades do seu cão através de comandos e ensiná-lo a se comportar de maneira adequada.



Adestramento básico e avançado

- Adestramento Básico: Este nível de adestramento é essencial e consiste principalmente em manusear o cão com a guia (coleira),  pois ele aprende a obedecer comandos como “junto”, “não”, “deita”, “fica” e “senta”. Aprende a andar com o dono e a se comportar em locais públicos, respeitando as pessoas e outros animais. Ensinamos também alguns truques e brincadeiras como dar a pata e se fingir de morto. Com esse treinamento o animal irá interagir melhor com seu dono e compreender melhor atitudes positivas e negativas. É fato que após adestrado nesse nível o animal já terá mudanças no seu comportamento, ou seja, muitos problemas comportamentais já serão resolvidos aqui.

- Adestramento Avançado: Essa fase do treinamento é um complemento do adestramento básico. Serão reforçados todos os comandos, porém sem a necessidade do uso da guia para que o cão obedeça ao dono a longa distância.



Comportamento Canino

Esta etapa do adestramento tem por objetivo ensinar ao cão comportamentos corretos, ou seja, fazer suas necessidades no local certo, desestimulá-lo a roer objetos e coisas da casa, não tentar roubar comida da mesa entre outras situações. Neste módulo também socializamos o cão para melhorar a autoestima dos mais medrosos ou equilibrar os mais agitados. Essa socialização permite que o cão saiba conviver com outros animais e pessoas desconhecidas.


Consultoria Comportamental 

Por meio de uma visita, oferecemos o serviço de consultoria para orientar o cliente sobre várias questões e dúvidas que surgirem.

Dicas de como lidar com uma situação nova: a chegada de um filhote, a adoção de um cão adulto, acasalamento, socialização entre cães do mesmo sexo, entre outras.

Problemas de mau comportamento: detectamos e orientamos o dono como agir em determinada situação. Explicamos o porquê ocorrem determinados comportamentos e como corrigi-los.

Situações mais comuns as quais podemos orientar:

• Como tratar e manusear corretamente um cão filhote: alimentação, vacinação, ensinar o local ideal para fazer as necessidades, melhor local para dormir e comer, melhor momento para sair de casa, sair para passear, frequentar o pet shop...;
• Como conduzir e socializar um cão adotado;
• Dicas de como proceder diante das diferentes características de cada raça: alimentação, atividades físicas, ambiente e espaço ideal;
• Como promover o acasalamento;
• Como adaptar o cão a sua nova casa;
• Como adaptar o cão filhote a sua nova casa;
• Como adaptar o cão adotado (adulto/filhote) a sua nova casa;
• Adaptação do cão com outro cão da casa;
• Adaptação do cão com gato ou outros animais da casa;
• Agressividade com pessoas ou outros animais da casa;



Adestramento para Ataque e Defesa
 (proteção pessoal, empresarial e residencial) 

Nessa modalidade, treinamos o cão para defender sua família e seu patrimônio. Para esse adestramento, serão necessários alguns testes específicos no cão antes de começar o treinamento, para que possamos verificar se ele tem ou não aptidão para essa função.  Não treinamos um cão para ficar bravo ou agressivo, pelo contrário, preparamos o cão para que ele seja obediente e equilibrado, porém treinado e preparado para certas situações como: assalto à mão armada, anti-sequestro (cão de guarda para eventos, proteção da pessoa numa situação de risco e exposição), tentativa de invasão de patrimônio (empresas, casas, sítios, chácaras, etc.). Fazemos todos os treinos no local a ser protegido com técnicas de adestramento e simulações práticas.

Benefícios do Adestramento:
1. Cão mais comportado e obediente;
2. Cão comportado em qualquer ambiente;
3. Equilíbrio para cães medrosos ou agitados demais;
4. Melhor compreensão das atitudes do seu cão;
5. Melhor relacionamento entre cão e dono;
6. Melhor saúde física e mental, um cão bem treinado participa mais das atividades familiares;
7. Apreensão de novas habilidades brincando e gastando energia;
8. Por fim, cão feliz!


Dog Walker 
(serviço de passeios com cães)

O passeio pode ser realizado com o cão individualmente ou na companhia de outros animais, para interagir e brincar com outros cães. Mas para passear com outros cães, ele primeiramente deve ser socializado. Os passeios são realizados em diferentes locais para que o cão se acostume a vários ambientes e se relacione com outros animais e pessoas. Cada animal requer um cuidado específico, pois cada raça possui uma característica diferente. Traçamos um determinado percurso para cada passeio, pois de acordo com a raça do cão fazemos algumas paradas para hidratação e brincadeiras.

Por que é importante passear com o cão? O cão precisa gastar energia todos os dias na medida de sua necessidade, ou seja, só uma voltinha na esquina não gasta a energia de um Pit Bull ou de um Border Collie, porém é suficiente para um Shih-tzu ou Yorkshire. Cães que não gastam energia o suficiente podem se tornar agressivos ou, como na maioria dos casos, fazer muita bagunça e destruir a casa. Isso ocorre principalmente nos casos de cães que vivem em lugares com pouco espaço. Essa frustração pode trazer também problemas patológicos como: automutilação, lambeduras excessivas entre outros.

Benefícios de passear com o cão:
1. Gastar energia, brincar e socializar com outros animais e pessoas;
2. Passeios sob o sol ameno contribuem para o sistema imune do cão;
3. Os passeios auxiliam o fortalecimento do tônus muscular do cão e evitam a obesidade;
4. Exercitar cães idosos beneficia as articulações;
5. Exercitar cães obesos é essencial;
6. Cão feliz, é cão cansado.



Pet Sitter

Disponibilizamos esse serviço para auxiliar clientes que precisam de um profissional para cuidar do cão ou gato enquanto o dono estiver ausente.

- Cumprir tarefas: oferecemos esse serviço para levar seu animal ao Pet Shop ou Clínica Veterinária, com a responsabilidade de cumprir a tarefa desejada e, ao mesmo tempo, entreter seu animal com essa atividade, mostrando a ele que ir ao veterinário ou tomar banho não é uma coisa ruim.

- Ausência por um período curto: cuidamos do cão ou gato quando o dono se ausentar por um período curto como: uma saída para uma festa ou um passeio que dure o dia todo. Ficamos responsáveis pela alimentação e troca de água, passeio se autorizado pelo dono e interação com o animal durante essa ausência.

- Viagem: seja viagem de lazer com a família ou uma viagem de trabalho oferecemos esse serviço para cuidar do seu Pet em sua residência, pois entendemos que o animal se sinta mais tranquilo dentro de casa.
- Como funciona: vamos até sua residência nos horários combinados (duas ou três vezes por dia) e cuidamos do seu Pet pra você. Num período de 1h por visita, ou seja, sendo até 3hs por dia, fazemos a limpeza do ambiente do animal, passeamos com ele se for autorizado pelo dono e alimentamos e trocamos a água.


segunda-feira, 6 de outubro de 2014

Como funciona nosso trabalho

Proposta de adestramento



O adestramento é o único método eficaz para deixar o cão mais equilibrado, calmo e obediente dentro e fora de casa. Essa mudança de comportamento do cão fica evidente logo nas primeiras aulas.


O primeiro passo é fazer uma avaliação do cão no ambiente em que ele vive. Totalmente grátis!

O tempo para adestrar um cão para obediência e comandos básicos como "fica", "senta", "deita", andar corretamente em locais públicos e obedecer ao dono, leva de 4 a 6 meses dependendo de cada cão. Por isso é feita uma avaliação do cão antes de começar os treinos.

Obs.: Em um primeiro momento, são feitas somente aulas entre adestrador e cão (ensinar tudo ao cão), depois precisará do acompanhamento do dono, para que o aprendizado do cão funcione perfeitamente quando estiverem sozinhos. Possuímos horários flexíveis justamente para essa finalidade de acordo com cada cliente, inclusive finais de semana e feriados.

Com esse adestramento, será perceptível a mudança de comportamento do animal, atendendo mais ao dono e apresentando mais obediência dentro e fora de casa. Porém se o animal continuar com algumas maneiras indesejadas dentro de casa como roer móveis ou fazer as necessidades fora do local desejado, pode ser feito o trabalho de "Comportamento Canino", ou seja, adestramento voltado para os problemas de comportamento indesejado dentro de casa, onde serão aplicadas técnicas exclusivas para esta questão. Mas não precisamos nos preocupar com isso no começo, pois o cão será avaliado durante o adestramento básico.




"Aulas interativas onde adestrador estará sempre junto ao cão e dono para dar toda consultoria e assessoria necessária, tirando dúvidas e esclarecendo o método de aprendizado"

Como funciona: Tenho que trabalhar com o animal no mínimo duas vezes por semana com duração de 1 hora por dia. Se for de interesse do dono, podemos aumentar o numero de aulas/dia para preparar melhor o animal, pois quanto mais aulas, mais treinado o cão ficará. 
A aula (prática) é composta de todo um método de aprendizado que precisa ser seguido, assim, etapas serão superadas de acordo com a evolução do cão. As aulas são realizadas em vários locais diferentes, para acostumar o animal em várias situações e ambientes. Isso fica por minha conta!

Certificado: Ao final do adestramento o cão ganha um diploma de conclusão e aptidão: “cão adestrado”.

Perfil do Adestrador: Adestrador Profissional formado pela Academia Canina Italian Cane Corso e filiado à Associação Brasileira dos Adestradores de Cães (ASBRAC).

Fico à disposição, qualquer dúvida é só perguntar!
11 996030910 (whatzapp)
                                                                                                     

sexta-feira, 3 de outubro de 2014

Pets e Crianças (entrevista)


Os benefícios dessa relação (Parte 3)


A equipe Trilha da Matilha agradece esta ótima matéria:
Entrevista realizada pela equipe da revista Cães e CIA edição de número 405 (www.caes-e-cia.com.br) que entrevistou a  psicóloga e veterinária Ceres Berger Faraco, veterinária graduada pela Universidade Federal do RS e doutora em Psicologia pela PUC do RS e pela Universidade de Valência, na Espanha. 

Ciclo da vida e perdas

Li em um artigo que uma das importâncias do convívio com animais no desenvolvimento das crianças seria o de colocá-las em uma posição hierárquica superior, em uma posição em que podem mandar em vez de ser mandadas. Assim elas teriam a oportunidade de experimentar o papel dos adultos, que vivem no comando da vida delas. Faz sentido? Não vejo maiores benefícios para a formação de uma criança colocá-la na posição de mandar e desmandar. Se há importância nisso, é secundária. Sem dúvida a criança tem a chance de exercer outros papéis quando se relaciona com animais de estimação. Mas não necessariamente o de comando. O mais bonito e surpreendente talvez seja a possibilidade de exercer um papel de troca entre iguais, em que a obediência não faz parte, um papel no qual a criança não precisa desempenhar algo que espera dela.


Como cães e gatos têm expectativa de vida menor que a nossa, a criança que convive com eles tem a chance de assistir ao ciclo da vida: infância, crescimento, velhice e morte. Vivenciar essa experiência está entre os benefícios para o desenvolvimento infantil? Eu, particularmente, não dou destaque a isso. Considero secundário. Mas dia, menos dia, outros acontecimentos trarão para a criança o acontecimento sobre as etapas da vida.

Como lidar com o sofrimento da criança quando o animal de estimação morre, substituindo-o? Substituir perdas nunca é a melhor forma. A perda tem de ser vivida. O luto, a perda, a tristeza fazem parte da vida. Depois que a perda estiver estruturada, aí, sim, deve-se pensar em ter ou não outro bicho. A inclusão apressada de um animal dificilmente é bem sucedida. Ela deve ser pensada. A vida é dinâmica, as condições da família que sofreu a perda podem ser outras, o bicho ideal pode ser outro. Além disso, o novo animal não vem necessariamente para preencher aquela perda, ele não será igual ao anterior. Se a expectativa for essa, ele acabará sofrendo comparações, o que pode até atrapalhar a nova relação.

Em quanto tempo aproximadamente a perda de um animal é superada por uma criança? Pode levar meses, mas cada caso é um caso.

Como ajudá-la nesse processo? Para começar, falando a respeito. As pessoas podem achar que não falando do assunto ajuda a esquecê-lo. Não é verdade. A criança precisa botar para fora os sentimentos. Talvez tenha sido a primeira perda importante dela. É interessante que a falta que o animal representa seja tema de conversas, que as boas experiências de quando ele estava lá sejam lembradas. Também é válido estimular a criança a fazer algum tributo para o animal. Pode ser escrever um cartão para ele ou colocar uma foto ou desenho dele em algum lugar da casa. Ou mesmo preparar um ritual, ainda que simbólico, para o enterro ou cremação.

Um bicho para o filho único

O convívio com animais é ainda mais importante para filhos únicos? Pode-se dizer que sim. o animal trará a figura do outro para a vida dessa criança, será um ser vivo para compartilhar o dia a dia, para dividir, para ocupar espaço, para interagir. Mas não adianta os adultos da casa não quererem um animal e optarem por ele apenas em prol do filho único. Se os pais não tiverem afinidade com animais ou não tiverem condições para mantê-los, dificilmente vão criar uma relação adequada com eles.

Várias das mais importantes características da relação com animais, como a espontaneidade e a ausência de cobranças e julgamentos, não existem plenamente entre seres humanos. Ao perceber isso, um filho único que conviva com um cão ou gato não pode acabar se decepcionando com as pessoas a até se isolando delas? A relação com animal de estimação não será o único modelo de relação na vida dessa criança. Ela terá outras experiências na escola, na família.



Caso os pais não tenham condição de criar um animal de estimação na casa em que vivem, mas possam mantê-lo, por exemplo, na casa dos avós a qual a criança frequenta, os benefícios para o desenvolvimento infantil também existirão? Sim, existirão. Mas é fundamental que os avós queiram esse animal, que optem por ele não apenas por causa dos netos. Do contrário, volta a repetir, dificilmente haverá um modelo adequado de convivência.

O convívio com animais, por tudo o que falamos, é muito benéfico para as crianças. Em contrapartida, pode gerar algum malefício para elas? Só poderá haver malefício em caso de negligência da família em relação ao animal. Dessa forma, como já dito, transmite-se para a criança um modelo em que se pode negligenciar o outro.

Maltratar X não gostar

Certos traços de psicopatia podem se manifestar já na infância. Entre eles, o de maltratar animais. Por outro lado, mesmo crianças livres de qualquer distúrbio psiquiátrico muitas vezes praticam pequenas “maldades” com os bichos. Como diferenciar o comportamento do possivelmente patológico? Para que se possa suspeitar de um problema psiquiátrico desse gênero, a criança precisa demonstrar intenção continuada de dano. Um ato malvado isolado, seja por curiosidade, seja por acidente, pode ser considerado normal. Se uma criança puxa o rabo de um gato, ele grita, ela fica curiosa com aquilo e puxa novamente o rabo dele, não de deve imaginar que haja fundo patológico nisso. Eu, de qualquer forma, não acredito em indícios isolados, não acredito que maltratar animais possa ser o único traço doentio da infância de um psicopata.

É mau sinal uma criança não gostar de cães e gatos? Ser indiferente com animais é uma coisa, ser cruel com eles é outra. Simplesmente não gostar de bichos não é sinal de nenhum desvio psiquiátrico.

E ter medo deles sem razão aparente para isso? Medos injustificáveis sinalizam algum problema. Ter medo de 
algo que não representa perigo sempre merece avaliação.

Mas cães são, volta e meia, tratados como seres perigosos. Histórias de pessoas atacadas por eles aparecem no noticiário, no cinema. Isso pode levar uma criança a desenvolver medo deles, não pode? Em minha opinião, isso não justifica um medo que interfira na relação com cães. Se fosse assim, as crianças teriam medo de sair na rua por causa de acidentes de carro, de assalto e de outras formas de violência.

Para crianças que não têm muito interesse em interagir com o animal da casa, a simples presença dele no ambiente colabora para o desenvolvimento infantil? As relações e os benefícios gerados por elas se estabelecem não só pela interação, mas também pela observação. Numa casa onde haja um bicho mantido de forma adequada, ele frequentemente será alvo de atenção dos adultos, será assunto de conversas. A criança estará lá, assistindo a tudo isso.