Todo animal com doença incurável e que está sofrendo pode receber indicação de eutanásia. Mas somente o médico veterinário está preparado para identificar e coordenar esta situação. Ele é o único que conhece o método mais ético e humanitário para interromper a vida, conforme a espécie e condições do animal.
Fim do sofrimento
Dos procedimentos praticados na clínica médico-veterinária, o mais difícil é, sem dúvida, o da eutanásia. Pois em alguns casos é a única conduta para garantir o bem-estar do animal. Método tecnicamente aceitável e cientificamente comprovado de cessar a vida.
A principal necessidade de eutanásia ocorre com animais portadores de enfermidade incurável, sob o ponto de vista médico, e sujeitos a sofrimento incontrolável. O procedimento pode também ser aplicado em animais usados em pesquisa científica; em animais que constituam ameaça para a saúde pública, a fauna nativa ou o meio ambiente e, ainda, por inviabilidade da atividade produtiva, quando os custos de tratamento são considerados incompatíveis.
Animais, pessoas e ambiente
Entre os princípios básicos que regem a eutanásia, tem destaque o elevado grau de respeito aos animais durante o procedimento. Desconforto, dor, medo e ansiedade devem estar ausentes ou ser reduzidos ao máximo, buscando-se a inconsciência imediata seguida de morte. As pessoas presentes e o executor da eutanásia devem estar protegidos ao máximo de riscos e de impacto emocional e psicológico, bem como o impacto ambiental deve ser inexistente ou o menor possível.
Quem pode eutanasiar
Para o bem dos próprios animais, o diagnóstico da eutanásia é atribuição privativa do médico-veterinário, que só deve indicá-la se todas as demais alternativas foram tentadas sem sucesso. Ele é o profissional co formação e embasamento científico para definir o melhor procedimento, levando em conta fatores como a espécie do animal envolvido, sua idade e estado fisiológico. A presença do médico-veterinário é obrigatória durante o procedimento, o qual poderá ser realizado ou apenas supervisionado por ele. É também atribuição exclusiva do veterinário atestar o óbito do animal.
Só com autorização do dono
No Brasil, os animais são vistos judicialmente como uma propriedade (ou um bem), o que torna necessária a autorização expressa do dono para a realização da eutanásia. Diante do sofrimento em situação-limite, normalmente essa autorização é obtida co base na vivência do proprietário em conjunto com os esclarecimentos do veterinário.
Morte humanitária
Os métodos de eutanásia aceitáveis pela normatização do CFMV são aquelas que, cientificamente, produzam morte humanitária. Existem também métodos aceitos “sob restrição”, por apresentar problemas de segurança, somente aplicáveis diante da total impossibilidade de usar um método aceitável. Há também mais de uma dezena de métodos considerados inaceitáveis, de aplicação proibida. O desrespeito a essa e a outras normas da resolução do CFMV implica a possibilidade de o médico-veterinário responder a processo ético profissional.
Sentimento de culpa
O proprietário não deve se culpar por ter autorizado a eutanásia de um animal seguindo a indicação do veterinário. Acima de qualquer posse ou orgulho, deve estar a preocupação com o bem-estar do animal, mesmo que represente a morte dele. A eutanásia é, antes de tudo, um ato de compaixão. Se, feitos todos os tratamentos possíveis, as condições forem irreversíveis, a melhor alternativa é mesmo
reduzir o sofrimento.
Posse responsável
Deve ficar claro que a eutanásia de um animal doméstico nunca é indicada para apenas solucionar problema do proprietário e não do animal. Também não recebem indicação do procedimento animais com enfermidades passíveis de tratamento ou que estejam senis. Pelas responsabilidades envolvidas, assumir um animal doméstico deve ser sempre um ato consciente de toda família.
matéria exclusiva da revista cães & cia
www.caes-e-cia.com.br
Entre os princípios básicos que regem a eutanásia, tem destaque o elevado grau de respeito aos animais durante o procedimento. Desconforto, dor, medo e ansiedade devem estar ausentes ou ser reduzidos ao máximo, buscando-se a inconsciência imediata seguida de morte. As pessoas presentes e o executor da eutanásia devem estar protegidos ao máximo de riscos e de impacto emocional e psicológico, bem como o impacto ambiental deve ser inexistente ou o menor possível.
Quem pode eutanasiar
Para o bem dos próprios animais, o diagnóstico da eutanásia é atribuição privativa do médico-veterinário, que só deve indicá-la se todas as demais alternativas foram tentadas sem sucesso. Ele é o profissional co formação e embasamento científico para definir o melhor procedimento, levando em conta fatores como a espécie do animal envolvido, sua idade e estado fisiológico. A presença do médico-veterinário é obrigatória durante o procedimento, o qual poderá ser realizado ou apenas supervisionado por ele. É também atribuição exclusiva do veterinário atestar o óbito do animal.
Só com autorização do dono
No Brasil, os animais são vistos judicialmente como uma propriedade (ou um bem), o que torna necessária a autorização expressa do dono para a realização da eutanásia. Diante do sofrimento em situação-limite, normalmente essa autorização é obtida co base na vivência do proprietário em conjunto com os esclarecimentos do veterinário.
Morte humanitária
Os métodos de eutanásia aceitáveis pela normatização do CFMV são aquelas que, cientificamente, produzam morte humanitária. Existem também métodos aceitos “sob restrição”, por apresentar problemas de segurança, somente aplicáveis diante da total impossibilidade de usar um método aceitável. Há também mais de uma dezena de métodos considerados inaceitáveis, de aplicação proibida. O desrespeito a essa e a outras normas da resolução do CFMV implica a possibilidade de o médico-veterinário responder a processo ético profissional.
Sentimento de culpa
O proprietário não deve se culpar por ter autorizado a eutanásia de um animal seguindo a indicação do veterinário. Acima de qualquer posse ou orgulho, deve estar a preocupação com o bem-estar do animal, mesmo que represente a morte dele. A eutanásia é, antes de tudo, um ato de compaixão. Se, feitos todos os tratamentos possíveis, as condições forem irreversíveis, a melhor alternativa é mesmo
Posse responsável
Deve ficar claro que a eutanásia de um animal doméstico nunca é indicada para apenas solucionar problema do proprietário e não do animal. Também não recebem indicação do procedimento animais com enfermidades passíveis de tratamento ou que estejam senis. Pelas responsabilidades envolvidas, assumir um animal doméstico deve ser sempre um ato consciente de toda família.
matéria exclusiva da revista cães & cia
www.caes-e-cia.com.br
Entendi, mas não consigo nenhuma explicação que me faça entender que não "fui culpado" pela morte de meu cãozinho. Ele estava em fase terminal, de fato, mas depois que autorizei a eutanásia, me arrependi e não sei até quando vou conviver com esse sentimento. Procuro uma mensagem de alívio, mas não acho.
ResponderExcluirLeia isso Dú Leite. Talvez alivie seu coraçao. Estou passando por isso agora !!!
Excluirhttp://animaiseoespiritismo.blogspot.com/2011/07/eutanasia-animal_18.html
Conseguiu superar?
ExcluirEu tbm du leite.. Msm situacao sua
ResponderExcluirOi meus amigos, não é fácil tomar essa decisão mesmo, porém acho que quando a vida do nosso cão fica tomada por dor e sofrimento, acho que esse procedimento é ainda a melhor escolha... E vejo que no caso de vocês, estando o animal em estado terminal de alguma doença, já não havia mais uma vida digna pra eles. Eu passei por isso em 2013, a história do meu cão está contada no link nesse mesmo Blog como: "A história de um amigo inesquecível" dêem uma olhadinha lá!! Vale a pena!!
ResponderExcluirGrande abraço à todos!!!
Estou procurando algo que consiga diminuir ao menos um pouquinho da dor que estou sentindo, ontem dia 15/10/16 tive de tomar a pior decisão de toda a minha vida e estou sofrendo muito por isso.
ResponderExcluirMeu filhinho o Cookie, ja tinha 18 anos e 7 meses e estava tomando Gardenal e Revimax há 6 meses e mesmo assim o quadro de convulsão vinha piorando a cada dia, ontem mesmo ele teve umas 8 e ao chegar na vet ela me explicou que uma morte por convulsão é extremamente dolorida, neste momento decidi que assinaria a autorização para a eutanasia, pois não aguentava mais vê-lo sofrendo daquela forma, após as convulsões ele chorava muito, doía demais vê-lo daquela forma.
Enfim, estive com ele até o último momento, mas mesmo sabendo que com essa decisão o sofrimento dele foi ao fim, eu estou em pedaços. Só que o amor que tenho por ele não me permitiu ser tão egoísta ao ponto de deixá-lo morrer com tanto sofrimento.
Ele se foi e estive ao lado dele a todo instante, seu semblante era de paz e de gratidão.
Ah Deus como é difícil. ��
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirAutorizei a eutanásia do meu hoje, uma parte minha morreu junto com ele, tô me sentindo culpada tô destruída não sei como arrancar essa culpa
ResponderExcluirPreciso ajudar uma pessoa que está se sentindo culpada. Poderia me dar alguma dica?
ExcluirTodos os nossos sentimentos pela perda do cão. Passamos por isso com dois pastores, em momentos diferentes, e sempre é um sentimento horrível e estranho. Mas não se sinta culpada, pelo contrário, que fique somente o sentimento de tristeza e saudade. Abraço, Junior.
ExcluirOntem tive que assinar a autanasia da minha cachorra Meg, confesso que foi uma decisão muito triste e me sinto culpada por isso, mas ela estava sofrendo muito, estava com 17 anos e 5 meses, mas confesso, o sentimento de culpa é inevitável . Estou sofrendo muito com isso e espero que num futuro breve esta culpa que estou sentindo agora, se transforme em entendimento e que foi a única decisão que se poderia ter tomado naquele momento.
ResponderExcluirOs nossos sentimentos a vc. Decisão muito dolorosa. Mas a Meg viveu bastante, acima da média dos cães, com certeza ela viveu uma vida plena! Força e um grande abraço de toda nossa equipe.
ResponderExcluirNossos sentimentos ao Pitchu, precisou descansar mas tenho certeza que ele viveu intensamente e fez muita gente feliz por aqui ... Grande abraço.
ResponderExcluirEu tive que assinar a eutanásia do meu pequeno... Dia 4/04/2024 ele estava com 18 anos, porte médio e pesando 16kg. Quando um dos tumores estourou e ele não tinha mais força pra uma cirurgia.... Estou me sentindo culpada e sem vida. Não saiu mais do quarto. E não quero viver mais
ResponderExcluirNossos sentimentos, esperamos que a dor da sua perda já esteja menor. Foi um cão de muita vida, 18 longos anos de vida! Parece que quanto mais anos convivemos juntos com eles maior o nosso apego... Escreva sobre ele, seria bem interessante e terapêutico.
ExcluirSão tantas dores envolvidas na perda de um animalzinho de estimação. Perdi meu Tob há 14 dias. Um lhasa apso de 11 anos. De repente parou de comer, interagir e foi descoberta insuficiência renal. Ficou internado e o quadro só se agravando, até que o próprio hospital disse que não tinha mais o que fazer por ele. Ele teria como última tentativa transferência para UTI e hemodiálise. E mesmo assim, segundo a veterinária as chances de sobreviva seriam minimas. Ao vê-lo sem qualquer reação, puxando o ar , optamos pela eutanásia que de pronto foi aceita pois a veterinária disse que faria o mesmo. Assim foi feito, fiquei ali com ele até o final. Tinha certeza do que estava fazendo, que era a única alternativa, mas horas depois eu não me lembrava de mais nada, eu me perguntava,por quê tinha mandado matar o meu grande amor? Me deu uma amnésia traumática. Meu filho é marido que estavam presentes me lembram a todo momento como tudo se desenrolou e eu fico assim nesse vai e vem. Puro sofrimento. Culpa, saudade, revolta, estou definhando psicologicamente. Não sei o que fazer
ResponderExcluirO procedimento de eutanásia é sempre muito complicado, não conseguimos escapar desse sentimentom de culpa. Com certeza ele está agora livre e muito agradecido da sua coragem de ter permitido o descanso e a dignidade pra ele. Conte a história dele pra nós, ficaremos felizes e também aliviará bastante esse tempo de luto. Abraço!
ResponderExcluirDia 24/06/24 autorizei o procedimento na minha gatinha Nininha. Ela foi parando de comer aos poucos, diminuiu a quantidade de comida e em 15 dias emagreceu bastante. Pensei que fosse verme, ou que havia enjoado da ração. Vermífuguei, troquei a ração, comprei petisco, vitamina e nada. Como não estava melhorando levei a no veterinário, chegando lá ela estava com metástase, em praticamente todos os órgãos. Um câncer agressivo que já tinha levado um olhinho dela ano passado. Já comecei a chorar ali mesmo na sala de exames pois sabia o que iria acontecer. Mediante a confirmação da Dra em dizer que o sofrimento dela era muito grande autorizei a eutanásia, pois não aguentaria ver ela sofrendo, mas não consegui presenciar o procedimento. Levei pra casa, enterrei e pensei que havia cessado a dor dela. Os dias foram passando e a dor foi apertando e o sentimento de culpa foi aparecendo aos poucos. E isso tomou meu coração a ponto deu lembrar a todo momento dela e chorar. Me arrependi de ter autorizado e me arrependi de não ter ficado com ela até o último suspiro. Foi minha companheirinha, a gatinha mais carinhosa que tive na vida, incomparável, o amor da minha vida. Espero nunca mais ter que passar por isso na vida. Peço a Deus que tire esse sentimento de mim.
ResponderExcluirSua decisão foi para o bem dela, com certeza a dor e o sofrimento foram aliviados. Nossos sentimentos pela Nininha, com certeza ela está melhor agora.
ExcluirDia 17 de Agosto de 2024, optei pela eutanásia em casa... Pior coisa que já fiz na vida, choro todos os dias, sentimento de arrependimento, mas sei que foi o melhor que pude oferecer para o fim da dor do meu melhor amigo... Mas não acho justo... Sinto culpa quando estou feliz, ele era o ser mais feliz que eu conhecia, e não pode mais estar aqui...
ResponderExcluirTemos que superar, certamente é mais honroso do que deixar o animal sofrer até morrer. Dependendo da doença, sofrem por meses. Passei por isso hoje, leia meu relato abaixo. Boa sorte.
ExcluirOlá Kinah, nossos sentimentos e espero que vc esteja bem. Adotar outro pet, num momento que vc achar legal, poderá te ajudar bastante. Com certeza têm um outro precisando de carinho... Abraço!
ExcluirO sentimento de culpa é difícil de superar, por mais que tive o conselho de 3 veterinários que disseram que era o procedimento correto a fazer. O gato mais antigo que eu eutanasiei foi a mais de 15 anos e ainda hoje sinto tristeza. E no dia de hoje tive que autorizar outra eutanásia, meu gato de 15 anos estava sofrendo com doença renal crônica terminal, não comia mais (só via seringa), urinava onde estava, andava cambaleando, tinha tremores no corpo, soltava miados altos e assustadores, possivelmente de dor . Tentei tratar com fluidoterapia, ministrei algumas medicações e suplementos indicados pelo veterinários, mas de nada adiantou, eram apenas para adiar o inevitável e prorrogar o sofrimento dele.
ResponderExcluirFiquem em paz que já passou por isso e se prepare psicologicamente que vai passar. Mas por pior que seja este momento, fique com ele até o final.
❤️🫂 Somos capazes de fazer tudo por eles, até passar por cima das nossas dores para que eles não sofram. 3 meses vão passando por aqui.
Excluir*quem
ResponderExcluirOlá Cesar, nossos sentimentos pela perda do seu gatinho. Obrigado pelas palavras, pois não é fácil mesmo essa experiência. Não têm como não derrubar a gente. Suas palavras de superação com certeza vai ajudar nossos amigos. Abraço!
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