sexta-feira, 29 de agosto de 2014

Trilhas, caminhadas e corridas...

Caminhada e corrida: várias raças caninas acompanham bem o pique de donos atléticos.


O ideal é fazer caminhadas curtas, de aproximadamente 20 minutos, em local tranquilo perto à residência. Na medida em que a resposta for positiva, locais mais movimentados são acrescentados ao percurso, para proporcionar mais estímulos e socializar mais o cão com pessoas e outros cães. Gradativamente o tempo do passeio pode ser aumentado. É nessa fase que, quem deseja praticar corrida, começa a inserir o trote, intercalando-o com caminhadas de 5 minutos. Quando o dono e o cão estiverem bem condicionados, uma boa sessão de caminhada poderá durar 60 minutos. E uma de corrida de 40 a 60 minutos, sendo os primeiros 10 a 15 minutos de caminhada para aquecimento e o restante de corrida em ritmo de trote.

Trilhas

A sistemática é semelhante à das caminhadas, com a diferença de que as trilhas costumam ser bem mais acidentadas do que calçadas e parques. Quando feitas em grupo, como geralmente são, há necessidade de que o cão seja sociável. Muitas vezes, é possível deixar o cão solto, desde que, pelo menos, atenda quando é chamado.

É normal uma trilha demorar várias horas. Esse é, portanto, um programa demorado, pois há também o tempo de deslocamento para o local da trilha, geralmente afastado da área urbana. Por isso, é comum que os adeptos de trilhas pratiquem regularmente também caminhada, corrida ou natação com seus cães, reservando para as trilhas uma sessão por mês ou, no máximo, uma por semana.

Aventura: o cão se exercita vencendo diversos obstáculos que os percursos oferecem.


Recomenda-se começar a trilha com um percurso curto de 20 minutos e, se o cão terminar com boa disposição, ir aumentando aos poucos o tamanho do passeio, sempre respeitando as limitações do animal.

Aliás, para os obstáculos naturais serem vencidos, as trilhas exigem mais das articulações e músculos do que as caminhadas, o que ajuda a perceber quando o cão está com alguma dificuldade de movimentação. Caso isso aconteça, é recomendado abortar o treino, pois pode indicar problema ortopédico.

Benefícios:

Cães que praticam atividade regularmente com o dono ficam mais ligados a ele, mais sociáveis, obedientes e tranquilos. Do ponto de vista físico, aumenta a resistência ao esforço e a massa muscular de ambos. Os dois ganham em saúde geral, em capacidade cardiorrespiratória e dormem melhor. Mesmo cães com limitações de saúde podem se beneficiar com a prática de exercícios, desde que bem orientada.

Importante: Antes de começar alguma atividade física, tanto o dono quanto o cão devem se consultar com um médico especialista para um check-up e para conhecer suas limitações e estado geral de saúde.

Matéria pela revista cães e cia
www.caes-e-cia.com.br

quarta-feira, 27 de agosto de 2014

Reproduzir ou não o meu cão?

Dúvidas e tabus sobre acasalamento e reprodução
O mundo está cada vez mais atento ao bom comportamento, à saúde e ao bem-estar dos animais de estimação e se empenha em combater o abandono, contudo não faz sentido deixar os cães se multiplicarem ao acaso, ficando o destino dos filhotes por conta da sorte. Reproduzir cães exige, portanto, um planejamento cuidadoso.
Quando se optar em ter um animal de estimação, é preciso definir se vai colocá-lo futuramente para reprodução ou não. Se a opção for por gerar ninhadas, é preciso fazê-lo com programação, procurar saber a quantidade de filhotes que determinada raça gera e qual será o destino para cada novo membro da matilha. Conhecer bem o candidato que queira adotar um filhote da ninhada, para que não corra o risco de algum cãozinho ser rejeitado ou abandonado mais tarde.



Importante: acasalar somente cães da mesma raça, pois os SRD (sem raça definida) já se multiplicam em grande quantidade nas ruas e nas casas de donos que não se preocupam em castrá-los, ficando os filhotes, muitas vezes, dependendo de adoção, na esperança de um destino digno.

A programação correta para o acasalamento de um cão varia de acordo com seu porte e raça, pois com as fêmeas é preciso respeitar o período de formação dos órgãos reprodutores e a maturidade física e psicológica. Isso acontece normalmente depois do segundo cio, e não antes disso, sendo que a maioria das fêmeas encerra a fase reprodutiva entre 6 e 8 anos.

Os machos normalmente entram na puberdade a partir de seis meses, quando começam a levantar a patinha pra urinar e apresentar desejo sexual, e o processo de ejaculação com quantidade suficiente de espermatozoides para fertilizar uma fêmea estará pronto a partir de 1 ano para os cães de pequeno porte e 1,5 ano para os de grande porte, e podem ser férteis até 10 a 12 anos.

Atenção: Antes do acasalamento é imprescindível que se leve o cão ao médico veterinário (principalmente as fêmeas) para que ele o examine e saiba se o animal está com boa saúde para a reprodução, e para passar as orientações necessárias para uma gestação saudável.


Outros fatores que influenciam para uma reprodução saudável:

Reprodutor ideal: verificar sempre a pureza das raças para que haja uma ninhada desejada;
– Grau de parentesco: o correto é que não tenha nenhum grau de parentesco entre os cães, para que não gere filhotes com alguma anomalia genética;
– Socialização: verificar se ambos os cães são socializados, para evitar brigas durante a aproximação;
– Vacinação: ter certeza que ambos os cães estejam vacinados, para evitar doenças contagiosas;
– Local do acasalamento: o ideal é que seja na casa do macho, para a fêmea não o inibir por territorialismo.

Importante:
Existem várias incertezas e tabus quanto aos métodos para evitar a procriação desenfreada. Trabalhei por cinco anos em clínica veterinária e pude presenciar muitos clientes dizendo que não iriam castrar seu cão para que ele não virasse “cadelinha”, ou com receio e medo do procedimento cirúrgico de castração de uma fêmea que poderia, mais tarde, apresentar tumores ou problemas psicológicos. Pelo contrário, quanto antes for realizada a castração melhor, tanto para o macho quanto para a fêmea.

A castração evitará vários problemas de saúde na fêmea quando esta entrar em sua fase idosa, além de evitar também gravidez psicológica, muito comum em cadelas não castradas que nunca tiveram filhotes. Já nos machos, a castração não altera em nada seu comportamento, pois, além de evitar que o cão cruze e procrie ninhadas indesejadas, evita também alguns problemas de saúde quando estiver mais velhinho, como tumor de próstata, por exemplo. A castração é o método mais eficaz para evitar filhotes e controlar o número de animais jogados na rua ou esperando para serem adotados. 


                                             
Muitas pessoas esgotam esforços nas redes sociais ou meios de comunicação para ajudar a conseguir um lar para cães abandonados, o que é uma atitude muito nobre, mas os esforços precisam também se voltar mais para a raiz do problema, ou seja, divulgar e orientar mais as pessoas sobre a importância da castração e exigir do poder político “campanhas de castração” para as pessoas com menos condições financeiras.

Matéria pela revista cães e cia
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terça-feira, 26 de agosto de 2014

Contato com cães pode reduzir doenças respiratórias

Bebês que tem contato com cães sofrem menos de doenças respiratórias e menos otites

Diversos estudos já abordaram a exposição de crianças a animais, inclusive relacionados com alergias e asmas. O mais recente estudo pela revista Pediatrics, dos Estados Unidos, foi realizado no Hospital Universitário de Kuopio, da Finlândia, com o objetivo de avaliar a influência do contato com animais domésticos na saúde do trato respiratório e dos ouvidos dos bebês que vivem em regiões não urbanas, durante o primeiro ano de vida.

O estudo acompanhou a saúde de 397 bebês entre a nona e a 52a semanas de vida. Do grupo avaliado, 77% viviam em ambiente rural (cerca de 40% deles em fazendas) e 23% em ambiente suburbano. “O projeto foi direcionado para alergias na área rural, motivo pelo qual não incluímos também bebês urbanos”, comenta a pediatra e responsável pela pesquisa, Eija Bergroth.



             

Durante o período do estudo, os pais dos bebês deram informações semanais por meio de questionários diários, nos quais relatavam se o bebê esteve completamente saudável nos sete dias anteriores, se havia cão dentro de casa e por quanto tempo permanecia em seu interior.

Quando a criança apresentava problema de saúde, era preciso informar os sintomas observados (a análise posterior dos questionários somente levou em conta sintomas de doenças infecciosas respiratórias e de otites).

O resultado indica que o contato com cães pode ter tido efeito protetor com relação a infecções no trato respiratório e a otites nos bebês estudados. “Não devemos considerar esses dados válidos para bebês urbanos, já que, por se tratar de outro tipo de ambiente, os animais podem ser portadores de microorganismos diferentes”, comenta Eija. “A pesquisa também inclui gatos e bebês – os resultados foram positivos, mas não eram estatisticamente significativos pelo método da análise multivariada”, acrescenta.


Matéria da revista cães e cia
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segunda-feira, 25 de agosto de 2014

Qual cão levar para casa: Adulto ou Filhote?

Escolha entre um cão adulto ou filhote na hora da adoção.


Sempre que alguém pensa em adotar um cão, pensa primeiramente em adotar um filhote. Afinal o filhote é bonitinho e temos a sensação de que iremos ensinar tudo para ele. Mas quais são as vantagens e desvantagens entre escolher um cão adulto ou filhote?

Quando o dono leva para casa um filhote, ele terá que passar por toda a fase de ensinamentos e socialização do animal, além, claro, dos cuidados necessários com relação à saúde e higiene do bichinho. Isso resulta em um forte laço de afetividade e relacionamento. Porém é sabido que animais adotados já adultos, também, desenvolvem uma relação afetiva muito grande com seu novo dono, ou, às vezes, até mais forte.

Cães adultos que foram rejeitados se apegam muito aos seus novos donos...

... isso se explica através da busca do cão em se relacionar com as pessoas, pois muitas vezes o cão pode ter sido rejeitado e maltratado pelo seu antigo dono, o que o leva a querer agradar mais seu novo amigo em busca de comida e por carência de carinho e atenção. Quem nunca passou ou presenciou uma situação de estar andando pela rua e de repente acabar sendo surpreendido e perseguido por um cão querendo atenção, carinho e comida?

Para a escolha de um cão adulto devemos antes analisar os prós e os contras, pois temos que levar em consideração que, a partir do momento da adoção, será iniciado um novo relacionamento; um futuro arrependimento e uma nova rejeição trará mais tristeza e trauma para o cão e muito desgaste para o dono.

Considera-se que o cão é adulto quando está física e comportamentalmente formado. Isso acontece a partir de 1 ano de vida nos de pequeno porte e de 2 a 3 anos para médio e grande portes. 



Adotar um cão filhote significa poder participar de toda a sua formação, mas isso implica em muito trabalho e paciência para ensiná-lo e educá-lo corretamente, enquanto um cão adulto já está formado, porém com hábitos e maneiras de agir de acordo com o que lhe foi ensinado anteriormente.

Cães equilibrados e seguros de si são mais facilmente adaptados e socializados, e os cães mais problemáticos que já sofreram algum tipo de trauma também o podem, desde que os novos donos sejam mais experientes, pois exigirão mais trabalho e atenção para sua socialização.

O ideal na hora da escolha do cão é fazer alguns testes para identificar seus pontos fortes e fracos. Deve ser identificado, através desses testes, se o cão é mais atirado ou mais tímido, se ele é medroso ou agressivo, se é equilibrado ou ansioso. Uma dica é ter a opinião de um profissional experiente em comportamento canino, tanto para executar os testes quanto para a socialização do cão durante o período de adaptação com o novo dono, por meio de comandos de obediência.

Vale lembrar a importância de se levar o cão ao médico-veterinário logo após a adoção para orientações sobre nutrição, vermifugação e vacinação do animal.

              
Uma coisa é certa, seja o cão adulto ou ainda na fase de filhote, o prazer e a satisfação de sentir o afeto, o carinho e o sentimento de gratidão de um cão adotado não tem valor!!!

Junior
Adestrador e consultor em comportamento canino.

sábado, 23 de agosto de 2014

Maus-tratos, responsabilidade de todos!!!

Com relação ao respeito pelos animais, a sociedade precisa tomar novas atitudes, além de fazer cobranças.


Cachorro arrastado por um carro; filhote esfaqueado e outro enterrado vivo; cães baleados; cachorro “guardado” no porta-malas e, mais recentemente, mulher suspeita de matar cães e gatos que recolhia. Houve também o vídeo abominável de maus-tratos a um cão da raça Yorkshire, que foi espancado pela proprietária na frente de uma criança. São casos de polícia que, por suas imagens chocantes de grande apelo público, viraram notícia na internet, nos jornais e na televisão, alguns chamando a atenção da opinião de todo o País.
Não existe justificativa para barbáries como essas, praticadas contra seres indefesos que só fazem o bem às pessoas com as quais convivem. Os responsáveis precisam ser investigados e punidos com base na legislação brasileira.

Cuidar mal também constitui maus-tratos

O mais triste é saber que tais episódios não são esporádicos e que a falta de respeito para com os animais está presente em diversas ações do ser humano, várias delas, infelizmente, sem alcançar exposição na mídia.
Muitos valores estão distorcidos na sociedade de hoje. Um exemplo é a “coisificação” dos animais quando são vistos como semelhantes a uma bola, a uma boneca ou a um brinquedo, como algo que não tem sentido nem vida. Presentear crianças com cão, gato, peixe, tartaruga ou roedores é bastante comum.

Ter um animal implica em assumir a responsabilidade de tratá-lo adequadamente

Mas é preciso lembrar que a posse de um animal resulta em responsabilidades. Um ser vivo precisa de cuidados, de alimento e de carinho. Não podemos fazer com um animal qualquer coisa que quisermos. É necessário cada vez mais divulgar e praticar a posse responsável.

Ao pensar em dar um animal como presente, é importante antes analisar todas as implicações para a família que o hospedará e saber da disposição dela para assumir a responsabilidade. Caso contrário, o animal estará sujeito a atitudes desequilibradas e de crueldade, que podem chegar a ser extremas. Deixá-lo sem água ou alimento é um exemplo de crueldade. Não cuidar da saúde, da vacinação e da higiene também não é correto.

Orientações sobre posse responsável podem ser oferecidas por qualquer médico veterinário do Brasil. Há mais de 80 mil profissionais atuando no país à disposição da sociedade.

Maus-tratos fora das residências

Vale lembrar que os maus-tratos ocorrem não somente com animais domésticos. Acontecem também quando a aglomeração de animais para a produção é excessiva e não existe manejo racional; quando os animais são utilizados para esportes agressivos como vaquejadas e corridas e não existem limites ou regras; quando pesquisadores científicos não consideram as orientações das Comissões de Ética no Uso de Animais (Ceuas) das instituições de ensino.



O papel do Conselho Federal

O Conselho Federal de Medicina Veterinária (CFMV), por meio da Comissão de Ética, Bioética e Bem-estar Animal (Cebea), está atento às questões que influenciam o bem-estar dos animais, levando-as em conta ao regulamentar as normas para o exercício profissional da medicina veterinária e da zootecnia. Um exemplo é a recente resolução sobre o controle de natalidade, na qual são normatizados os procedimentos de contracepção de cães e gatos em programas de controle populacional. Faz mais tempo, o CFMV instituiu uma resolução que proíbe a realização de cirurgias mutilantes, como corte de orelhas e de cauda em cães, por médicos-veterinários. Outras regulamentações e orientações estão em estudo, como um guia exclusivo para médicos-veterinários sobre os procedimentos de eutanásia. O CFMV continua atento, com o propósito de contribuir para o bem-estar dos animais e a divulgação de práticas responsáveis ao lidar com eles.

Mudanças de atitudes

Para haver redução nos maus-tratos praticados contra os animais, é preciso que a sociedade se conscientize da necessidade de acabar com certas práticas. De nada adianta pessoas fazerem cobrança, se elas mesmas não colaborarem nem mudarem de atitude. É inútil a elaboração de leis se não houver preocupação em dar condições para colocá-las em prática. O poder público pode agir, e muito, no combate aos maus-tratos e na elaboração de leis nesse sentido. Ao mesmo tempo, a sociedade não pode se manter alheia ao que vê nem ao que é feito no dia a dia.


Benedito Fortes de Arruda é médico-veterinário e presidente do Conselho Federal de Medicina Veterinária.
Publicado em Revista Cães & Cia, n. 394, março/2012.

sexta-feira, 22 de agosto de 2014

Adestramento para cães de guarda e proteção

Como preparar seu cão filhote para guarda

Se as intenções do proprietário para um cão for para guarda ou proteção, na idade adulta, existem algumas maneiras e treinos para prepará-lo enquanto filhote.

Estabelecer hierarquia: Alimentar o cão é uma forma positiva e funcional de estabelecer hierarquia. Por isso, oriento cada morador da casa a servir comida ao cão pessoalmente, de vez em quando. Crianças também devem fazer isso, pois os cães costumam se sentir em posição de superioridade com relação a elas. O cão entende que depende do alimento e de quem o fornece, o que torna muito pequena a chance de acontecer acidentes com as pessoas que lhe dão comida.É bom também fazer o cão comer um pouco de ração na mão. Outros exercícios tradicionais de hierarquia são os comandos de obediência e o costume de passar pela porta antes do cão. É importante que o cão perceba com clareza que quem dita as regras não é ele.

                          

Mexer na comida enquanto o filhote come: é um teste. Se o filhote não reagir, é porque aceita com naturalidade uma posição hierárquica submissa. Se reage com rosnado ou mordida, deve ser corrigido com a retirada imediata do alimento, que só será fornecido de novo 30 minutos depois. Se o problema se repetir, retira-se novamente o alimento e se espera por mais tempo para fornecê-lo de novo. Depois de o filhote crescer, o teste deixa de ser recomendado – ninguém quer levar mordida de um cão de proteção adulto.

Evitar movimentos ameaçadores: o cão de proteção não deve ter medo de gestos ameaçadores, mas pode adquirir esse medo diante de um gesto ameaçador quando filhote.

Obediência básica: obedecer a comandos como “junto”, “fica” e “senta” reforça a submissão do cão além de facilitar muito a lida com ele no dia a dia.

Petisco ou brinquedo? Trabalhar com cães motivados, que praticam com alegria, é a maneira de acelerar o aprendizado. Para definir qual será o prêmio dado ao cão quando acertar nos treinos, é feito um teste ofertando um pedacinho de salsicha de hot dog, uma bolinha e uma salsichona de pano própria para ser mordida. A opção preferida pelo cão passa a ser utilizada como prêmio.

Macho ou fêmea? Ambos os sexos poder ser igualmente eficientes na guarda e na proteção. Recomendo não castrar o cão que atuará na guarda ou na proteção – os hormônios sexuais aumentam a territorialidade e o potencial de agressividade desejados nessas atividades.

Filhote ou adulto? O ideal é adquirir o cão ainda filhote para facilitar o treinamento e o manuseio pelos proprietários, que geralmente são pessoas leigas no assunto.


Foto: Bruno Segalina (canil von norden)
Texto: Marcelo Segalina (adestrador)
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quarta-feira, 20 de agosto de 2014

Cães ajudaram homem moderno a superar Neandertal

Homem de Neandertal: ao contrário do Homo sapiens não utilizava cães, e com isso teria ficado em desvantagem competitiva...

Uma nova teoria considera que o uso de cães na caça teria sido uma vantagem competitiva importante entre as espécies Homo sapiens (a nossa) e a Homo Neanderthalensis (Homem de Neandertal), depois de terem compartilhado a Eurásia (Europa e Ásia) por milhares de anos. Ambas as espécies tinham tecnologias semelhantes, como usar lanças e controlar o fogo, mas misteriosamente o Homem de Neandertal se extinguiu há 29 mil anos.



A tese do uso de cães como vantagem competitiva foi levantada pela professora de antropologia da Universidade do Estado da Pensilvânia, Pat Shipman, autora de um artigo sobre o assunto publicado em maio na revista American Scientist. O ensaio leva em conta recentes achados que permitiram concluir que o cão já era domesticado pelo Homo sapiens a cerca de 32 mil anos, e não há 17 mil anos, como se acreditava. 

“Com a ajuda dos cães, as caçadas se tornaram muito mais produtivas, proporcionando alimentação mais rica em proteínas, mulheres mais bem alimentadas com mais bebês e pessoas mais saudáveis, resultando em expansão populacional muito maior que a do Homem de Neandertal, o qual não usava cães”, explica. Pat arrisca ainda a possibilidade de a conexão entre cães e Homo sapiens nas caçadas ter sido favorecida pela mutação do branco do olho (originalmente essa cor teria sido preta, como nos primatas). “A cor branca facilita bastante perceber a direção do olhar, elemento importante para os cães compreenderem as intenções dos parceiros humanos nas caçadas”, propõe ela.

terça-feira, 19 de agosto de 2014

Led, um amigo inesquecível!!!

Um ano de saudade... 

 Certa vez, após anos de insistência, minha mãe disse: 
– Tudo bem! você poderá ter um cachorro em casa, desde que: limpe as necessidades do quintal, leve-o para passear, cuide da alimentação, cuide da higiene, leve-o ao veterinário etc., etc., etc.
Pois, assim, no verão de 2001, em algum dia do mês de janeiro, meu pai disse: 
– Seu tio está doando alguns cães, pois sua cadela acabara de ter uma ninhada com vários filhotes.
– Já dei uma olhada neles e gostei de uma cadelinha malhada; 
– Traz ela, pois cadelas são mais mansas e sossegadas! 
Então, segui rumo a casa do meu tio, sozinho e ansioso pra pegar a cadelinha malhada, pois seria meu primeiro cão. Chegando na casa da minha tia, ela me mostrou a ninhada toda e foi logo dizendo:
– Esta cadelinha malhada está separada pra você, seu pai adorou ela! pode levá-la.

E percebi anos depois que a frase “não é o dono quem escolhe o cão, mas sim o cão quem escolhe seu dono” me fez todo o sentido, pois enquanto conversávamos ali de frente àquele monte de cachorrinhos andando prá lá e pra cá, um deles começou a me provocar, ele era o mais ligeirinho, parecia uma bolinha de pelos com os olhos verdinhos, tropeçando nas próprias patinhas ao tentar entrar e sair do cercadinho que foi colocado para eles. 

Cheguei a pegar a cadelinha no colo, me preparando pra ir embora, mas o pestinha parecia que queria, de alguma forma, chamar a minha atenção, pois começou a subir nos meus pés, subia e descia, algo que achei bem diferente do comportamento dos outros cãezinhos: alguns estavam no cercado amontoados uns por cima dos outros, batendo uma soneca, enquanto outros brincavam disputando um pedaço de pano velho entre eles.

Antes de partir, resolvi pegá-lo um pouco no colo, já que tanto me provocava me cativando há algum tempo; e acho que foi aí que ele me pegou, pois não consegui soltá-lo mais, seu olhar fixo em mim, com seus olhos verdinhos, parecia me dizer pra levá-lo comigo. Não pensei duas vezes, e lá estávamos nós em nossa primeira aventura!
Chegar até em casa dirigindo um fusca, com o pestinha inquieto no meu colo, chorando desesperadamente a separação de sua família canina, realmente não foi fácil pra nós, mas foi bem emocionante! Acho que meu pai achou estranho eu não ter chegado com a cadelinha malhada, mas não disse nada, e assim começariam treze longos anos de carinho, amor e amizade. 

Em homenagem a minha banda de rock preferida, Led Zeppelin, batizei-o de somente Led, e logo ficou famoso no bairro em que morávamos. Nasceu no dia 3 de dezembro de 1999, um vira-lata, mestiço de Pastor Alemão com Collie que, como todo cão, cresceu rápido, ficou com tamanho de médio para grande porte, seus olhos escureceram um pouco para uma cor de mel meio esverdeado, seu pelo ficou amarelo pra avermelhado com marcações pretas assimétricas em volta do pescoço e branco no peito, magro e muito ágil. Era de fato um cão muito bonito, chamava bastante atenção na rua, parecia um lobo, e é não por menos que há uma frase que nos faz rir até hoje ao lembrar do garotinho, que, durante um passeio olhou para nós e disse: “é um lobo tio?”.

Na época, tinha uma grande área de mata perto de casa, que ele adorava ir passear, o acesso era por um terreno baldio na frente de casa, eu o soltava na rua e ele já subia o morro em dois ou três pulos, parava lá no alto e ficava me olhando, como se me chamasse, e me esperava subir pra podermos andar por aquela mata. Lembro-me de que esse local era realmente o lugar que ele mais gostava de estar. Certa vez, achei que o tinha perdido no meio da mata, pois pairou um silêncio, eu o chamava, e nada, assobiava, e nem sinal, quando, de repente, ele aparece todo melecado, fedendo horrores e ao verificar direito o que tinha ocorrido, descobri que ele estava quietinho porque ficou rolando na carniça de algum animal morto por lá. Dei vários banhos nele, mas que não resolveram nada, acho que ele ficou fedendo ainda por um mês.

Superativo, inquieto e com muita energia pra gastar; certa vez, deixei ele preso pelo enforcador num gancho do portão, só pra eu poder pegar as chaves e fechar a casa, quando olhei pra trás, ele havia escorregado e tomou um tranco no pescoço, corri até ele e o soltei rapidamente, mas ele começou a cambalear e caiu no chão totalmente desacordado; foi uma correria total, peguei ele no colo, coloquei ele no carro apoiei sua cabeça na minha perna e fui rezando pra ele resistir. Entrei direto na emergência da clínica veterinária e o entreguei ao médico veterinário. Após longa meia hora de espera, o veterinário me informa que o tranco no pescoço o enforcou causando uma parada na circulação sanguínea, mas que, com os procedimentos de emergência e com muita sorte, desta vez, ele escapou da morte, e completou dizendo que por mais alguns minutos ele não teria resistido. 

No inverno, dormia na minha cama pra esquentar. Já, no verão, ia dormir no meio do quintal. Carnívoro ao extremo detestava frutas e legumes, era invocado e valente, latia bastante no seu território, mas adorava crianças pois era muito sossegado e carinhoso quando estava passeando na coleira ou solto em alguma praça. Não gostava muito de água; lembro-me de uma vez, quando ainda novinho, ao chegarmos na beirada de uma represa, acho que ele confundiu que a água sem movimento fosse piso sólido, e pulou, não me deu tempo de fazer nada, só me restou cair na gargalhada e ficar olhando a cara dele de bobo, com os olhos arregalados, nadando desesperado pra sair dali o mais rápido possível, foi demais! 

Uma outra vez, passei uma bela vergonha, pois estava começando um namoro com quem eu viria me casar futuramente, estava preparando uns bifes para jantarmos, e num piscar de olhos, cadê os bifes? 

O guloso enfiou os dois bifes inteiros dentro da boca e saiu correndo em disparada para o quintal, me sacaneou e queimou o meu filme com minha namorada! Essas eram algumas das trapalhadas que vivia fazendo. 

Mais tarde, certamente ele passou por fases bem difíceis, emocionalmente falando, pois quando me casei ele perdeu a cama e já não podia mais dormir comigo. Logo que minha filha nasceu, ficou todo enciumado, pois teve que dividir todas as atenções. Mas ele tirou numa boa e logo virou o melhor amigo e guardião da minha filha. Vale lembrar que a primeira palavra que minha filha falou não foi nem papai, nem mamãe, foi: “Led”.

Foram milhares de passeios, várias viagens e muitas aventuras, pois sempre que possível, estávamos juntos. O tempo passou e aquele bolinha de pelo, pestinha, foi ficando mais velho, e esse é o lado ruim de ter cães, eles envelhecem bem antes de nós. Porém passamos juntos também a fase em que ele ainda não tinha percebido que a idade avançada já tinha chegado. Aquele cachorro hiperágil já não aguentava andar tanto, então andávamos bem menos e mais devagar, ele ainda achava que podia subir uma mureta, mas caía, pois já não conseguia saltar tão alto. Começou, em certo momento, a tropeçar nos degraus e calçadas, pois já não estava enxergando bem. O pior de tudo foi quando ele ficou surdo, foi muito difícil pra ele. Mas tive o privilégio de estar junto dele pra levantá-lo e poder participar de todas as etapas da sua vida.

Ele teve alguns dias ruins em suas últimas semanas de vida, pois já estava com um problema grave de coluna, o que o impossibilitava de se levantar, e eu tinha que levantá-lo em vários momentos do dia pra que ele pudesse fazer suas necessidades e caminhar um pouco pra exercitar seus músculos e articulações. Quem já passou por isso sabe que é uma tarefa difícil e cansativa, pois o animal fica totalmente dependente da pessoa, mas agradeço a Deus por ter me proporcionado isso, não pelo sofrimento dele, mas pelo fato de ter sido uma fase em que ficamos muito próximos, pois ele dependia totalmente de mim, pelo seu olhar, parecia me agradecer e ficava muito feliz quando estávamos juntos. 

Certo dia, ele amanheceu muito mal e já no consultório do médico veterinário ele acabou entrando em choque anafilático derivado de complicações renais, e foi quando a veterinária me disse que o único procedimento a ser feito naquele momento era a eutanásia, pois não havia mais possibilidade de reverter o seu quadro clínico. E foi assim que segurei suas orelhas juntas com uma só mão como ele gostava, e com meu rosto colado no dele pedindo perdão por aquela decisão, mesmo sem saber se ele podia me ouvir. Esperei então seu sono mais profundo chegar, para, em seguida, seu velho coração descansar pra sempre.

Tenho saudade de duas coisas, principalmente: quando ele ficava sentado entre minhas pernas pra eu poder mexer e fuçar em seu pelo, pois ele adorava quando eu fazia isso, e de ver ele sentado de bunda num degrau ou no pé de qualquer pessoa.

Led, agradeço por você ter sido um cão maravilhoso e inesquecível, por ter cativado a todos que te conheceram, como me cativou, por me proporcionar muitas alegrias e satisfação, por ter sido um companheiro de verdade enquanto esteve aqui ao meu lado e que, de uma forma ou de outra, despertou o amor que hoje tenho pelos animais, especialmente pelos cães, e por ter colaborado para que eu levasse minha vida trabalhando e me dedicando aos animais. Qualquer dia, amigo, a gente vai se encontrar.


segunda-feira, 18 de agosto de 2014

Eutanásia: Sentimento de culpa?

Quando o procedimento de eutanásia se torna ético e humanitário

Todo animal com doença incurável e que está sofrendo pode receber indicação de eutanásia. Mas somente o médico veterinário está preparado para identificar e coordenar esta situação. Ele é o único que conhece o método mais ético e humanitário para interromper a vida, conforme a espécie e condições do animal.

Fim do sofrimento

Dos procedimentos praticados na clínica médico-veterinária, o mais difícil é, sem dúvida, o da eutanásia. Pois em alguns casos é a única conduta para garantir o bem-estar do animal. Método tecnicamente aceitável e cientificamente comprovado de cessar a vida.
A principal necessidade de eutanásia ocorre com animais portadores de enfermidade incurável, sob o ponto de vista médico, e sujeitos a sofrimento incontrolável. O procedimento pode também ser aplicado em animais usados em pesquisa científica; em animais que constituam ameaça para a saúde pública, a fauna nativa ou o meio ambiente e, ainda, por inviabilidade da atividade produtiva, quando os custos de tratamento são considerados incompatíveis.

Animais, pessoas e ambiente

Entre os princípios básicos que regem a eutanásia, tem destaque o elevado grau de respeito aos animais durante o procedimento. Desconforto, dor, medo e ansiedade devem estar ausentes ou ser reduzidos ao máximo, buscando-se a inconsciência imediata seguida de morte. As pessoas presentes e o executor da eutanásia devem estar protegidos ao máximo de riscos e de impacto emocional e psicológico, bem como o impacto ambiental deve ser inexistente ou o menor possível.

Quem pode eutanasiar

Para o bem dos próprios animais, o diagnóstico da eutanásia é atribuição privativa do médico-veterinário, que só deve indicá-la se todas as demais alternativas foram tentadas sem sucesso. Ele é o profissional co formação e embasamento científico para definir o melhor procedimento, levando em conta fatores como a espécie do animal envolvido, sua idade e estado fisiológico. A presença do médico-veterinário é obrigatória durante o procedimento, o qual poderá ser realizado ou apenas supervisionado por ele. É também atribuição exclusiva do veterinário atestar o óbito do animal.

Só com autorização do dono

No Brasil, os animais são vistos judicialmente como uma propriedade (ou um bem), o que torna necessária a autorização expressa do dono para a realização da eutanásia. Diante do sofrimento em situação-limite, normalmente essa autorização é obtida co base na vivência do proprietário em conjunto com os esclarecimentos do veterinário.

Morte humanitária

Os métodos de eutanásia aceitáveis pela normatização do CFMV são aquelas que, cientificamente, produzam morte humanitária. Existem também métodos aceitos “sob restrição”, por apresentar problemas de segurança, somente aplicáveis diante da total impossibilidade de usar um método aceitável. Há também mais de uma dezena de métodos considerados inaceitáveis, de aplicação proibida. O desrespeito a essa e a outras normas da resolução do CFMV implica a possibilidade de o médico-veterinário responder a processo ético profissional.

Sentimento de culpa

O proprietário não deve se culpar por ter autorizado a eutanásia de um animal seguindo a indicação do veterinário. Acima de qualquer posse ou orgulho, deve estar a preocupação com o bem-estar do animal, mesmo que represente a morte dele. A eutanásia é, antes de tudo, um ato de compaixão. Se, feitos todos os tratamentos possíveis, as condições forem irreversíveis, a melhor alternativa é mesmo
reduzir o sofrimento.

Posse responsável

Deve ficar claro que a eutanásia de um animal doméstico nunca é indicada para apenas solucionar problema do proprietário e não do animal. Também não recebem indicação do procedimento animais com enfermidades passíveis de tratamento ou que estejam senis. Pelas responsabilidades envolvidas, assumir um animal doméstico deve ser sempre um ato consciente de toda família.

matéria exclusiva da revista cães & cia
www.caes-e-cia.com.br

sexta-feira, 15 de agosto de 2014

Cães trabalham com crianças autistas

Mais uma vez os cães dando uma lição de amor.

Um estudo no instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo (Ipusp) está avaliando a contribuição que pode ser dada por cães muito sociáveis para a socialização de crianças autistas. “Apesar de normalmente essas crianças terem dificuldades para brincar com alguém, 10 a 20 que já atendemos em nosso projeto brincam com os cães nas sessões de terapia”, explica Marie Odile Monier Chelini, pós-doutorada de Departamento de Psicologia Experimental do Ipusp e coordenadora do projeto. “A maioria dessas crianças começou a brincar também com as terapeutas, interagindo da mesma maneira como fazem com o cão, ou seja, com abraços ou atirando bolinha”.



A equipe participante é multidisciplinar, com três psicólogos, uma terapeuta educacional, duas veterinárias, uma bióloga, duas estudantes de psicologia e seis cães, conduzidos por voluntários do Instituto Nacional de Atividade e Terapia Assistida por Animal (Inataa). Durante 20 a 24 sessões individuais de 20 minutos, a criança tem sempre o mesmo cão como parceiro.

Em busca de resultados objetivos, as sessões são gravadas em vídeo e, antes do início e do término de cada uma, são medidos nas crianças, nos cães e nas terapeutas os níveis de cortisol na saliva. O objetivo é verificar se há redução de estresse com a participação do animal nas sessões, assim como investigar o quanto este trabalho pode ser estressante para o próprio cão. Os primeiros resultados já foram apresentados em diversos congressos no Brasil e nos Estados Unidos. 

Matéria feita pela revista Cães & CIA.
www.caes-e-cia.com.br

quinta-feira, 14 de agosto de 2014

A escolha do brinquedo ideal para seu cão

Se os brinquedos forem oferecidos para o cão desde filhote...


... o proprietário terá em mãos uma ótima arma contra comportamentos caninos indesejados e ainda uma boa forma de interagir e entreter seu cão. Com eles, é possível motivar cães que destroem móveis e objetos a roer apenas os próprios objetos de forma segura e divertida: tornar mais confiantes os cães medrosos e inseguros; acalmar os agressivos; controlar os hiperativos: tranquilizar os que sofrem de ansiedade por separação estimulando-os a se concentrar nos brinquedos enquanto o dono está fora.
Confira o que levar em conta para escolher os brinquedos ideais para o seu cão.

Alguns tipos de brinquedos:

- Bolinhas;
- Disco canino;
- Objetos de borracha (ratinhos, halteres, ossinhos...);
- Brinquedos macios para cães de pequeno porte (bichos de pelúcia, tecidos de nylon ou de    algodão);
- Brinquedos mais resistentes para cães de porte grande (borracha maciça, cordas, nylon    rígido);
- Objetos feitos pra serem roídos;
- Quebra-cabeças para estimular o raciocínio;
- Dispensadores de comida recheados de comida canina ou frutas.


Cuidados:
Sempre supervisionar o estado dos brinquedos, pois alguns soltam partes ou se espedaçam, aí é necessário trocar o brinquedo antes que eles engulam as partes. Na falta de instrução por parte do fabricante, pedir orientação ao adestrador, veterinário ou criador com experiência.

Dicas:
Considerar o tamanho do cão, pois um brinquedo grande pode desinteressar um Pug, já um objeto pequeno pode ser engolido facilmente por um Golden Retriever trazendo graves consequências. 

Tentar perceber qual brinquedo agrada mais o cão, pois ele pode gostar mais da textura ou da cor de um objeto do que a de outro. Ficar sempre atento aos ossinhos, pois o cão pode engasgar ou sufocar se tentar engolir.

Levar em consideração a raça e o instinto do cão: raças que buscam aves gostam de perseguições, brinquedos que voam ou flutuam na água são ótimas escolhas. Já as raças de caça de pequenos animais preferem bolinhas. E as de guarda gostam de cabos de guerra, além de brincadeiras de perseguição.

Atenção!
Se houver mais de um cão, pode haver disputas por um mesmo brinquedo e gerar conflitos por posse.

quarta-feira, 13 de agosto de 2014

Viver como matilha ou não???

Matilha: mito ou verdade?

Muitos comportamentalistas modernos já abordaram este assunto, porém ainda existem muitas contradições.

É impossível que os humanos sejam considerados membros da matilha de cães. O motivo dessa impossibilidade é que as matilhas são formadas para satisfazer necessidades básicas e específicas de uma única espécie, como a de alimentação, de acasalamento, de abrigo e de ações grupais.


Constituir matilhas formadas por membros de mais de uma espécie também fica inviável por causa das falhas de comunicação entre as diferentes espécies. Para uma matilha funcionar, é fundamental que os membros dela consigam se comunicar rapidamente entre eles, o que é praticamente impossível entre espécies diferentes, já que cada qual tem seus próprios sinais e métodos de comunicação, não compreendidos pelos integrantes das demais espécies ou compreendidos incorretamente. 


“O que podemos fazer, com o tempo, é aprender o significado dos vários comportamentos caninos e criar um grupo interespécie em que as necessidades deles sejam atendidas, bem como as nossas”.

Matéria abordada pela revista cães & cia 381.
www.caes-e-cia.com.br

terça-feira, 12 de agosto de 2014

Ofereça obediência básica ao seu cão

Ser mais que um passeador...


Técnica, paciência, paixão e boa comunicação com os cães são essenciais para um bom profissional poder levar seus amigos clientes pra passear. Porém há uma grande diferença entre um cão com treinamento em obediência básica e outro sem treinamento. O Dog Walker que treina obediência básica com o cão antes de passear leva uma grande vantagem, pois comandos como o “senta” é fundamental para o animal esperar para atravessar uma avenida movimentada, ou quando o cão compreende o “não” pra interromper uma ação indesejada. Importante também que o passeador tenha outros recursos: levar brinquedos para interagir com o cão, oferecer petisco para agradá-lo e ter associação positiva do passeio e manuseio correto da coleira, ou seja, o passeador precisa dominar o toque de guia.

Obediência básica:


O mais significativo e universal dos adestramentos é o de obediência básica. Praticamente todos os cães adestrados passam por esse treino. Ao receber esse adestramento, o cão entra para uma elite canina, que se caracteriza por compreender o significado de algumas palavras, os comandos, e agir conforme pedido por seus parceiros humanos.

Esse detalhe faz a diferença. Ao obedecer a um “não”, “senta” ou “fica”, o cão se torna habilitado a circular acompanhado em qualquer ambiente, mesmo que esteja sem guia, já que se torna fácil interromper imediatamente uma ação indesejada. Com isso, conquista espaço na vida em sociedade, além de ficar pronto pra receber treinos mais avançados.

Dessa maneira, esse tipo de adestramento básico serve para diferentes finalidades em que os cães devem saber se comportar, mesmo quando estão sem guia: passear com cães, educá-los para fins domésticos e prepará-los até pra visitar pacientes em hospitais, asilos e escolas de crianças especiais. Os treinos têm em comum os comandos de obediência, mas diferem nas atividades complementares, que também são fundamentais para o bom desempenho.

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Junior
Adestrador e Consultor em Comportamento Canino

Pra quem tem cão, pra quem está pensando em ter e pra curiosos também!!!

Seu cão deu sinais de agressividade? Como agir?

Considerando que ser agressivo e morder são atitudes normais para o cão se comunicar em relação a uma ameaça, algum tipo de desconforto, dor e medo, temos que, antes de tudo, saber se o cão é agressivo mesmo ou é apenas o modo que ele encontrou de se comunicar com seu dono. Quando filhote, instintivamente, irá começar a morder pra brincar e afiar seus novos dentes e isso pode virar um costume, então, o ideal é não estimular as brincadeiras mais agressivas como: deixar ser mordido por ele, pois ele irá entender que morder é normal e sempre fará parte da brincadeira; ou disputas de cabo de guerra que estimulam agressividade e competição por algo diante do dono. O ideal é sempre lhe proporcionar brinquedos adequados para interagir com ele e gastar energia.

Muitos não gostam de ouvir a seguinte frase: “você tem que dominar seu cão, você tem que ser líder da matilha...”, certo, não somos lobos pra encarar a situação dessa maneira, mas prefiro dizer que somos os pais dos nossos mascotes e eles, como filhos, têm que nos respeitar.

Quando se percebe no cão agressividade com outros animais, com outras pessoas ou principalmente com seu próprio dono, é sinal de que algo precisa ser feito. Sendo uma situação controlada, ou seja, na qual o cão não esteja demonstrando uma agressividade sem controle ou que coloque a vida de alguém em risco, pode-se, como parte desta etapa de aprendizado, oferecer as chamadas recompensas: petiscos ou guloseimas de que ele mais gosta, um carinho, levar pra passear, interagir e brincar sempre como recompensa por seu bom comportamento. Essas técnicas costumam funcionar muito bem.




Por meio de exercícios de obediência e comandos básicos como “senta” e “deita”, devemos sempre pedir pro cão executar um comando antes de oferecer algo pra ele. Assim, aos poucos, o cão vai sendo dominado com respeito e carinho e sua agressividade vai dando lugar a um elo de parceria entre cão e dono
. Na maioria das vezes, os proprietários demoram pra reconhecer o problema, o que dificulta o bom resultado.

Quanto maior for o cão, mais perigosa pode ficar a situação, pois a mordida de um Pit Bull trará bem mais danos à pessoa do que a de um Yorkshire, portanto o acompanhamento de um profissional é de extrema importância, e o treinamento para corrigir esse comportamento pode levar de 4 a 10 meses dependendo do grau de agressividade. O objetivo nos casos mais graves é baixar o nível de agressividade diminuindo a frequência e a intensidade do mau comportamento para uma boa convivência, desde que o treinamento seja mantido.

Outros problemas de agressividade podem se manifestar no cão, como por posse de comida, ou seja, quando o animal não deixa seu dono chegar perto do pote de comida ou algo que o dono queira retirar da boca do cão como um osso de frango.

Em breve postaremos mais matérias sobre este assunto.

Consulte-nos
Junior
Adestrador e Consultor em Comportamento Canino.

segunda-feira, 11 de agosto de 2014

História do Adestramento

Uma breve história desta arte...

Os cães convivem com o homem desde os tempos mais remotos, temos registros dos tempos das cavernas, para trabalho mútuo dos nossos ancestrais com os lobos. A utilização de cães, como auxiliares de trabalho, começou com os caçadores ingleses e criadores de cavalos no final do século XVIII quando começaram a utilizar os foxhounds e os beagles nas caçadas imperiais.

Por ocasião na 2ª Grande Guerra Mundial (1939-1945) os alemães, que já treinavam cães para caça, tiveram a idéia de aproveitar as habilidades dos pastores alemães como cães de guerra. Inicialmente treinavam os cães a se alimentarem embaixo dos tanques de guerra, depois deixavam-nos com fome, recusando-lhes a alimentação por três a quatro dias e levavam-nos aos campos de batalha com uma bomba atada ao colete. Os cães famintos, ao visualizarem os tanques inimigos, corriam para obter os alimentos sob os tanques, quando eram sacrificados. Com a grande baixa de soldados, a guarda das fronteiras com a França, Holanda, Bélgica e Espanha foi exercida com a ajuda de 33.500 cães adestrados entre pastores alemães e dobermans, quando passaram à função de guarda.

Mesmo depois de assinado o armistício, ainda que, com um grande avanço tecnológico dos meios de comunicação, o crescente aumento de veículos e a grande sofisticação do armamento, já era tarde demais pra dispensar a função de guarda dos cães. Pois o desenvolvimento do adestramento no pós-guerra foi maior ainda sendo atribuído ao crescimento da criminalidade mundial devido ao grande desnível socioeconômico conseqüente do êxodo rural e do grande desenvolvimento industrial e urbano. Surgem, então, as grandes escolas de adestramento de cães para a polícia, quando surgiu daí o apelido dado ao cão Pastor Alemão de “cão policial”.

Passada a fase crítica do pós-guerra, nos anos 60, equilibrou-se a economia européia e essa grande quantidade de cães policiais foi perdendo suas funções. Nesse período, os criadores particulares começaram a se interessar em promover competições de obediência, quando surgiu o esporte do adestramento de cães de guarda, bem como, a entidades VDH (Verrein für das Deutsche Hundewesen). Começou então a participação, em competições, de outras raças como o Dogue Alemão, Boxer, Schnauzer, Leonberger, Rottweiler, etc. Mas isso ainda viria a se desenvolver muito, até os dias de hoje. Aguardem mais histórias sobre o desenvolvimento desta arte!!!

Pensando em uma companhia para o homem, Deus fez o cão...




Senhor,

Fazei de mim um instrumento de vossa paz !
Onde houver ódio, que eu leve o amor,
Onde houver ofensa, que eu leve o perdão.
Onde houver discórdia, que eu leve a união.
Onde houver dúvida, que eu leve a fé.
Onde houver erro, que eu leve a verdade.
Onde houver desespero, que eu leve a esperança.
Onde houver tristeza, que eu leve a alegria.
Onde houver trevas, que eu leve a luz !
Ó Mestre,
fazei que eu procure mais.
Consolar, que ser consolado.
Compreender, que ser compreendido.
Amar, que ser amado.
Pois é dando, que se recebe.
Perdoando, que se é perdoado e
é morrendo, que se vive para a vida eterna !

(Santo dos pobres e humildes, protetor dos animais) 

sábado, 9 de agosto de 2014

Referência de adestramento

Comandos de adestramento: junto e a distância



Nome: Helge
Raça: Pastor Belga Malinois
Conseguiu 100 merecidos pontos na obediência, com rabinho abanando e cara de feliz o tempo todo.

Método de Adestramento

Adestramento Técnico e Comportamento Canino

Utilizamos técnicas próprias de adestramento desenvolvidas ao longo de muitos anos pelo mestre Edison Vieira da Academia Canina Italian Cane Corso filiada pela ASBRAC (Associação Brasileira de Adestradores de Cães). Nosso método tem base nos métodos originais do adestramento, sem uso de petisco nem de qualquer outro material que “suborne” o cão para a obediência, e sim valorizando o cão fazendo com que o animal sinta-se seguro na companhia de seu dono, sentindo alegria e prazer na obediência através do carinho e dedicação e seu desenvolvimento. Treinamento de filhotes, obediência básica, obediência para cães de companhia, obediência especial. 


 

Cuidados e escolha de um bom profissional:

Nos dias atuais, o assunto “Adestramento de Cães” já não é mais novidade pra ninguém, certo? E nós brasileiros, que movimentamos essa economia, fazendo do Brasil a segunda maior do mundo, abaixo apenas dos Estados Unidos, não compartilhamos ainda de qualidade na mesma proporção. Pois é, e como quase tudo que se desenvolve muito rapidamente, às vezes fica a desejar na qualidade. Hoje temos inúmeros cursos de adestramento, cursos rápidos, cursos com certificados de participação e não de aptidão, cursos de adestramentos não tão “inteligentes” assim e os chamados cursos de final de semana, ou seja, métodos rápidos de pura subornação ao animal, que nem ensina e nem educa de fato o seu cão, pois na verdade só ensina o animal a viver na base da barganha (destacando que petiscos e guloseimas não fazem parte do nosso processo de adestramento). Com crianças as educamos mostrando o que é certo ou errado sem ter que dar algo em troca pelo exemplo correto, oferecemos, sim, algo bom e gostoso simplesmente por amor e para agradar. 

É notório que aulas em grupos que duram dois dias ou uma semana , não são suficientes para formar um profissional qualificado e competente. 

Dessa maneira o mercado nos proporciona muitos profissionais sem aptidão para o adestramento a fundo, pois não se atentam ao mais importante, comportamento canino e técnicas de adestramento, por isso muitos não conseguem transmitir as técnicas necessárias para dono e cão viverem em harmonia.

A escolha de um adestrador em vários países, hoje em dia, é levada tão a sério quanto a escolha de uma babá para um filho. Mas há quem pergunte: com os nossos filhos o tratamento é diferente do dado aos cães??? Não! O animal se comporta como uma criança de dois anos, que se baseia em exemplos, que olha e repara em tudo, que está aperfeiçoando todos os seus sentidos e descobrindo o certo e o errado, porém a única diferença é que o cão fica com dois anos para sempre, mas podendo ser educado e condicionado corretamente.

Importante: 

Como se certificar para não ser enganado: na hora de contratar um profissional procure saber em que academia ele se formou e se pertence a ASBRAC (Associação Brasileira de Adestradores de Cães). Peça sempre sua carteira de identidade funcional como apto a adestrar cães ou certificado com "aptidão" para adestramento.

Junior
Adestrador Profissional e
Consultor em Comportamento Canino


sexta-feira, 8 de agosto de 2014

O que é e por que Adestrar o seu Cão???

O que é adestrar?
Ensinamos e educamos nossos filhos desde bebezinhos, e fazemos por amor, assim é o Adestramento, ensinar e educar através de técnicas e comandos por sons vocais, gestos ou linguagem corporal para que o cão e sua família possam viver em harmonia e sem estresse. E o adestrador é como um professor para o seu filho na escola, o adestramento e o trato com o animal tem de ser sempre com amor e sem violência, mas com muita liderança, postura e firmeza, principalmente com algumas raças específicas de cachorro, como os de guarda por exemplo.

Por que adestrar o seu cão?
O adestramento só traz vantagens, tanto o treinamento para cães de trabalho e exposições quanto para os de companhia. Quanto mais treinado for o cão, melhor será a sua resposta, tornando-se assim mais prazerosa a convivência. Pelo fato de se ter um cachorro equilibrado e tranquilo, que respeite os limites do seu dono dentro e fora de casa: poder sair pra passear na rua ou numa praça sem que ele envergonhe seu dono por agressividade com outros animais; ou arrastar a pessoa que o leva pra passear;  ou, ainda, por algum motivo disparar sem rumo correndo risco de se acidentar. Isso é constrangedor, não é mesmo?
Enfim, além dos nossos interesses próprios, o mais importante é a qualidade de vida que podemos proporcionar a um cão adestrado, pois independentemente da raça, um cão treinado e estimulado a executar comandos e tarefas, fazendo atividades físicas, trabalhando ou simplesmente passeando com seu dono, terá sua mente e corpo estimulados e mais saudáveis.