sexta-feira, 26 de setembro de 2014

Pets e Crianças (entrevista, Parte 2)

Os benefícios dessa relação 

A equipe Trilha da Matilha agradece esta ótima matéria:
Entrevista realizada pela equipe da revista Cães e CIA edição de número 405 (www.caes-e-cia.com.br) que entrevistou a  psicóloga e veterinária Ceres Berger Faraco, veterinária graduada pela Universidade Federal do RS e doutora em Psicologia pela PUC do RS e pela Universidade de Valência, na Espanha. 

Cães e gatos, os pets ideais

O cão é o animal que mais interage com as pessoas. É o bicho ideal para as crianças? Pelo processo evolutivo e de convivência com o ser humano, cães e gatos são espécies ideais.

Cães em primeiro lugar? Não necessariamente. Depende das condições familiares. Pode haver ótima relação entre gatos e crianças. Meu filho mais velho, quando pequeno, teve um gato. Na verdade, uma gata. Morávamos em apartamento e não tínhamos espaço adequado para ter cachorros. Em todas as fotos da infância dele, a gata aparece. Eram apegadíssimos.

Para quem não pode ter um cão nem um gato, mas quer que os filhos convivam com animais, é válido optar por outros bichos, como aves e peixes? Claro que tudo depende de como os animais são criados, mas, de forma geral, aves e peixes são mantidos confinados e sofrem com isso. Se você observar um peixe no aquário, vai perceber que ele está atento ao que acontece a seu redor, fora da água dele. Será que a condição em que ele vive não afeta o bem-estar dele? Há estudos que comprovam que os peixes têm um lado emocional importante. À luz do conhecimento de hoje, eu não indicaria aves e peixes por não acreditar que o bem-estar deles esteja sendo realmente respeitado em ambiente doméstico.

Mas o convívio com esses animais também ajuda no desenvolvimento infantil? A proximidade com outros bichos, sejam quais forem, sempre traz elementos de informação e de experiência que podem ser úteis para a formação humanitária das crianças.

Crianças pequenas podem machucar cães e gatos e ser machucadas por eles. Qual idade ideal para que passem a conviver com esses animais? O convívio pode ocorrer desde o nascimento da criança, mas desde que haja supervisão. Crianças pequenas, com menos de seis ou sete anos, não podem ficar sozinhas na companhia de animais. Quanto mais novas forem, mais vigilância é necessária. Isso faz parte da guarda responsável.




Bichos x responsabilidade

Comunicação afinada: de acordo com Ceres, crianças pequenas se relacionam mais facilmente com animais do que com pessoas adultas



Sempre ouvimos que criar noções de responsabilidade é um dos benefícios esperados para as crianças a partir do convívio com os bichos. Isso porque elas participariam das tarefas e dos cuidados exigidos pelos animais. Na prática, porém, crianças raramente cuidam dos bichos. Não é falsa a ideia de que se tornariam mais responsáveis por causa deles? Nenhuma criança com menos de oito anos pode ter uma tarefa continuada com animais. Não há maturidade para isso. Por mais que uma criança diga para os pais que cuidará do bicho, isso não vai acontecer. Talvez exista uma fantasia familiar de que a responsabilidade dos filhos pode vir da relação com animais, mas responsabilidade é algo complexo. Pais que adquirem um bicho movidos pela promessa da criança de assumir os cuidados exigidos por ele vão se decepcionar. Às vezes, chegam a se desfazer do animal. Com isso, ainda oferecem um modelo de irresponsabilidade para o filho.

Então os animais não ajudam a criar noções de responsabilidade nas crianças? Eles podem ajudar nesse processo. A família pode introduzir fragmentos de responsabilidades nas crianças a partir do convívio com os animais.

Estimulando a criança a participar dos cuidados exigidos pelo bicho? Exatamente. Os pais podem transformar esses cuidados em atividade desenvolvida em parceria com os filhos, mas de forma prazerosa, não como obrigação. As crianças absorvem o modelo familiar. Em um modelo familiar em que os animais são atendidos em suas necessidades e tratados com dedicação e afeto é muito positivo.

Há uma idade ideal para que a criança assuma, pelo menos, parte da responsabilidade com os cuidados exigidos pelo animal de estimação? Na minha visão, não existe uma idade específica, depende do desenvolvimento de cada criança. Há artigos que dizem que a partir de nove ou dez anos as crianças já têm certa autonomia. Acho importante dizer, contudo, que a questão da responsabilidade não está entre os principais benefícios do convívio com animais no desenvolvimento infantil.

Grandes benefícios

Os principais benefícios seriam o estímulo à sociedade e à capacidade de dar afeto e de se interessar pelo outro? Não só isso. O convívio com os animais tem influência no desenvolvimento infantil como um todo. Interfere diretamente em aspectos como atenção, autocontrole, habilidades sociais e de comunicação. A criança passa, por exemplo, a ter noção real de que comportamentos geram consequências. Bichos respondem de imediato à ação de terceiros, reagindo favoravelmente a comportamentos adequados e negativamente aos inadequados. A relação com bichos também permite que as crianças ampliem a capacidade de observação e de aceitação quanto às diferenças; em se tratando de diferenças, afinal, nada mais marcante do que as existentes entre espécies distintas. Há, ainda, uma grande importância no que se refere à troca afetiva, ao desenvolvimento de laços de intimidade, de cumplicidade. Há crianças que chegam a fazer confidências para os bichos de estimação.

A partir da relação com cães e gatos, crianças tímidas podem se tornar mais expansivas; crianças agitadas, mais calmas; crianças agressivas, mais dóceis; crianças submissas, mais reativas; crianças inseguras, mais confiantes. Conviver com cães e gatos é uma espécie de cura para todos os “males”? (risos). Se esse convívio for trabalhado adequadamente, o milagre até pode acontecer. A relação com animais é muito singular. É espontânea, verdadeira, transparente, não envolve cobranças, culpas, julgamentos. É uma relação. É uma relação não complicada para as crianças. Ela descarta certas características das relações humanas que em geral só atrapalham os vínculos afetivos, como a competição, a ambiguidade, a crítica. Daí a relação com animais ter grande potencial transformador no desenvolvimento infantil. Nela, a criança não está desempenhando nenhum papel preconcebido para ela, exigido dela. A relação com animais permite que a criança seja muito mais verdadeira e espontânea, permite que ela module o próprio comportamento, que ganhe a possibilidade de exercer outros papéis que não os estereotipados por ela por influência da família ou da escola. Uma criança impulsiva, por exemplo, pode se tornar mais contida ao perceber que gestos impulsivos fazem o bicho de estimação se afastar dela. O oposto também é possível. Uma criança retraída pode, motivada pelo convívio com um bicho de estimação, manifestar habilidades e facetas de personalidade antes ignorada pela família e por ela própria.

Potencializando os efeitos

A relação com animais tem grande potencial transformador na criança: permite que ela exerça outros papéis que não os exigidos dela pela família e pela escola





São os pais que devem trabalhar adequadamente o convívio entre a criança e o animal para que se obtenha o melhor efeito possível dessa relação no desenvolvimento infantil? Sim, os pais ou os adultos responsáveis pela criança e pelo animal.

E como se trabalha esse convívio? De forma geral, oferecendo um modelo adequado de convivência, sobre o qual já falamos. Se os pais quiserem explorar a fundo a questão para potencializar ainda mais os efeitos da relação com animais, devem procurar orientação especializada. Mas é fundamental que busquem boas fontes, porque em todas as áreas há idéias anedóticas.

Boas fontes seriam bons psicólogos e psiquiatras? Também. Como a área é multidisciplinar, bons veterinários, pedagogos, fisioterapeutas, entre outros, podem igualmente ser consultados. O profissional precisa é ter conhecimento e experiência na relação humano-animal.

Mesmo que os pais optem por deixar a relação ocorrer naturalmente, sem, portanto, tentar potencializar seus benefícios com orientação especializada, os ganhos tendem a ser significativos? Sem dúvida, mas repito: desde que o modelo de convivência seja adequado. Hoje se entende que os animais são motivadores de estímulos multissensoriais. Por isso, ajudam muito inclusive crianças com transtornos diversos, como síndrome de Down e autismo. Eles estão ali presentes em todo seu esplendor. Há uma série de características neles capazes de acionar nas crianças outras formas de comunicação, de comportamento. Eles despertam estímulos olfativos, táteis, visuais, auditivos, comportamentais. Vinculações afetivas estão associadas até na mudança no sistema neurohormonal. Tanto crianças quanto animais, quando em interação positiva, apresentam elevações nos índices de oxitocina, o chamado hormônio do apego.

Há raças de cães e de gatos mais indicados conforme o temperamento da criança? Há fatores bem mais importantes que esse para a escolha adequada de um animal. Entre tantos, o espaço que ele exige para viver bem e a quantidade de atividade e de cuidados específicos de que precisa.

Para uma criança muito ativa, por exemplo, é mais interessante optar por uma raça de cão também muito ativa ou, ao contrário, por uma mais calma, que talvez estimule a manifestação dessa característica? Para uma criança muito ativa, seria interessante não optar por um animal frágil, que possa ser facilmente machucado durante as brincadeiras.

Mas o ideal seria buscar cães ou gatos de temperamento, digamos, oposto ao da criança ou semelhante ao dela? Acho que não faz muita diferença. Não considero esse fator tão importante. A relação com o animal vai se constituir de qualquer maneira.


segunda-feira, 22 de setembro de 2014

Raças de cães

Chow Chow


História da raça

A ascendência do Chow Chow é atribuída à China, onde ele foi mantido como cão de guarda e também usado para a caça. Eles têm sido reconhecidos na China por mais de 2.000 anos e estão relacionados aos cães nórdicos do tipo Spitz, contendo também algo do Mastiff. Por causa da política de "portas fechadas" da China para o resto do mundo, somente começaram a aparecer em outros países por volta de 1800. Essa raça fez o seu caminho para a Inglaterra em algum momento durante o final do século XVIII e não foi realmente notada na Grã-Bretanha até 1920, tendo alguns exemplares apresentados na Crufts, em 1925.

Por ter algumas características de Spitz, imagina-se que o Chow Chow tenha descendência dos ancestrais daquela raça. A função original do Chow Chow pode ter sido de caça, farejando e encontrando aves para a nobreza. A raça caiu tanto em qualidade como em quantidade depois que terminaram as caçadas do Império, mas alguns descendentes puros permaneceram em mosteiros e mansões. De acordo com outros registros, a raça foi fonte de peles e de alimentos na Manchúria e na Mongólia. Uma das características mais típicas da raça é a língua preta azulada, que também serviu como base para seus nomes mais usados na China.

O nome Chow Chow foi adotado quando os cães foram levados à Inglaterra com outras importações chinesas no final do século XVII começo do XVIII, e deriva provavelmente de um termo que queria dizer “bugiganga oriental” e “curiosidades”. Talvez o termo tenha sido usado para os cães porque eles vinham com outras mercadorias em navios de carga. E, na verdade, os primeiros cães importados eram vistos como uma curiosidade.

Apenas no final do século de XVIII a raça foi importada pela Inglaterra e, depois, pela América. O interesse da Rainha Vitória por esses cachorros ajudou a chamar atenção para a raça. O AKC reconheceu o Chow Chow em 1903. A aparência típica da raça sempre atraiu os criadores, mas nos anos 1980 a raça ficou popular também entre as famílias, chegando a ser a sexta raça mais popular da América.

Temperamento e características da raça

O Chow Chow é um cão exótico com duas características anatômicas únicas: a boca e língua na cor violeta escura, e um andar estiloso, devido a ausência de angulação dos membros posteriores. Ativo, compacto, de lombo curto e, acima de tudo, bem equilibrado, de aspecto leonino, digno e orgulhoso; bem estruturado; a cauda é claramente portada sobre o dorso. Deve sempre ser capaz de se mover livremente e não pode ter tanto pelo que impeça as suas atividades ou cause sofrimento em climas quentes.

Bastante independente e de natureza calma, de ar meio nobre, essa raça é muito amiga e fiel aos seus donos, porém não é muito expressiva, mesmo com sua família e também extremamente desconfiada com estranhos. Deverá ser educada com firmeza, mas também com muita calma e paciência. Adapta-se bem à vida na cidade, desde que lhe sejam proporcionados longos passeios diários. O Chow Chow não gosta de ficar preso e não suporta calor. Teimoso, geralmente se dá bem com outros animais da casa. É sério e protetor.

De acordo com o ranking de inteligência, o Chow Chow ocupa a 76a posição entre 79 cães ranqueados. Ele costuma aprender ensinamentos básicos, mas precisa ser ensinado desde filhote e pode demorar um pouco mais para entender comandos.

Saúde

Essa é uma raça sempre alerta e que precisa de atividades moderadas ao ar livre regularmente. Que não se sente bem em climas quentes e úmidos. Mostra satisfação com passeios pela manhã ou no fim da tarde em dias não muito quentes ou com uma sequência de pequenas atividades ao longo do dia. Seu pelo do tipo liso precisa ser escovado uma vez por semana e o do tipo mais áspero, a cada dois dias, ou diariamente, quando estiver na troca de pelos.

Principais Preocupações: Entrópio e displasia coxofemoral.
Outras doenças que podem afetar essa raça, porém com menor índice são: displasia do cotovelo, catarata, distiquíase, membrana pupilar persistente, torção gástrica, narinas estenóticas, luxação da patela, alongamento do palato, hipoplasia renal cortical. Exames sugeridos: radiografia de quadril e cotovelos.
Expectativa de vida: 8 a 12 anos.

Padrão da raça

Porte: médio
Temperamento: calmo, bom guardião, independente, leal e reservado.
Treinabilidade: baixa
Grau de proteção: alta
Espaço necessário: médio/grande
Tamanho: machos: 48 a 56 cm; fêmeas: 46 a 51 cm
Peso: Macho: de 20kg a 25kg; fêmea: de 18kg a 20kg
Nível de energia: médio
Duração exercícios diários: 1 hora por dia, podendo ser divididos em dois períodos.
Cor: preto unicolor, vermelho, azul, fulvo, creme ou branco, frequentemente com nuanças, mas sem manchas ou particolor (sob a cauda e na face posterior das coxas a cor é frequentemente mais clara).
Tipo de pelo: pode ser áspero ou liso.
Troca de pelo: sazonal
Necessidade de tosa: não

Classificação F.C.I.

Grupo 5 –
Spitz e Tipos Primitivos.
Seção 5 – Spitz Asiáticos e raças assemelhadas.
Padrão FCI no 205 - 27 de janeiro de 2011.
País de origem: China
País patrono: Grã-bretanha
Nome no país de origem: Chow Chow
Utilização: Cão de guarda e companhia.
Sem prova de trabalho.

Postado pela equipe Trilha da Matilha: 23/02/2015 às 18:42



Shih Tzu




História da raça

As pessoas tendem a se confundir entre o Lhasa Apso e o Shih Tzu, mas há uma série de diferenças muito distintas entre eles. As raízes dessa raça estão no Tibete, mas ela foi desenvolvida na China, onde cães como estes viviam nos palácios imperiais. É sabido que eles eram ocasionalmente doados aos imperadores daquele país durante o século 17 como um tributo à honra. Lá, o Shih Tzu já foi considerado um amuleto de boa sorte. Existem pinturas do início do século 16 que mostram cães que se assemelham a pequenos leões. O nome Shih Tzu significa “leão”. O visual do crisântemo para a cabeça do Shih Tzu é o mais atraente, e isso é causado pelo crescimento do pelo para cima, na ponte nasal.

A China se tornou uma república em 1912, após isto, exemplares da raça encontraram seu caminho para o Ocidente, embora sua primeira importação registrada para a Grã-Bretanha não tenha ocorrido antes de 1930. No início dos anos 30, um filhote da raça Shih Tzu foi dado de presente para a Rainha Elizabeth e isso popularizou a criação da raça na Inglaterra. Reconhecida como uma raça distinta de outras orientais em 1934, sendo concedido um registro separado pelo The Kennel Club em 1940, com certificados para campeonato disponibilizados a partir de 1949. Nos Estados Unidos, a raça só começou a fazer sucesso no final dos anos 1960.

Temperamento e características da raça

Shih Tzus são alegres e extrovertidos. Eles são bons cães de colo e ótima companhia para brincar também. Eles estão sempre animados. São apegados à família e ótimos com crianças. Eles são bem teimosos e podem ser difíceis de educar. Ocupam o 70o lugar no ranking de inteligência canina. Também são bons cães de alerta e costumam latir quando acontece algo novo à sua volta. Atenção aos vizinhos, pois seus latidos podem ser indesejáveis. Eles também costumam ser dóceis com outros animais, mas como todas as raças, devem ser socializados desde cedo, tanto com outros cães quanto com crianças e gatos. Ao apresentar um novo ser para um Shih Tzu, sempre supervisione (aliás, isso serve para qualquer raça!). É importante manter a raça ativa e com constante carinho e companhia. Eles gostam muito de atenção e adoram participar de tudo. Shih Tzus ficam felizes em seguir o dono pela casa. Eles são muito carinhosos, apegados e amigos, adoram um colo e não ficam muito bem sozinhos.

Saúde

Shih Tzus são cães branquicefálicos (focinho achatado), o que significa que podem ter problemas respiratórios de moderados a graves. Desde roncos e espirros, até apneia e infecções. Eles também podem ter infecções de ouvido, se estes não forem limpos corretamente. Também têm tendência à obesidade e é importante cuidar dos seus dentes para evitar problemas periodontais.

Expectativa de vida: 12 a 16 anos.

Padrão da raça:

Porte: Pequeno
Temperamento: Inteligente, ativo, alerta, carinhoso e independente.
Treinabilidade: Baixa
Grau de proteção: Baixa
Espaço necessário: Pequeno
Tamanho: Altura na cernelha: não mais que 27 cm.
Peso: 4,5 a 8 kg. – Ideal: 4,5 a 7,5 kg.
Nível de energia: média/alta
Duração exercícios diários: 40 minutos diários, podendo ser divididos em dois períodos.
Tipo de pelo: Revestimento exterior longo, denso, não encaracolado, com moderado subpelo, não lanoso. Ligeira ondulação é permitida. Pelo não afetando a habilidade do cão para enxergar. O comprimento do pelo não deve restringir o movimento.
Cor: Todas as cores são permitidas; uma listra branca na testa e branco na ponta da cauda são altamente desejados nos particolores.
Troca de pelo: Sazonal.
Necessidade de tosa: Sim

Classificação F.C.I.

Grupo 9 – cães de companhia
Seção 5 – raças Tibetanas
Padrão FCI no 208 – 16 de fevereiro de 2011
País de origem: Tibete
País patrono: Grã-Bretanha
Nome no país
 de origem: Shih Tzu
Utilização: companhia
Sem prova de trabalho.

Postado pela equipe Trilha da Matilha: 07/02/2015 às 13:55



Samoieda


História da raça

A origem da raça Samoieda envolve até hoje controvérsias e dúvidas. A teoria mais aceita é a de que ela surgiu na Sibéria há mais de cinco mil anos, localidade esta em que os cães exerciam diversas tarefas como guiar trenós, pastorear renas e caçar. Os exemplares da raça serviam ainda como aquecedores, proporcionando calor aos seus donos nas noites mais geladas.

O nome Samoieda deriva das Tribos Samoyed do norte da Rússia e da Sibéria. Na parte ao sul dessa área, eles usavam cães brancos, pretos e marrons particolor como cães pastores; na parte ao norte, os cães eram brancos puros, tinham um bom temperamento e eram usados como cães de caça e de trenó. O zoólogo britânico Ernest Kilburn Scott passou três meses entre as tribos Samoiedas em 1889. Ao retornar para a Inglaterra, levou consigo um filhote macho marron chamado Sabarka. Mais tarde, ele importou uma fêmea chamada Whitey Petchora da parte ocidental do Ural e um macho branco chamado Musti da Sibéria. Esses poucos cães e aqueles levados pelos exploradores são a base para os Samoiedas ocidentais. O primeiro padrão foi escrito na Inglaterra em 1909.

Há controvérsias também com relação ao responsável por introduzir a raça no Ocidente, a apresentação oficial da raça se deu em 1893 e o primeiro clube dedicado a ela foi fundado em 1920.



Temperamento e características da raça

Os cães da raça Samoieda são extremamente apegados aos seus donos e não costumam dar trabalho se sempre receberem atenção, carinho e não forem deixados sozinhos por períodos longos. Os exemplares da raça são também alegres e adoram brincadeiras. Apesar de serem companheiros e poderem viver bem em apartamentos, eles necessitam de donos dispostos a lhes prover atividades físicas e passeios constantemente.

Não são agressivos e se comportam bem diante de pessoas estranhas. Convivem muitíssimo bem com crianças e com outros cachorros, principalmente porque eles são originalmente cães de matilha.

Seus filhotes possuem muita energia e, por conta disto, precisam ser educados desde cedo, com imposição de limites. É recomendável, ainda, que sejam treinados com relação aos latidos, que são bastante peculiares e que, em excesso, podem se tornar desagradáveis.

O instinto de caça é muito leve. Nunca tímido ou agressivo. Muito social e não pode ser usado como cão de guarda. Possui porte médio e elegante, um Spitz branco do Ártico. Sua aparência dá a impressão de força, resistência, graça, agilidade, dignidade e segurança.

Uma das características mais marcantes desses cães é o seu sorriso, a expressão chamada “sorriso do Samoieda” é formada pela combinação da forma dos olhos, com sua posição, e os cantos da boca ligeiramente curvados para cima – que fica ligeiramente levantado quando estes colocam a língua para fora –, dando realmente a impressão de estarem sorrindo.

A altura dos cães machos normalmente está em torno de 57 centímetros, enquanto as fêmeas costumam medir 53 centímetros.

A cor predominante da pelagem é branca, mas são aceitos exemplares nas cores creme ou branco com manchas creme, desde que não se tenha a impressão de o cão ser bege.



Saúde

A raça Samoieda, principalmente por ter surgido e se desenvolvido em uma região em que o frio é predominante, raramente adoece. Embora não existam doenças comuns aos exemplares da raça, é possível que os cães apresentem, em algum momento da vida, catarata, displasia coxofemoral ou epilepsia.

São cães extremamente limpos e não exalam muito odor característico de cachorro. Para garantir que essa característica prevaleça, é recomendável que os banhos sejam dados o mínimo de vezes possível, de modo que a oleosidade natural da pele, também responsável por impedir que a sujeira se acumule, não seja removida.

É importante ainda que os cães sejam escovados diversas vezes na semana para conservar a beleza da pelagem. Na época da muda, os cães devem ser escovados com mais freqüência para que os pelos mortos sejam eliminados. Além disso, os Samoiedas nunca devem ser tosados.

Expectativa de vida: de 12 a 14 anos.

Padrão da raça

Porte:
médio
Temperamento: amigável
Treinabilidade: média/alta
Grau de proteção: baixa
Espaço necessário: médio/grande
Tamanho: machos 57cm e fêmeas 53cm, ambos com tolerância de ± 3cm.
Peso: macho de 20 a 30kg e fêmea de 17 a 25kg.
Nível de energia: média/alta
Duração exercícios diários: 2 horas por dia, podendo ser divididas em dois períodos.
Tipo de pelo: profuso, espesso; densa pelagem polar. O Samoieda é um cão com pelagem dupla, com subpelo curto, macio e denso.
Cor: branco puro, creme ou branco com biscoito (a cor de fundo deve ser branca com ligeiras marcas biscoito). Jamais deve dar a impressão de ser bege.
Troca de pelo: sazonal.
Necessidade de tosa: não.

Classificação F.C.I.


Grupo 5 –
Spitz e tipos primitivos
Seção 1 – Cães Nórdicos de Trenó Padrão
Padrão FCI no 212 – 09 de janeiro de 1999
País de origem: Norte da Rússia e Sibéria
País patrono: União dos Países Nórdicos / NKU
Nome no país de origem: Samoiedskaïa Sabaka
Utilização: Tração de trenó e companhia
Sem prova de trabalho.

Postado pela equipe Trilha da Matilha: 30/01/2015 às 15:21



Rottweiler



História da raça

O Rottweiler figura entre as raças mais antigas. Sua origem remonta à época dos romanos, quando foi criado como um cão de guarda e boiadeiro. Esses cães imigraram com as legiões romanas através dos Alpes, guardando homens e tocando o rebanho. Nos arredores de Rottwell, eles se encontraram com os cães da região. Houve, então, uma miscigenação. A tarefa principal do Rottweiler voltava a ser a condução e a guarda de grandes rebanhos, de grandes animais e a defesa do seu dono e seu patrimônio. Ele recebeu esse nome por causa da antiga cidade de Rottweil: Rottweiler Metz-gerhund (Cão de Açougueiro de Rottweil). Os açougueiros criaram essa raça por pura exibição, sem qualquer utilidade para ele. Assim, no decorrer do tempo, esse cão de passeio passou a ser mais utilizado como cão de tração. No início do século, quando se pesquisaram diversas raças para a função policial, o Rottweiler também foi avaliado. Em pouco tempo, demonstrou ser extraordinariamente adequado às tarefas do serviço policial. Por essa razão, no ano de 1910, foi oficialmente reconhecido como um cão policial.


Temperamento e características da raça

O Rottweiler é um cão robusto de porte médio para grande, sem ser leve ou grosseiro, nem pernalta ou esgalgado. Sua estrutura, em corretas proporções, tem uma figura compacta, forte e bem proporcionada, mostrando grande força, agilidade e persistência. Sua figura revela primitivismo, seu procedimento é autoconfiante, com firmeza de nervos e coragem, seu olhar sereno indica boa índole. Basicamente ele é amigável e pacífico, muito apegado ao dono, adora crianças, de fácil condução e ávido por trabalho. Sua estampa revela primitivismo, é autoconfiante, com coragem e nervos firmes. Sempre atento a tudo que o cerca, reage com grande presteza.

A criação do Rottweiler pretende um cão forte, preto com marcações em marrom-avermelhado, claramente definidas; e, apesar do aspecto geral massudo, não deve prescindir de nobreza, sendo altamente indicado como cão de companhia, proteção e utilidade.

O caráter do Rottweiler engloba o conjunto de qualidades, habilidades e atributos físicos e mentais inatos e adquiridos que determinam e regulam o seu comportamento no meio ambiente. Seu temperamento e sua disposição e participação para quaisquer atividades são moderados. Diante de um estímulo desagradável ele se mantém firme e destemido. Seus sentidos são adequadamente desenvolvidos. Seu afeto é bem acessível e sua aprendizagem é excelente. Trata-se de um tipo robusto e bem equilibrado. Com sua credulidade, agressividade moderada e sua grande autoconfiança, ele reage às influências do meio ambiente com serenidade e cautela. Diante de uma ameaça, porém, é acionado o instinto de defesa em razão do seu espírito de luta e proteção altamente desenvolvido. Ele é um cão que resiste bem a experiências sem medo ou hesitação. Passada a ameaça, o instinto de luta se extingue relativamente rápido e se transforma em atitude pacífica. Gosta muito de água, o que pode acabar sendo uma brincadeira muito agradável no verão. Não possui uma paixão expressiva para a caça, porém é muito determinado e sua perseverança é alta. Em mais detalhes, os instintos e atributos de caráter são considerados desejáveis.



Saúde

O Rottweiler precisa de atividade, mental e física, na forma de passeios longos ou brincadeiras, assim como aulas de obediência. Gosta de clima frio e pode sofrer bastante no calor. Pode viver fora de casa em um clima mais ameno, portanto que tenha um abrigo quente e confortável. É bom que tenha o máximo de contato com a família dentro de casa para que a relação se torne íntima. O cuidado com a pelagem é mínimo.

Quanto à saúde, o Rottweiler é um cão relativamente saudável, porém deve-se dar atenção à displasia da anca (deformação da articulação coxofemural) problema mais comum nessa raça. Doenças hereditárias, como o tumor ósseo, também devem ser consideradas. O indicado é adquirir filhotes cujos pais sejam isentos dessas doenças. Hoje já estão disponíveis vários exames para o controle e a prevenção dessas doenças.
Expectativa de vida: 8 a 11 anos

Padrão da raça

Porte: grande
Temperamento: forte
Treinabilidade: alta
Grau de proteção: alta
Espaço necessário: grande
Peso/Tamanho: altura na cernelha para machos: 61 a 68 cm; 61 a 62 cm para os pequenos; 63 a 64 cm para os médios; 65 a 66 cm para os grandes (sendo essa a altura ideal); 67 a 68 cm para os muito grandes. Peso: 50 quilos. Altura na cernelha para Fêmeas: 56 a 63 cm; 56 a 57 cm para as pequenas; 58 a 59 cm para as médias; 60 a 61 cm para as grandes (altura ideal); 62 a 63 cm para as muito grandes. Peso: 42 quilos
Nível de energia: médio/alto
Duração exercícios diários: 2 horas por dia, podendo ser divididas em dois períodos.
Cor: preta, com marcações bem delimitadas numa rica coloração de castanho nas faces, focinho, garganta, peito e pernas, bem como acima dos olhos e sob a raiz da cauda.
Tipo de pelo: formada por pelo e subpelo. Pelo rijo, comprimento médio, tosco, denso e assentado. Nos posteriores o pelo é um pouco mais longo. O subpelo não deve ultrapassar o comprimento da pelagem externa.
Troca de pelo: sazonal
Necessidade de tosa: não

Classificação F.C.I.

Grupo 2 – Pinscher e Schnauzer, Molossoides, Boiadeiros e Montanheses Suíços e raças assemelhadas.
Seção 2 – Molossoides
2.1 – Tipo Mastife
Padrão FCI no 147 – 19 de junho de 2000
País de origem: Alemanha
Nome no país de origem: Rottweiler
Utilização: Tração, guarda e boiadeiro
Sujeito à prova de trabalho para campeonato internacional.

Postado pela equipe Trilha da Matilha: 05/01/2015 às 17:28


Husky Siberiano



História da raça

O Husky Siberiano é originário da Sibéria, mais precisamente da região situada entre o rio Kolyma e o estreito de Bering. Pertencente ao grupo dos cães do tipo primitivo, é essencialmente de trabalho, utilizado como cão de tração e de trenó.

Levado pela primeira vez ao Alaska no início do século 20, a raça se impôs por sua notável habilidade e extraordinária resistência. Desde então, o Husky Siberiano tornou-se muito popular na América, em especial nos Estados Unidos e no Canadá. Apesar de sua origem, sua raça é reconhecida oficialmente como sendo de criação norte-americana.

Sua origem é bastante remota, conhecida na Sibéria há quase 2.000 anos, onde foi desenvolvida pelos Chukchi para puxar trenós com pequenas cargas, por longas distâncias, com pouca comida e nas condições de tempo mais rigorosas, com temperaturas que chegam facilmente a -60º C.

Em 1909, os primeiros Huskies partiram da Sibéria para o Alaska de onde começaram a conquistar a simpatia do mundo todo.

Em 1925, ganharam o reconhecimento mundial ao ajudar a salvar a população de uma aldeia no Alaska que, assolada por uma epidemia e em época de tempestades de neve que impediam o pouso dos aviões, não recebia medicamentos. Na ocasião, mais de 150 animais de várias raças de cães puxadores de trenó foram mobilizados para fazer chegar os medicamentos à aldeia, percorreram uma distância de 1.054 quilômetros em 5 dias e meio, contudo o trajeto mais complicado e difícil foi superado apenas pelos Huskies, liderados por Togo e Balto. Até hoje, em comemoração ao feito dos cães, é realizada uma famosa corrida (Iditarod Trail) até a cidade de Anchorage, salva pelos cães.

A raça foi reconhecida pelo AKC em 1930. No Brasil, está entre as cinco raças mais registradas desde 1990. O mesmo ocorre no Japão, Itália e Espanha. Mas a popularidade da raça trouxe graves consequências não apenas para o "plantel" nacional, mas também para os próprios cães, uma vez que, infelizmente, muitas pessoas acabam adquirindo um filhote de Husky por apaixonarem-se apenas pelos seus "belos olhos", sem conhecerem as necessidades da raça e acabam se desfazendo dos cães. A situação de "incompatibilidade" dos donos com os Huskies ficou tão séria que Clube do Husky Siberiano de São Paulo mantém o SOS Husky, que procura encontrar novos lares para os Huskies cujos donos entregaram os pontos".

Temperamento e características da raça

O temperamento característico do Husky Siberiano é amigável e gentil, mas também atento e expansivo. Não demonstra as qualidades possessivas de um cão de guarda e tampouco é desconfiado com estranhos ou agressivo com outros cães. Algumas atitudes de reserva e dignidade podem ser esperadas de um cão adulto. Sua inteligência, docilidade e disposição o tornam um companheiro agradável e um cão sempre disposto ao trabalho.

O Husky Siberiano é um cão de trabalho, de porte médio; rápido e ligeiro. Seu movimento é fluente e gracioso. Seu corpo moderadamente compacto com pelagem densa; suas orelhas eretas e a cauda em pincel revelam sua

herança nórdica. Seu andar característico é suave e aparentemente sem nenhum esforço. Sua performance original, no arreio de trenó, é muito eficiente, transportando cargas leves a uma velocidade moderada, atravessa grandes distâncias. As proporções e as formas de seu corpo refletem esse equilíbrio básico de força, velocidade e resistência. Os machos da raça são bem masculinos, mas nunca grosseiros; as fêmeas, bem femininas, porém, sem demonstrar fragilidade em sua estrutura. Em condições ideais, com sua musculatura firme e bem desenvolvida, o Husky Siberiano não deve parecer pesado.

Saúde

Esta raça precisa de uma dieta de alta qualidade com muita proteína e gordura se for usada para o trabalho (como puxar trenós). É dito que os Huskies são os cães com mais "eficiência em combustível", já que consomem menos comida que outras raças de trabalho de tamanho similar e nível de atividade. A dieta precisa ser ajustada para o seu nível de trabalho e exercício; caso contrário, pode ocorrer obesidade em cães não exercitados e muito alimentados. Deve-se ter cuidado com a erlichia, transmitida pelo carrapato. Cães não selecionados provavelmente desenvolverão glaucoma, pois é hereditário (por isso a importância de se saber a procedência do cão e conhecer os pais ou avós), recomenda-se a compra de animais somente com pedigree para garantir um autêntico Husky Siberiano.
Expectativa de vida: 12 a 15 anos.

Padrão da raça

Porte: médio
Temperamento: inteligente e dócil.
Treinabilidade: média
Grau de proteção: baixa
Espaço necessário: médio/grande
Peso/Tamanho: Machos: 20,5 kg a 28 kg com altura de 53,5 cm a 60 cm. Fêmeas: 15,5 kg a 23 kg com altura de 50,5 cm a 56 cm.
Nível de energia: alto
Duração exercícios diários: 2 a 3 horas por dia, podendo ser divididas em dois ou três períodos.
Cor: todas as cores são permitidas, desde o preto até o branco puro. É comum uma variedade de marcações na cabeça, incluindo muitas combinações não encontradas em outras raças.
Tipo de pelo: a pelagem do Husky Siberiano é dupla, de comprimento médio e de aparência bem peluda, mas nunca tão longa a ponto de esconder as linhas bem definidas do cão. O subpelo é macio e denso, de comprimento suficiente para suportar a pelagem de cobertura. Os pelos de cobertura são retos e suavemente assentados, mas nunca ásperos ou eriçados. Deve-se notar que a ausência de subpelos durante a época da muda é normal.
Necessidade de tosa: não

Classificação F.C.I.

Grupo 5 – Spitz e Tipos Primitivos
Seção 1 – Cães Nórdicos de Trenó
Padrão FCI no 270 – 24 de janeiro de 2000.
País de origem: Estados Unidos da América
Nome no país de origem: Siberian Husky
Utilização: Cão de Trenó
Sem prova de trabalho.



Postado pela equipe Trilha da Matilha: 20/12/2014 às 11:36


Buldogue Francês



História da raça

O Buldogue Francês surgiu, provavelmente como todos os Dogues, Molossos do Império e do Império Romano, parente do Buldogue da Grã-Bretanha, dos Alanos da Idade Média, dos Dogues e pequenos Dogues da França. O Buldogue Francês que conhecemos é o produto de diferentes cruzamentos feitos pelos criadores apaixonados nos bairros populares de Paris no ano de 1880. Nessa época, os cães dos açougueiros e cocheiros dos Halles souberam conquistar a alta sociedade e o mundo dos artistas pelo seu físico tão exclusivo e seu caráter. Daí se difundirem rapidamente. O primeiro clube da raça foi fundado em 1880 em Paris. O primeiro registro de inscrição data de 1885 e o primeiro padrão foi redigido em 1898, ano no qual a Sociedade Canina Central reconheceu a raça do Buldogue Francês. O primeiro cão foi exposto em 1887. O padrão foi modificado em 1931, 1932 e 1948; foi reformulado em 1986 por H. F. Reant e R. Triquet (publicação FCI 1987), depois, em 1994, pelo Comitê do Clube do Buldogue Francês com a colaboração de R. Triquet.

Também conhecido como Frenchie, é uma raça que deve sua existência a pelo menos três países: Inglaterra, França e EUA. A Inglaterra ajudou com a base da raça: o antigo Buldogue. Criadores franceses transformaram esses pequenos Buldogues em um tipo francês distinto, e criadores Americanos foram os primeiros a exigir as tão conhecidas orelhas de morcego.

Hoje, os Buldogues Franceses são excelentes cães de companhia e um dos cães mais especiais que existem. Sua carinha engraçada e seu temperamento divertem as pessoas enormemente, então é difícil passear com um Frenchie sem chamar atenção.



Temperamento e características da raça

Tipicamente um molossoide de pequeno porte. Poderoso para seu pequeno talhe, brevilíneo, atarracado em todas as suas proporções, de pelo raso, de focinho curto e trufa achatada, de orelhas empinadas, com uma cauda naturalmente curta. Seu aspecto é de um animal ativo, inteligente, muito musculoso, de estrutura compacta e sólida ossatura.

O temperamento do Buldogue Francês também confere um tom especial à raça, são cães normalmente alegres, calmos, companheiros e brincalhões. Como todas as raças de companhia, eles necessitam, acima de tudo, de contato constante com humanos. Suas necessidades de exercícios são mínimas e variam de cão para cão. Sua natureza calma os torna grandes escolhas para aqueles que vivem em apartamento, assim como sua falta de interesse em latir.

Sendo uma raça de cara achatada, é essencial que seus futuros donos entendam que eles não devam viver fora de casa. Com um sistema respiratório limitado, em virtude do seu focinho achatado, é sempre bom ter cuidado quando exercitar seu Buldogue Francês, principalmente, em altas temperaturas. Além disso, são bem pesados para seu tamanho e podem ter dificuldades para algumas atividades, como longas caminhadas ou nadar.

O seu nível de energia pode variar de hiperativo e energético até relaxado e calmo. Mas é comum que o filhote seja mais ativo até os 12 ou 18 meses, quando este se torna efetivamente um adulto e torna-se mais acalmo.

É uma raça com sangue essencialmente bull e terrier. Portanto não é surpresa os problemas surgirem quando dois cães dessa raça se juntam, principalmente quando são do mesmo sexo. Donos que estão considerando adicionar um segundo cão à sua família são geralmente advertidos e aconselhados a escolherem cães de sexos opostos. A castração pode ajudar muito a diminuir essas tendências, antes mesmo delas começarem.

Ele até escolhe um dono preferido, mas é festeiro com todos da casa. Adora colo, carinho e demonstrações de afeto. Embora não seja particularmente absorvente, não perde uma oportunidade de se aproximar para ganhar um cafuné. Recebe as pessoas com alegria e às vezes até com lambidas. Também é de seguir os donos pela casa, oferecendo companhia em tempo integral.

Obs.: Buldogues Franceses roncam, esteja preparado!



Saúde

O Buldogue Francês precisa de alguns cuidados especiais.

• Ele precisa estar sempre arejado e fresco, não podendo, em hipótese alguma, ficar com muito calor. A troca de calor é feita pelos cães através da salivação e do focinho, e como cães com a “cabeça achatada” têm um focinho muito curto, ficam prejudicados neste quesito.
• Podem ter problemas de ouvido.
• É bom estar atento às rugas da face, limpando-as com frequência. A limpeza pode ser feita com soro fisiológico e algodão. Tome cuidado para não deixar o local úmido, seque bem.
• Necessitam de pouco exercício, portanto, se você notar que seu cão está cansado, pare. Uma caminhada curta de 15 minutos é o suficiente pra suprir suas necessidades.
• Normalmente as fêmeas, para parirem, necessitam de cirurgia cesariana, pois a cabeça dos filhotes é muito larga para o parto natural.

Expectativa de vida: 12 a 14 anos.

Padrão da raça

Porte: pequeno
Temperamento: sociável, alegre, brincalhão, esportivo e esperto. Particularmente afetuoso com seus donos e com crianças.
Treinabilidade: baixa/média
Grau de proteção: baixo
Espaço necessário: pequeno
Peso/Tamanho: o peso não deve ser inferior a 8 quilos, nem superior a 14 quilos; para um Buldogue em bom estado, o talhe é proporcional ao peso.
Nível de energia: baixo
Duração exercícios diários: meia hora por dia, podendo ser dividida em dois períodos.
Cor: uniformemente colorido fulvo, tigrado ou não, ou com manchas limitadas (Pied). Fulvo tigrado ou não, com manchas médias ou predominantes.
Tipo de pelo: lindo pelo raso, cerrado, brilhante e macio.
Troca de pelo: sazonal
Necessidade de tosa: não

Classificação F.C.I.

Grupo 9 – cães de companhia
Seção 11 – Cães Molossos de Pequeno Porte
Padrão FCI no 101 – 6 de abril de 1998
País de origem: França
Nome no país de origem: Bouledogue Français
Utilização: Companhia, guarda e lazer
Sem prova de trabalho.

Postado pela equipe Trilha da Matilha: 13/12/2014 às 13:22


Cane Corso Italiano


História da raça

O Cane Corso é o descendente direto do molosso romano “Cane Pugnax” do qual representa uma versão de maior mobilidade. Era utilizado na caça de animais selvagens como javalis, cervos e ursos, atuando em confrontos corpo a corpo. A raça foi desenvolvida na Itália, na época do Império Romano, seu nome descende do latim “Cohors” que significa guardião, protetor.

O Cane Corso é um animal compacto, ágil, forte, potente, de possante musculatura, fortemente constituído sem perder a elegância. Por possuir essa incrível estrutura, participou de lutas em arenas e em guerras, ao lado dos soldados romanos. Por séculos, o Cane Corso foi um companheiro precioso de seus criadores e donos na Itália, pastoreou gado e escoltou manadas para protegê-las de predadores e bandidos. Foi também foi utilizado como cão de luta, como protetor de coletores de impostos e na guarda de grandes áreas rurais. É inigualável na defesa pessoal, é alerta e pouco ruidoso ao fazer a guarda.

Apesar de existir há mais de dois mil anos, o Cane Corso é ainda algo novo para a moderna cinofilia. Isso porque suas gerações mais recentes sofreram mudanças que lhe deram características bem definidas que redundaram no aprimoramento da raça.

Durante a Segunda Guerra Mundial, o Cane Corso atuou no exército italiano no front de batalha, puxando carretos com medicamentos, armamento e até com soldados feridos.

O novo florescimento do Cane Corso é, na verdade, a marca de toda uma luta contra a degeneração biológica da raça.

O homem sempre se rendeu ao fascínio do molosso, admirando sua massa corporal, sua imponência, seu ar de fera, imortalizando-o na pintura, na escultura e nos trabalhos escritos.

História e lenda, realidade e fantasia se mesclam em torno da origem do Cane Corso, na qual o molosso deixou traços indeléveis.



Temperamento e características da raça

De tamanho médio para grande. Robusto, forte e, contudo, elegante. Seus contornos nítidos revelam músculos possantes. A sociabilidade associada ao instinto de guarda reflete a realidade da maioria dos Cane Corsos. Acostumado por séculos a fazer parceria com o homem, este cão é ideal para quem valoriza um guardião.

O padrão oficial do Cane Corso pede um cão inteligente e equilibrado, inigualável na guarda e na defesa. Outra qualidade é a fácil adestrabilidade, é muito atento e fiel, o que simplifica a sua educação. Um cão protetor, de defesa pessoal, usado particularmente como cão de guerra e das polícias, especialista em reboque, adaptável a qualquer uso prático, possui coragem excepcional, insensibilidade à dor, poder de ataque extraordinário e grande docilidade com o dono.

A hostilidade da natureza, aliada aos poucos recursos científicos da época do Império Romano, foi responsável pela rusticidade do Cane Corso: animais aptos a ambientes diversos, resistentes a doenças e que não exigem cuidados especiais.

Extremamente inteligente e voraz, o Cane Corso tem, em seu temperamento equilibrado, sua marca registrada, fazendo dele um cão inigualável.

O equilíbrio decorre de milenar seleção, quase natural, que remonta aos tempos do Império Romano quando cães com temperamento inadequado e inviável para o trabalho eram rejeitados nas fazendas italianas. Não havia motivo para serem mantidos se não fossem úteis aos homens.

Diferentemente de outros molossos que preferem ficar descansando, o Cane Corso aproveita cada estímulo para ir de um lado ao outro. Adora acompanhar o dono ou ir inspecionar a causa de um ruído atípico. Tendo uma noção muito grande de seu território, não admite a entrada de estranhos, fica sempre atento a tudo o que está em volta, sem ser ruidoso.

O Cane Corso tem potencial para promover um ataque devastador. É muito importante, portanto, que seja socializado desde cedo. Dessa forma, o Cane Corso se comportará adequadamente, sem perder a capacidade de perceber quando alguém age de modo anormal.

Fica claro que, no relacionamento entre um Cane Corso e o ser humano, o cão sabe que o homem é sempre o líder, estabelecendo-se assim um laço estreito de confiança e respeito mútuo. Não é difícil ver as demonstrações de coragem de um Cane Corso porque, em muitas ocasiões, o cão dará o máximo de si para proteger seus donos e sua propriedade, mesmo que sua vida esteja em risco.

Saúde

Como a maioria das raças grandes, o Cane Corso apresenta alguns problemas de saúde característicos: 

Displasia coxofemoral e de cotovelo - procure sempre adquirir filhotes cujos pais tenham sido examinados e aprovados pelas radiografias. A displasia só pode ser diagnosticada com certeza quando o filhote tem mais de 12 meses.

Torção gástrica – pode-se evitar esse problema dividindo a porção total de ração, evitando dar toda a comida de uma única vez.

Epilepsia

Entrópio – quando a pele encobre parte da vista. Essa característica costuma aparecer a partir dos três meses de vida, deixando os olhos irritados e vermelhos, com lacrimejamento excessivo. A correção é cirúrgica.

Atrofia ou displasia da retina – uma degeneração das células da retina.

Expectativa de vida: 10 - 11 anos.

Padrão da raça:

Porte: grande
Temperamento: cuidando da propriedade, da família e do gado – é extremamente ágil e obediente. No passado, foi utilizado para guardar o gado e caçar animais grandes.
Treinabilidade: alta
Grau de proteção: alta
Espaço necessário: grande
Peso/Tamanho: Machos – de 64 a 68 cm. Fêmeas – de 60 a 64 cm. Com uma tolerância de 2 cm acima ou abaixo.
Nível de energia: alto
Duração exercícios diários: 2 horas por dia, podendo ser divididas e dois períodos.
Cor: preto, cinza chumbo, cinza ardósia, cinza claro, fulvo claro; vermelho cervo, fulvo escuro; tigrado (listras em diferentes tons de fulvo ou cinza). Os cães fulvos e tigrados têm, no focinho, uma máscara preta ou cinza que não deve ultrapassar a linha dos olhos. Admite-se uma pequena mancha branca no peito, na ponta dos dedos e sobre a cana nasal.
Tipo de pelo: curto, brilhante, bem fechado com um ligeiro subpelo.
Troca de pelo: sazonal
Necessidade de tosa: não

Classificação F.C.I.:

Grupo 2 – Pinscher e Schnauzer, Molossoides, Boiadeiros e Montanheses Suíços e raças assemelhadas.
Seção 2 – Molossoides
2.1 – Tipo Mastife
Padrão FCI no 343 – 06 de junho de 2007
País de origem: Itália
Nome no país de origem: Cane Corso Italiano
Utilização: Guarda, defesa e faro
Sem prova de trabalho.


Postado pela equipe Trilha da Matilha: 05/12/2014 às 19:18

Dachshund (Teckel)




História da raça

O Dachshund, também chamado de Dackel ou Teckel, é conhecido desde a Idade Média. Criavam-se, nessa época, muitos cães descendentes de Bracos que eram especialmente bons para a caça debaixo da terra.

Desses cães providos de pernas curtas, evoluiu o Dachshund, que foi reconhecido como uma das mais versáteis e úteis raças de caça. Ele também mostra excepcional trabalho sobre a terra, caçando silenciosamente, além disso, possui alto instinto de busca seguindo animais feridos. O clube mais antigo para Teckel é o “Deutsche Teckel Club”, fundado em 1888. Durante décadas, o Dachshund tem sido criado em três diferentes tamanhos (Teckel Standard, Teckel Anão e Kaninchen) e em três diferentes pelagens (pelo curto, pelo duro e pelo longo).

Evidências sobre o Dachshund como uma raça só foram encontradas no século XVI, quando foram feitas referências a um cachorro “baixo de pernas tortas”, chamado de cão escavador, Dackel ou Cão Texugo. O nome moderno, Dachshund, quer dizer cão texugo (dachs hund) em alemão. Esses caçadores determinados perseguem sua presa, entram na toca, tiram a presa e a matam. 

Os Dachshunds originais tinham o pelo liso e surgiram do cruzamento do Bracke, um pointer miniatura francês, com o Pinscher, um matador de vermes do tipo Terrier. Algumas xilogravuras do século XVI mostram cães de pelo mais longo do tipo Dachshund. Também é possível que os de pelos lisos tenham sido cruzados depois com Spaniels e com o Stoberhund alemão (cão de caça) para produzir uma variedade com pelos mais longos. Os de pelo duro são mencionados em 1797, mas esses cães não foram propriamente selecionados. Os mais modernos foram criados no final do século XIX com os cruzamentos entre o Dachshund de pelo liso e o Pincher Alemão de pelo curto e com o Dandie Dinmont Terrier. 

Cada uma dessas variedades era mais adequada para caçar em condições de clima e de terreno adversos, mas todos eram cães fortes, resistentes, capazes de perseguir texugos, raposas e outros mamíferos menores. Até 1900, poucos exemplares eram usados para caçar animais pequenos, como coelhos. Apesar de alguns serem naturalmente pequenos, outros foram produzidos intencionalmente com cruzamentos de Toy Terriers ou Pinschers. Mas a maioria dos tipos resultantes desses cruzamentos não era o típico Dachshund. Em 1910, foi adotado um critério rigoroso, e cada tipo de pelo é resultado do cruzamento entre diferentes raças para alcançar os melhores resultados: os lisos foram criados com os Pinschers Miniaturas, os longos com o Papillon e os de pelo curto, com o Schnauzer Miniatura. Depois disso, o Dachshund encontrou seu verdadeiro lugar como animal de estimação, crescendo em popularidade até se tornar um dos cães mais populares da América.


Temperamento e características da raça


Um cão corajoso, curioso e sempre em busca de aventuras. Ele gosta de caçar e de cavar, pois, com seu ótimo faro, segue uma pista, caça e enterra. Ele é independente, mas participa das atividades em família sempre que pode. Ele se dá muito bem com as crianças. A variedade de pelo longo pode ser mais quieta e menos parecida com o Terrier. Os de pelo curto são mais ativos. Os do tipo miniatura tendem a ser mais tímidos. 

Ele tem um temperamento equilibrado, perseverante e rápido. Têm um físico baixo, de pernas curtas e corpo comprido, mas compacto e musculoso com atitude orgulhosa de cabeça e expressão atenta. Apesar das pernas curtas em relação ao corpo comprido, é muito vivo e ágil.

Se, no início, o Dachshund era um valente e destemido caçador, hoje, deixou, em grande parte, de lado suas antigas atividades e transformou-se num animal de companhia. Em função do seu tamanho, é uma excelente opção para o grande número de pessoas que mora em apartamentos, especialmente porque aprende com facilidade os hábitos de higiene. Adapta-se bem a locais pequenos e não é do tipo destrutivo que rói os móveis e come as roupas.

Inteligente, esperto e bastante brincalhão, o Dachshund é também um excelente cão de vigia. Sempre atento ao menor sinal de aproximação de estranhos late bastante. É um excelente companheiro para crianças e brinca mesmo depois de velho. Convive de forma tranquila com outros animais e com outros cães, mas não foge de uma briga caso seja provocado.

Outra característica importante da raça é sua independência, o que lhe rendeu uma injusta fama de desobediente. Na convivência em família, ele é um excelente companheiro, gosta de todos e os respeita, mas se dedica apenas a uma pessoa que ele elege como dono.

A média de nascimentos em um parto é de 2 a 10 filhotes, dependendo do tamanho da mãe. Os filhotes devem ser educados cedo para que dono e cão possam ter uma convivência harmoniosa. É um cão que procura agradar o dono, mas precisa de limites claros e, acima de tudo, precisa saber quem é que manda. Segundo os criadores, no caso do Dachshund, a obediência aumenta com a idade.



A saúde

Apesar do Dachshund ser ativo, sua necessidade de exercícios se satisfaz com passeios moderados na coleira e caçadas no jardim. Adapta-se à vida nas cidades e em apartamentos, mas ele ainda é um caçador e adora se aventurar na floresta. O pelo liso requer higiene básica. O pelo longo precisa ser escovado uma ou duas vezes por semana e tosas ocasionais dos fios soltos. O pelo curto precisa ser escovado uma vez por semana, além de tosas ocasionais dos pelos soltos e retirada de pelos mortos duas vezes por ano.

O Dachshund enfrenta alguns problemas típicos de raças de cães baixos como o Basset Hound, entre eles há tendência à obesidade e problemas de coluna. A obesidade pode ser controlada fornecendo-se ao cão alimentos em quantidade adequada (procure um veterinário para definir essa medida) e fornecendo uma quantidade satisfatória de exercícios. Quanto aos problemas de coluna, que muitas vezes estão associados à obesidade, deve-se impedir que salte de lugares altos e ande em pisos escorregadios. Entre os problemas de saúde mais comuns estão: 

Luxação de patela: (ruptura de 1 ou dos 2 ligamentos cruzados do joelho), por predisposição genética ou por trauma.
Osteófitos ou bicos de papagaio:  causados pelo crescimento exagerado do osso nos espaços entre as vértebras.
Hérnia de disco: causada pela compressão da medula óssea pelo atrito constante entre as vértebras.

Outro problema comum é a dermatite que pode ser evitada dando-se banhos somente quando for indispensável.

Padrão da raça:
Porte: Pequeno
Temperamento: Equilibrado
Treinabilidade: Fácil
Grau de Proteção: Alto
Espaço Necessário: Pequeno
Altura/Peso: Dachshund: circunferência do peito acima de 35cm. Peso aproximado, 9 kg.
Dachshund Miniatura (Zwerg): circunferência do peito de 30 até 35 cm, medido em, no mínimo, 15 meses. Kaninchen: circunferência do peito até 30 cm, com idade mínima de 15 meses.
Nível de Energia: Médio
Duração Exercícios Diários: 30 min
Tipo de Pelo/Cor: Pelo curto: unicolor - vermelho, amarelo-avermelhado, amarelo, todos com ou sem pelos pretos entremeados; bicolor: preto profundo ou marrom com manchas ferrugem (castanha) ou amarelas sobre os olhos; arlequim (tigrado manchado, manchado): a cor básica é sempre a cor escura (preto, vermelho, cinza).
Pelo duro: predomina da clara até a cor escura de javali; também a cor de folhas secas. Caso contrário, as mesmas cores descritas no Dachshund de pelo curto.
Pelo longo: as mesmas descritas no Dachshund de pelo curto.
Troca de Pêlo: Mínima.
Necessidade de Tosa: Não


Classificação F.C.I.:
Grupo 04 - Dachshunds
Padrão nº 148 em 13/07/2001
País de origem: Alemanha
Nome no país de origem: Dachshund (Teckel)
Utilidade: Caça
Sujeito à prova de trabalho para campeonato internacional.

Postado pela equipe Trilha da Matilha: 30/11/2014 às 21:05



Setter Irlandês Ruivo



História da raça

O Setter Irlandês Vermelho foi desenvolvido na Irlanda como um cão de trabalho para caçar. A raça é derivada do Setter Irlandês Vermelho e Branco e de um cão desconhecido de cor vermelho sólida. Foi um tipo claramente identificável no século XVIII. O Clube do Setter Irlandês Vermelho foi fundado em 1882 para promover a raça. O Clube emitiu um padrão da raça em 1886 e organizou trabalhos de campo e exposições para fixar o padrão da raça desde aquela época. Em 1998, o Clube publicou o estilo de trabalho para a raça. O padrão e o estilo de trabalho descrevem a forma física e a habilidade da raça para o trabalho. Durante anos, a raça evoluiu para se tornar robusta, saudável e inteligente, possuindo excelente habilidade de trabalho e muita resistência.

Apesar do mistério, que envolve tanto o desenvolvimento do Setter Irlandês como raça independente como a época em que ele foi espalhado por toda a Europa, sabe-se que a constituição desses cães ocorreu a partir dos Spaniels, que eram encontrados com facilidade na Irlanda.
Diferente da forma atual, os primeiros exemplares de Setter Irlandês tinham os pelos brancos e vermelhos. Graças ao trabalho do criador Maurice O’Connor, a raça passou a manter as características que conhecemos até hoje.
Inicialmente a raça foi desenvolvida para a caça, em função do faro apurado e da agilidade com que esses animais conseguem se movimentar. O nome da raça vem justamente da forma como esses cães costumavam caçar. Para indicar a caça ao caçador, o Setter Irlandês apenas sentava e esperava (a palavra “setter” vem do verbo inglês “to set”, que significa “apontar”).
Com o tempo, o Setter Irlandês se consolidou como um cachorro de grande popularidade em todo o mundo, participando de diversas exposições caninas em função da sua beleza e da atenção com que realiza tarefas. 


Temperamento e características da raça

Sempre preparada para brincadeiras e atividades que requerem muita energia, é conhecida pelo bom convívio com pessoas de qualquer idade, inclusive crianças.
Essa raça também se destaca por não se deixar vencer pelo cansaço e ainda ter disposição para muito mais. Por conta disso, esses cães precisam de exercícios constantes, caso contrário, podem desenvolver um comportamento destrutivo, especialmente se viverem em lugares pequenos.
Em relação à personalidade, é possível afirmar é muito leal e manso. Ao notar algo suspeito, late de forma estridente, servindo como alarme.
O adestramento é essencial para quem deseja um Setter Irlandês que não seja teimoso e muito agitado. Apesar disso, os cães da raça são reconhecidos pelo grande afeto com seus donos, passando horas deitados ao lado deles.



Saúde

A pelagem do Setter Irlandês precisa ser escovada, pelo menos, semanalmente. Na época da muda, é necessário aumentar a frequência para que os pelos mortos sejam todos removidos do corpo.
Por serem mais longas, as orelhas exigem uma atenção especial, pois elas estão propensas à otite, devido ao abafamento e à retenção de umidade, que aumentam a produção de cera. Logo, é aconselhável limpá-las toda semana.
Além disso, a raça pode apresentar os seguintes problemas: atrofia progressiva da retina, displasia, torção gástrica, epilepsia e hipotiroidismo. Para prevenir e diagnosticar esses problemas, consulte um veterinário de confiança sempre que possível e mantenha as vacinas em dia.

Padrão da raça
Porte: Grande
Temperamento: Vivo, inteligente, enérgico, afeiçoado e leal.
Treinabilidade: Alta
Grau de proteção: Média a alta
Espaço necessário: Médio/grande
Peso/Tamanho: 20 a 30kg; machos: 58 a 67cm e fêmeas: 55 a 62cm
Nível de energia: Alta
Duração exercícios diários: 2 a 3 h de exercícios diários, podendo ser divididas em 2 ou 3 períodos.
Aparência geral: Vigoroso, atlético, cheio de qualidades, expressão gentil. Balanceado e em proporção. 
Cor: rico castanho sem traço de preto; branco no peito, garganta e dedos; uma pequena estrela branca na testa ou listra branca estreita no focinho ou na face, não deve ser desclassificado.
Tipo de pelo: Na cabeça, na frente das pernas e na base das orelhas, curto e fino; nas outras partes do tronco e membros, tem comprimento médio, plano e sem possibilidade de ser ondulado ou crespo. As franjas, na parte superior das orelhas, são longas e sedosas; na parte traseira das pernas anteriores e posteriores, os pelos são longos e finos; o ventre é bem franjado, formando franjas que podem se estender até o peito e a garganta. Patas bem franjadas entre os dedos. Cauda com franjas moderadamente longas, diminuindo de comprimento quando se próximas à ponta. Todas as franjas são retas e planas.
Troca de pelo: Sazonal
Necessidade de tosa: Não

Classificação F.C.I.:
Grupo 7 – Cães apontadores
Seção 2 – Pointers e Setters Britânicos e Irlandeses
2.2 – Setter
Padrão FCI no 120 – 2 de abril de 2001
País de origem: Irlanda
Nome no país de origem: Irish Red Setter
Utilização: Cão de caça e companhia
Sujeito à prova de trabalho para Campeonato Internacional.


Postado pela equipe Trilha da Matilha: 21/11/2014 às 22:38

Poodle





História da raça

Apesar de o Poodle ser geralmente associado à França, seus ancestrais foram provavelmente os cães de pelo enrolado da Ásia que ajudavam no pastoreio e que depois seguiram por muitas rotas por várias partes da Europa. Entre seus ancestrais, estão também muitos cães da água de pelo áspero. Talvez o Poodle mais antigo seja o Barbet, um cão de pelo enrolado que se espalhou pela França, Rússia, Hungria e outros lugares. Mas foi a sua versão alemã que exerceu maior influência na tipagem dos Poodles modernos. Na verdade, a palavra “poodle” vem do alemão “pfudel”, que quer dizer “poça de água” ou “espalhar águas”, refletindo suas habilidades na água. Na França, ele era chamado de Caniche ou “cão canário”, em referência às suas habilidades como caçador de patos. Assim com suas raízes pastoras e aquáticas, o Poodle se tornou um talentoso companheiro para caça de animais da água.

Etimologicamente, a palavra francesa “caniche” vem de “cane”, palavra francesa para a fêmea do pato. Em outros países, a palavra faz referência à ação de agitar o bico na água. Em sua origem, ele era empregado para a caça de pássaros aquáticos. É descendente do Barbet de quem conservou muitas características. Em 1743, era chamado “la caniche”: a fêmea do Barbet. Por consequência, o Barbet e o Caniche foram progressivamente separados. Os criadores se esforçaram para obter exemplares originais e de cor uniforme. O Poodle tornou­se muito popular como cão de companhia graças ao seu caráter amável, alegre e fiel e também devido aos seus quatro tamanhos e suas diferentes cores.

Não há dados precisos em relação à sua origem. Os franceses sustentam que é indiscutivelmente uma raça originária de sua terra. Entretanto os alemães afirmam que se trata, na verdade, de um cão nórdico autóctone. Outros autores, no entanto, sugerem que a raça teria vindo na verdade, da região do Piemonte, situada ao norte da Itália. Essa teoria tem base no fato de que antigamente já havia, na Itália, cães da raça Poodle de inestimável beleza, que os turistas ingleses costumavam adquirir e levar consigo de volta à Inglaterra.

A hipótese mais aceitável, no entanto, é a que sustentam os franceses, de que o Poodle moderno ou o Caniche, como é conhecido na França, teria vindo do Barbet, um raro cão de mostra francês que se caracteriza por seu pelo crespo e lanoso. Do Barbet, o Poodle teria conservado principalmente o instinto de caçador.



Temperamento e características da raça

O Poodle é conhecido pela fidelidade, aptidão para o adestramento e obediência, o que faz dele um cão de companhia muito agradável. É capaz de aprender com extrema facilidade, isto ajudou a torná-lo muito difundido em todo o mundo.

Classificada como uma raça de cão altamente energética e ativa, o Poodle também pode se cansar facilmente. De caráter essencialmente amistoso, ele gosta da companhia da família e, em particular, da presença do dono. É um cão carinhoso, amável, extremamente apegado ao dono. Muito sensível e instintivo, alguns exemplares podem apresentar um maior grau de agressividade do que outros, especialmente em relação aos estranhos. Costumam se dar bem com cães e outros animais domésticos, no entanto, é recomendado socializá-los desde cedo a fim de evitar comportamento excessivamente possessivo e potencialmente agressivo.

Como se trata de uma raça notavelmente inteligente, o Poodle precisa de estímulos frequentes, tanto físicos quanto mentais, para evitar certos desvios de comportamento. A prática regular de brincadeiras, jogos e exercícios, como caminhadas ou ainda o adestramento básico de obediência, são essenciais para que o cão dessa raça possa se manter física e mentalmente saudável.

Além de todas essas qualidades, é preciso levar em conta sua beleza e originalidade. Trata-se, na realidade, de um cachorro anatomicamente bem constituído e muito gracioso, que se distingue também por sua típica tosa, que o diferencia de qualquer outra raça. O Poodle possui aspecto inteligente, constantemente alerta e ativo.

A cabeça do Poodle é proporcional ao tronco, apresentando um focinho de aspecto sólido, com stop bem marcado e trufa desenvolvida de cor preta nos exemplares pretos, brancos ou cinzas; marrom nos exemplares marrons; e de cor marrom ou preta nos cães abricós e fulvo avermelhados.

Seus olhos de expressão fogosa e forma amendoada apresentam coloração marrom, âmbar-escuro ou preta. As orelhas são bastante longas, arredondadas na ponta, portadas pendentes ao logo da face. A cauda é de inserção bastante alta no nível da linha superior. Em repouso, a cauda é pendente, mas é portada obliquamente quando em movimento.



Saúde

Saúde do Poodle gigante e médio
Principais Preocupações: adenite sebácea, torção gástrica, doença de Addison
Preocupações Menores: distiquíase, entrópio, catarata, displasia de quadril, epilepsia
Vistos Ocasionalmente: persistência/patência do ducto arterial, doença de von Willebrand
Exames Sugeridos: punção na pele para adenite sebácea, olhos, quadril
Expectativa de Vida: 10-13 anos

Saúde do Poodle anão
Principais Preocupações: atrofia progressiva da retina, doença de Legg-Perthes, luxação da patela, epilepsia
Preocupações Menores: triquíase, entrópio , atresia dos dutos lacrimais, catarata, glaucoma, distiquíase
Vistos Ocasionalmente: urolitíase, degeneração do disco intervertebral
Exames sugeridos: olhos, joelhos, quadril
Expectativa de Vida: 13-15 anos

Saúde do Poodle toy
Principais Preocupações: atrofia progressiva da retina, doença De Legg-Perthes, luxação da patela, epilepsia
Preocupações Menores: triquíase, entrópio, atresia dos dutos lacrimais, catarata
Vistos Ocasionalmente: urolitíase, degeneração do disco intervertebral
Exames Sugeridos: olhos, joelhos, quadril
Expectativa de Vida: 12-14 anos



Padrão da raça:
Porte: existem gigante, médio, anão e toy
Temperamento: cão reconhecido por sua fidelidade, apto a aprender e a ser treinado, o que faz dele um cão e companhia particularmente agradável
Treinabilidade: alta
Grau de proteção: baixa
Espaço necessário: pequeno ou grande dependendo do seu porte
Tamanho: 1. Poodles gigante: acima de 45cm até 60cm, com uma tolerância de 2cm a mais.
2. Poodles médios: acima de 35cm até 45cm.
3. Poodles anões: acima de 28cm até 35cm.
4. Poodles toys: acima de 24cm até 28cm (a altura ideal: é 25cm) e até 24cm (tolerância de menos 1cm).
Nível de energia: alta
Duração exercícios diários: de duas a três horas por dia, podendo ser dividido em dois ou três períodos
Cor: pelo unicolor – preto, branco, marrom, cinza, abricó e fulvo avermelhado
Tipo de pelo: pelo cacheado – pêlo abundante de textura fina, lanoso, bem ondulado, elástico e resistente à pressão da mão. Espesso, farto, de comprimento uniforme, formando cachos iguais. Pêlo encordoado – abundante, de textura fina, lanoso e fechado, formando cordões bem característicos. Devem medir, ao menos, 20cm
Troca de pelo: não
Necessidade de tosa: sim, o Poodle tem vários modelos de tosa, podendo ser com máquina ou tesoura

Classificação F.C.I.:
Grupo 9 – cães de companhia
Seção 2 – Poodle
Padrão FCI no 172 – 18 de abril de 2007
País de origem: França
Nome no país de origem: Grand Caniche (Caniche Moyen, Caniche Nain, Caniche Toy)
Utilização: companhia
Sem prova de trabalho.

Postado pela equipe Trilha da Matilha: 14/11/2014 às 17:25



Jack Russel Terrier


História da raça

O Jack Russel Terrier é originário da Inglaterra do ano de 1819 graças aos esforços do Reverendo John Russel. Ele desenvolveu uma linhagem de Fox Terriers para satisfazer suas necessidades: um cão que pudesse correr com seus Foxhounds e para caçar raposas e outros pequenos animais. Duas variedades foram envolvidas, basicamente com padrões similares, exceto por algumas diferenças, principalmente, em altura e proporções. O mais alto, de construção quadrada, é conhecido como Parson Russel Terrier e o outro cão, menor e ligeiramente mais comprido, é conhecido como Jack Russel Terrier.

Outros entusiastas da raça continuaram o trabalho do Reverendo John Russel, dando ênfase às habilidades dos cães para a caça e não tanto aos detalhes de conformação e, até hoje, os criadores, especialmente aqueles filiados ao Jack Russell Club da América, defendem a teoria de que para o Jack Russel não é importante que ser reconhecido em competições de beleza e conformação, porque isso poderia fazer com que a criação deixasse de selecionar cães com aptidão e temperamentos adequados para a função e, eventualmente, poderiam selecionar cães apenas pelo padrão de beleza. A pouca importância dada pelos criadores da raça manifesta-se no reconhecimento bastante tardio do Jack Russel pelas entidades internacionais. A FCI só reconheceu a raça em 1991, a partir do The Kennel Club que o fez em 1990 publicando um padrão oficial provisório com o nome de Parson Jack Russell Terrier.



Temperamento e características da raça

O Jack Russel é um terrier cheio de vida, alerta e ativo com uma expressão aguda e inteligente. Corajoso e destemido, amigável e muito confiante. Alegre, enérgico e extremamente leal ao seu dono. Ele sabe o que quer. Por ser teimoso não é recomendado para um dono leigo. É preciso muito pulso e muita paciência pra ter um desses em casa.

Ele fica igualmente contente caçando uma raposa ou uma bolinha na sala da sua casa. Ou caçando uma meia no quarto ou um rato no porão. Ele é engraçado e sempre muito disposto. Não deixa de ser uma ótima companhia e alguns chegam a acompanhar o ritmo do dono. Porém muitos são demasiadamente agitados e quem deseja adquirir um Jack precisa estar atento e predisposto a isso.

Embora se adaptem a qualquer local, ele foi criado como cão de caça. Cidade grande, apartamento ou vida sedentária não foram feitos para um Jack Russel. Ele precisa de uma boa dose de atenção, atividades externas, exercícios e disciplina, respeitando sua condição de caçador, o que não quer dizer que ele irá mandar em você. Ele precisa de limites, precisa aprender a respeitar seu dono e, ao mesmo tempo, precisa extravasar toda essa energia, para não acabar com os seus móveis ou a casa. Nunca deixe um Jack solto ou sem supervisão, pois ele vai em busca da caça onde quer que ela esteja e isso pode lhe trazer sérios problemas, como fugas e acidentes.

Costuma ser muito agressivo com outros cães. É recomendado nunca o deixar sozinho em companhia de outros animais, pois tendo um potencial de caça muito aflorado, ele acaba sendo uma ameaça para animais menores como: gatos, porquinhos-da-índia, coelhos, entre outros. Ele também é considerado um dos cães mais corajosos e destemidos entre todas as raças, pois enfrenta cães duas vezes maiores que o seu tamanho ou animais selvagens como uma cobra, por exemplo. É preciso estar muito atento para todas essas características.

O Jack Russel é ótimo cão para família e se dá muito bem com crianças, mas não têm muita tolerância quando puxam seu rabo e suas orelhas, como fazem as crianças pequenas. Porém ele é muito gentil e fiel, idolatrando seus donos.

No Brasil ainda não são muito conhecidos, porém sua fama cresce a cada ano. Na Inglaterra e muitos países da europa eles são muito comuns.



Saúde

O Jack Russel é um cão muito resistente, mas possui alguma propensão a desenvolver alguns problemas específicos como outras raças. Apesar disso, deve-se ter especial atenção para:

Principais Preocupações: Doença de von Willebrand - uma deficiência de coagulação sanguínea.
Preocupações Menores: Epilepsia – pode ser causada por diversos fatores e o tratamento vai variar de acordo com o diagnóstico feito pelo veterinário.
Vistos Ocasionalmente: Dermatites e eczemas – normalmente causados pelo aparecimento de fungos.
Expectativa de Vida: 13 anos.

Padrão da raça
Porte: médio
Temperamento: alerta, ativo, corajoso e destemido.
Treinabilidade: alta
Grau de proteção: baixa
Espaço necessário: médio/grande
Peso/Tamanho: 4 a 7kg/25 a 30cm quando adulto
Nível de energia: intensa
Duração exercícios diários: passeios ou atividade física por 2h diárias
Cor: a cor branca deve ser predominante, com manchas pretas, castanhas ou marrons. A marcação castanha pode ser do claro ao escuro.
Tipo de pelo: podem ser lisos, quebrados ou ásperos. Devem ser resistentes a intempéries.
A pelagem não deve ser estripada para parecer lisa ou quebrada.
Troca de pelo: sazonal
Necessidade de tosa: não

Classificação F.C.I.:
Grupo 3 – Terriers
Seção 2 – Terriers de pequeno porte
Padrão FCI no 345 – 9 de agosto de 2004
País de origem: Inglaterra
País de desenvolvimento – Austrália
Nome no país de origem: Jack Russel Terrier
Utilização: Um bom terrier com habilidade para a caça. Excelente cão de companhia.
Sujeito à prova de trabalho para Campeonato Internacional.

Postado pela equipe Trilha da Matilha: 07/11/2014 às 11:39



Maltês






História da raça

O Maltês foi conhecido por uma grande variedade de nomes ao longo da história. Antigamente a raça era chamada em latim de Canis Malitaeus, depois outros nomes como Cão de Malta e Cão Leão Maltês. Um cachorro com a aparência do atual foi inúmeras vezes descrito por diversos autores, desde a época de Aristóteles, considerado o primeiro a mencionar um cão chamado Melitaei Catelli, em torno de 370 a.C. O registro mais antigo da raça foi em uma ânfora grega, encontrada na cidade Etrusca de Vulci, onde um cachorro com as características do Maltês é retratado junto a palavra Malitaie.

A arte grega inclui cães do tipo Maltês desde o século V e há evidências de que até mesmo túmulos foram construídos em homenagem a eles. Embora os cães fossem exportados e distribuídos pela Europa e pela Ásia, o grupo de Malta permaneceu relativamente isolado dos outros cães, resultando num cão único e que se manteve assim por séculos. Apesar da marca principal do Maltês ser o seu pelo longo, sedoso e branco brilhante, os primeiros Malteses também nasciam com outras cores. No começo do século XIV, eles foram levados à Inglaterra onde se tornaram os queridinhos das damas da sociedade. Escritores dos séculos seguintes sempre comentavam sobre seu tamanho pequeno. Esses cães nunca foram banais, uma pintura de 1830 chamada “O Cão-Leão de Malta, Último da Raça” sugere que a raça pode ter estado em risco de extinção.

O nome da raça não determina, no entanto, que sua origem esteja relacionada especificamente a Malta, ilha localizada ao sul da Sicília, no Mar Mediterrâneo. O termo Maltês teria vindo, na verdade, da palavra semítica "màlat", que significa refúgio, ou porto. Essa raiz pode ser encontrada em diversos nomes de lugares marítimos, a exemplo da ilha adriática de Méleda, localizada ao sul da Croácia, além da cidade siciliana de Melita e também, é claro, da ilha de Malta.

Acredita-se que, a partir do século XVII, houve a tentativa, por parte dos criadores da época, de tornar a raça ainda menor. Com número muito reduzido de exemplares existentes na época, esses cães teriam sido cruzados com outras raças de pequeno porte, como Poodles e pequenos spaniels. De acordo com essa teoria, no início do século XIX, havia pelo menos nove variedades diferentes da raça de cachorro Maltês. Cães de cores sólidas e particolores eram aceitos até 1913 nas exposições inglesas e somente na metade do século XX a obrigatoriedade da cor branca foi instituída. O Maltês foi reconhecido internacionalmente em 1954, tendo sido estabelecida a Itália como país patrono da raça.



Temperamento e características da raça

O vistoso pelo longo e brilhante é uma das características que faz do Maltês uma raça muito atrativa. É inteligente e afetuoso com o dono, alegre e expressivo, qualidades que fazem dele um maravilhoso cão de companhia.

Esse cão é muito inteligente, de caráter vivaz e bastante apegado ao dono. Figura entre os cães de companhia preferidos, tanto pelo temperamento afetuoso quanto pela brancura e viscosidade de sua rica pelagem. É extremamente alegre, brincalhão, ativo e cheio de energia. É uma raça considerada por muitos um companheiro, mais indicado para pessoas adultas ou para famílias que não tenham crianças pequenas em casa. Isso se deve ao fato de alguns exemplares se mostrarem pouco tolerantes às brincadeiras dos pequenos. É enfaticamente recomendada a socialização precoce para que isso não aconteça.

O Maltês precisa e prefere permanecer por perto dos seres humanos, não é o cachorro mais indicado para viver afastado da família e do seu dono. É um cachorro que gosta de latir, e certamente não é a raça mais indicada para proprietários ausentes, que passam o dia fora de casa e que não estejam dispostos a investir na educação do filhote.

É fácil satisfazer às necessidades de exercícios do Maltês com brincadeiras dentro de casa, no quintal ou passeios na coleira. Apesar de seu pelo, o Maltês não é um cachorro para viver fora de casa. O pelo precisa ser penteado todos os dias. Pode ser difícil manter seus pelos brancos em alguns locais. Os cães de estimação precisam ser podados para facilitar o cuidado.



Saúde

Principais preocupações: nenhuma.
Preocupações menores: luxação da patela, fontanela aberta, hipoglicemia, hidrocefalia, distiquíase, entrópio.
Vistos Ocasionalmente: surdez, síndrome de tremor do cão branco.
Exames Sugeridos: radiografia de joelhos e exames oculares.
Expectativa de Vida: 12 a 14 anos.

Padrão da raça:

Porte: pequeno
Temperamento: vivo, afetuoso, muito dócil e muito inteligente.
Treinabilidade: alta
Grau de proteção: baixa
Espaço necessário: pequeno
Peso/Tamanho: 3 a 4 kg. Altura na cernelha: machos de 21 a 25 cm, fêmeas de 20 a 23 cm.
Nível de energia: média/baixa
Duração exercícios diários: 30 a 40 minutos por dia, podendo ser dividido em dois períodos.
Cor: branco puro; um pálido tom de marfim é permitido. Manchas pálidas de sombra laranja são toleradas, mas não desejadas e constitui uma imperfeição.
Tipo de pelo: denso, brilhante, lustroso, caindo pesadamente e de uma textura sedosa, muito longa sobre todo o corpo; reto sobre todo o seu comprimento, sem sinal de ondulação ou caracol. Sobre o tronco deve ser mais longo do que a altura da cernelha e cair pesadamente para o solo, como uma capa bem colocada sobre o tronco sem se abrir ou formar flocos ou mechas. Flocos ou mechas são aceitáveis nos membros anteriores, do joelho à pata. Não tem subpelo. Na cabeça, o pelo é muito longo, como no focinho onde ele se mistura com o pelo da barba, também no crânio, de onde ele cai até se misturar com o polo das orelhas. Na cauda, os pelos caem para trás de um lado do corpo, isto é, sobre um dos flancos e sobre as coxas, de um comprimento e atinge os jarretes.
Troca de pelo: sazonal
Necessidade de tosa: podado regularmente.

Classificação F.C.I.:
Grupo 9 – cães de companhia
Seção 1 – bichons e raças assemelhadas
Padrão FCI no 65 – 06 de abril de 1998.
País de origem: Bacia Central do Mediterrâneo
País patrono: Itália
Nome no país de origem: Maltese
Utilização: companhia
Sem prova de trabalho.


Postado pela equipe Trilha da Matilha: 31/10/2014 às 11:32


São Bernardo



História da raça

No século XI, no topo do grande desfiladeiro de São Bernardo, a 2.469 metros de altitude, foi fundado um Mosteiro para oferecer refúgio a viajantes e peregrinos. Desde a metade do século XVII, os monges cercaram-se de cães enormes do tipo montanhês destinados à guarda e defesa. A presença destes cães no Mosteiro, foi confirmada por documentos iconográficos datados de 1695 e por uma nota no livro do Mosteiro do ano de 1707. Logo esses cães foram utilizados para escoltar viajantes e, principalmente, descobrir e salvar os que se perdiam na neve ou no nevoeiro. Os artigos sobre a maneira pela qual esses cães salvaram da “morte branca” uma grande quantidade de vidas humanas, publicados em vários idiomas, e os relatórios de soldados que, em 1800, atravessaram o desfiladeiro com a armada de Napoleão, difundiu a fama do Cão de São Bernardo por toda a Europa.

O legendário “Barry” em 1900, tornou-se então o símbolo cão de salvamento. Os ancestrais diretos do cão de São Bernardo foram os grandes cães de fazenda, muito difundidos entre os camponeses da região. A raça atual foi obtida, através da criação sistemática, que atravessou algumas gerações, visando atingir um tipo ideal. Em 1867, Henrich Schumacher de Holligen, próximo a Berna, foi o primeiro a escriturar uma documentação com anotações de dados genealógicos de seus cães. O Livro de Registro de Origens suíço foi implantado em fevereiro de 1884; o primeiro cão a entrar para o Livro Nacional de Registro foi o cão de São Bernardo “Léon”; os 28 registros seguintes também foram da raça São Bernardo. O Clube Suíço do São Bernardo foi fundado em Bâle em 15 de março de 1884. Por ocasião de um congresso internacional de cinologia, em 2 de junho de 1887, a raça foi oficialmente reconhecida como de origem suíça e o Padrão Suíço declarado como sendo, o único autorizado. A partir desta data, o São Bernardo, foi considerado como cão nacional suíço.

Esse cão a princípio era utilizado para puxar carroças, além de ser usado na guarda e companhia, mas os monges logo perceberam que eram desbravadores inestimáveis na neve profunda. Os cães eram hábeis em localizar os viajantes perdidos. Quando um cão localizava uma pessoa, ele lambia o rosto dela e se deitava ao lado para aquecê-la, reavivando-a. Praticaram essa atividade por três séculos, salvando mais de 2.000 vidas. O mais famoso desta raça foi Barry, que foi creditado com o salvamento de 40 vidas.

No início do século XIX, muitos dos cães foram perdidos pelo mau tempo, doença da endogamia. Embora pareça que a pelagem comprida ajudaria um cão na neve fria, na verdade atrapalhava, pois o gelo grudava na pelagem resfriando o animal, assim, esses cães de pelo longo foram afastados do trabalho de resgate, sendo utilizados para isso somente os de pelo curto.

Por volta de 1830, alguns exemplares que restaram foram cruzados com cães da raça Newfoundlands. O resultado desse cruzamento foi cães com a aparência que conhecemos hoje. Os primeiros cães desta raça chegaram na Inglaterra em torno de 1810, chamados por vários nomes, entre eles o “Cão Sagrado”. Em 1865, o nome de São Bernardo era o mais comum e se tornou o nome oficial em 1880. Nessa época, a raça chamou a atenção de criadores americanos. Em 1900, o São Bernardo se tornou extremamente popular, embora tenha perdido um pouco da popularidade, continua sendo um dos mais famosos entre as raças gigantes.



Temperamento e características da raça

A raça São Bernardo pertence ao segundo grupo - cães de guarda, trabalho e utilidade - e é considerado um cão de guarda e de salvamento. È um cão forte, de peito bem arqueado e ombros largos. É um excelente companheiro, que adora as crianças e respeita seu dono. O São Bernardo é fiel e devotado à sua família, muito tranquilo e gosta de companhia.

Ao contrário do que muitos pensem, esse cão não é de difícil manutenção. Trata-se de uma raça ideal para casas com bastante área livre, como sítios e chácaras. Para cães que não possuem grande espaço em casa, serão necessários passeios regulares para proporcionar a dose ideal de exercício diário.

Para as crianças, o São Bernardo é um grande amigo e companheiro, sempre bem humorado esse cão adora uma boa brincadeira. Fazem novos amigos com facilidade, mas na ausência de seu dono, os exemplares da raça tendem a defender seu território, procurando afastar qualquer pessoa estranha à casa.

O tamanho mínimo para um cão macho da raça São Bernardo é de 70cm, medidos sempre a altura da cernelha. Já para as fêmeas a altura mínima é de 65cm. Os cães de pelo curto são geralmente mais leves, atingindo cerca de 75kg (machos) e 65kg (fêmeas). Os machos de pelo longo pesam entre 80kg e 100kg, enquanto as fêmeas pesam até 85kg.

Nota: O São Bernardo é uma das maiores raças de cães do mundo e ficou muito famoso no filme Beethoven.



Saúde

O São Bernardo precisa de exercícios diários para evitar problemas de obesidade, bastam caminhadas moderadas ou corridas de curta distância. Filhotes com excesso de peso são mais propensas a problemas no quadril. Eles preferem clima frio pois não se dão bem com o calor. Essa raça se sente melhor quando possui livre acesso pela casa, ou seja, se sentem sozinhos quando restritos ao quintal. Sua pelagem, seja longa ou curta, precisa de escovação semanal, além de limpeza bucal regular, principalmente os que vivem dentro de casa, pois eles babam muito.

Principais preocupações: displasia coxofemoral, torção gástrica, entrópio, ectrópio, distiquíase, displasia do cotovelo e osteossarcoma.
Preocupações menores: osteocondrite dissecante, diabetes, doenças cardíacas e miocardiopatia.
Ocasionalmente visto: epilepsia.
Exames sugeridos: rx de quadril e de cotovelo, check-up cardíaco e ocular.
Expectativa de vida: 8 a 10 anos
Nota: o São Bernardo não tolera altas temperaturas.

Padrão da raça:
Porte: grande
Temperamento: amigável, calmo e vigilante
Treinabilidade: média
Grau de proteção: alta
Espaço necessário: grande
Peso: limite mínimo machos: 70 cm e fêmeas: 65 cm.
limite máximo machos: 90 cm e fêmeas: 80 cm.
Nível de energia: média/alta
Duração exercícios diários: 2 a 3 horas por dia, podendo ser dividido em dois ou três períodos.
Cor: branco, com placas, maiores ou menores, em marrom avermelhado (cãomatizado) até formar um manto contínuo no dorso e flancos (cão mantado). O manto manchado (marcado de branco) é equivalente. O marrom avermelhado tigrado é admitido. A cor marrom amarelada é tolerada. O encarvoado na cabeça é desejado. Um ligeiro toque de preto sobre o dorso é tolerado. Marcas brancas exigidas: no peito, patas, extremidade da cauda, uma faixa no focinho, lista e marcas no pescoço. Marcas desejadas: colar branco; simétrica máscara escura.
Tipo de pelo: Variedade pelo curto (Stockhaar, pelagem dupla): coberta por uma densa pelagem.
Variedade pelo longo: pelo de cobertura reto, de comprimento médio com subpelo abundante.
Troca de pelo: sazonal
Necessidade de tosa: Não

Classificação F.C.I.:
Grupo 2: Pinscher e Schnauzer, Molossóides, Boiadeiros e Montanheses Suíços e raças assemelhadas.
Seção 2 – Molossóides; 2.2 – tipo montanhês - tipo montanhês
Padrão FCI no 61 – 21 de janeiro de 2004.
País de origem: Suíça
Nome no país de origem: St. Bernhardshund / Bernhardiner
Utilização: Companhia, guarda e de fazenda
Sem prova de trabalho
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Postado pela equipe Trilha da Matilha: 22/10/2014 às 08:12


Bernese Mountain Dog





História da raça

O Bernese Mountain Dog é um cachorro de origem antiga, proveniente da região do cantão de Berna e Emmental e também encontrado inicialmente na região alpina, onde foi utilizado como cão de guarda e pastor. Seu nome original “Dürrbächler” vem do nome da vila e do hotel de Dürrbach em Riggisberg onde este boiadeiro tricolor de pelagem longa era particularmente difundido.

Também conhecido no Brasil como Boiadeiro Bernês, o nome original da raça é Berner Sennenhunde. Há duas teorias principais sobre a origem desta raça de cachorro: alguns dizem que é uma raça nativa, originalmente, da Suíça, enquanto outros afirmam que a origem do Bernese é intimamente ligada ao Império Romano e foi introduzida na Suíça, no período em que foi colônia romana na época do império. Indícios arqueológicos registraram que vasos romanos eram decorados com imagens que exibem um cachorro muito semelhante na aparência e cor do Bernese Mountain Dog, acredita-se ser um cachorro de origem muito antiga, muito provavelmente um cão denominado Oberland que seria um ancestral do Bernese e também do São Bernardo e outros molossos, incluindo o Rottweiler moderno.

Essa teoria supõe que a raça teria se originado na Suíça, quando soldados romanos invadiram a Suíça levarando consigo cães da raça Mastiff para desempenhar a guarda e o pastoreio. O cruzamento dos cães romanos com cães pastores, nativos de Berna, na Suíça, teria dado origem a quatro raças suíças: o Swiss Mountain Dog, o Appenzel Mountain Dog, o Entlebucher Sennenhund e o Bernese Mountain Dog.

Apesar de ser popular em sua região, em meados de 1870, tornou-se quase impossível encontrá-lo. Felizmente, em 1892, Franz Schertenleib comprou um Dürrbächler de Dürrbach onde estes cães ainda eram numerosos. Mais tarde Schertenleib adquiriu vários outros exemplares e assim deu início à sua criação. Ele foi o responsável pela definição do padrão da raça.

Em 1904, seis homens e uma mulher de Dürrbächler apresentaram quatro exemplares em uma exposição canina em Berna e no ano seguinte foi registrada a primeira ninhada de quatro Bernese no livro de origem canino suíço.

Em 1907 foi fundado o Clube Suíço Dürrbächler e, no ano seguinte, 21 exemplares foram apresentados ao Albert Heim, um juiz da raça. Heim aconselhou que alterassem o nome do clube e, portanto, foi sugerido o nome Bernese Mountain Dog, que faz referência ao lugar de origem da raça, já que a região de Dürrbach teria sido apenas o último refúgio da criação antes de sua redescoberta.

Em 1910, durante a exposição de Burgdorf foram apresentados mais de 107 exemplares. Ao fim dos anos 1940, a raça teve o entrecruzamento com alguns exemplares de Terra Nova; com isso o temperamento do Bernese ficou ainda mais dócil e seu tamanho aumentou. Ao fim desse processo, foi elaborado o padrão oficial da raça, que teve sua publicação em 1973.

Agora o Bernese Mountain Dog ou Boiadeiro Bernês está espalhado por todo o mundo, principalmente devido à sua natureza dócil que o torna extremamente leal com a sua família. Ao longo de sua história, o Bernese tem demonstrado obedecer ao homem sem dificuldades, portanto, sua natureza gentil faz com que seu manejo seja muito tranquilo.

Atualmente muitos clubes americanos e europeus realizam provas em que os Berneses são submetidos a testes que avaliam sua habilidade de puxar as pequenas carroças (sledding). A grande força que o Bernese herdou de seus ancestrais o tornam um cachorro muito forte e resistente que suporta temperaturas muito baixas.



Temperamento e características da raça

A personalidade desta raça é a de um cachorro muito brincalhão e carinhoso, um pouco desconfiado com estranhos, mas nunca desnecessariamente agressivo, adora se divertir e cuidar das crianças, este cachorro que honra o título de “cão babá” que lhe é conferido em grande parte do mundo. É um perfeito cão três em um: ele protege, trabalha e cuida da família. A raça se apega e obedece no máximo duas pessoas da família. É um cachorro que elege um líder da matilha, independentemente da idade, muitos Berneses escolhem as crianças para serem seus donos e sua atitude para seu escolhido é de fidelidade absoluta. Outra incrível característica do Bernese é a sua inteligência para aprender comandos básicos e difíceis. Esta é uma raça de cachorro muito sociável com outros animais, mas pode levar algum tempo para dois machos se acostumarem.

Não é aconselhável comprar um Boiadeiro Bernês se você não tiver tempo suficiente para dedicar a ele. Por ser um cão de grande porte, necessita treinamento para obediência para que não destrua as coisas por onde passa. É mais importante dar atenção a ele do que se preocupar com o espaço, poderá até viver em um apartamento, desde que o exercite bem com treinamentos, caminhadas diárias e eventuais passeios a lugares onde ele possa correr livremente para se exercitar. A perda de pelo do Bernese é sazonal, ou seja, ele perderá mais pelos no outono e na primavera, podendo ser escovado regularmente. Não precisa de banhos frequentes.



Saúde

Embora o Bernese seja um cão forte e resistente, segue algumas precauções:
Principais preocupações: displasia coxo-femural, displasia de cotovelo, Histiocitose e OCD.
Outras doenças menos comum na raça: Fragmentação do processo coronoide, torção gástrica, atrofia progressiva da retina.
Exames sugeridos: raio-x de quadril e cotovelos, exame ocular.
Observações: Precisa de cuidados extras contra insolação.
Expectativa de vida: 7 a 9 anos.

Padrão da raça:
Porte: grande
Temperamento: moderado
Treinabilidade: alta
Grau de proteção: baixa
Espaço necessário: médio
Peso: machos: 64 a 70 cm. ideal: 66 a 68 cm.
fêmeas: 58 a 66 cm. ideal: 60 a 63 cm.
Nível de energia: alto
Duração exercícios diários: 2 a 3 horas por dia, podendo ser dividido em dois ou três períodos.
Cor: preto intenso, com manchas castanho avermelhado nas bochechas, acima
dos olhos, nos quatro membros, no peito e com manchas brancas.
Tipo de pelo: longo, brilhante, reto ou ligeiramente ondulado.
Troca de pelo: sazonal
Necessidade de tosa: Não

Classificação F.C.I.:
Grupo 2: Pinscher e Schnauzer, Molossóides, Boiadeiros e Montanheses
Suíços e raças assemelhadas.
Seção 3: Boiadeiros e Montanheses Suíços
Padrão FCI no 45 - 05 de maio de 2003.
País de origem: Suíça
Nome no país de origem: Berner Sennenhund
Utilização: Originalmente cão de guarda, de tração e condução do gado nas fazendas do condado de Berna. Hoje, também é utilizado como um versátil cão de família.
Sem prova de trabalho.


Postado pela equipe Trilha da Matilha: 15/10/2014 às 18:41


Bull Terrier


História da raça

O Bull Terrier (em inglês: English Bull Terrier) é uma raça cuja história está atrelada às rinhas de briga. Antigamente os buldogues eram utilizados em combates contra touros. Como os buldogues mordiam e sufocavam até o término do combate, os mais aficionados começaram a cruzá-los com cães mais ágeis e valentes, os Terriers Brancos, caçadores de lobos e raposas. Por volta de 1835, um cruzamento entre um Bulldog e o velho Terrier Inglês, produziu um cachorro especialmente habilidoso, conhecido como “Bull e Terrier”. Outro cruzamento com o Pointer Espanhol trouxe o tamanho necessário, e o resultado foi um cão tenaz, forte e ágil que acabou nomeando os “Pits”. Com o aumento do interesse pela exibição de cachorros na Inglaterra. ninguém deu atenção a esses cães sempre associados com as camadas mais baixas da sociedade.

Uma vez aprovada a lei que proibia as lutas de animais, alguns donos de Bull e Terrier se voltaram para essa nova modalidade e começaram a aprimorar a aparência de seus cães. Por volta de 1860, James Hinks cruzou o Bull e Terrier com o White English Terrier e o Dálmata, produzindo uma linhagem branca que ele chamou de Bull Terrier. Essa nova linhagem branca alcançou sucesso imediato e chamou a atenção do público; eles se tornaram a companhia da moda para os jovens cavalheiros que queriam um cão com estilo másculo ao seu lado. Os cães ganharam reputação por saberem se defender, mas não por provocarem brigas, por isso foram chamados de “o cavaleiro branco”. Aos poucos, os cães foram se tornando mais ágeis e a cabeça característica do Bull Terrier evoluiu. Por volta de 1900, cruzamentos com os Staffordshire Bull Terrier trouxeram a cor de volta à raça. Ele não foi bem aceito no começo, mas depois ganhou status de uma variedade à parte no AKC em 1936. A variedade branca continua a ser a mais popular, mas outras cores são bem aceitas em exibições e em cães de estimação.



Temperamento e características da raça

Exótico, cômico, brincalhão e muito levado, assim é o Bull Terrier. Ele é uma raça imaginativa que normalmente vê as coisas do seu jeito e é teimoso até o fim. Ele precisa de exercícios físicos e mentais todos os dias para evitar que ele exercite sua poderosa mandíbula em casa. Com toda a sua pose de difícil, ele tem uma natureza doce, afetuosa e devotada.

Fisicamente apresenta uma estrutura forte e sólida, musculosa e simétrica, de expressão viva. Chamado o gladiador das raças caninas, tem o temperamento classificado como equilibrado, disciplinado e amável com as pessoas. Sua versão miniatura, entretanto, é qualificada como mais agressiva com outros cães, embora seja eficiente como animal de guarda, adaptando-se bem, inclusive, ao ambiente urbano. Na escala de obediência de Stanley Coren, publicada no livro "A Inteligência dos Cães", o Bull Terrier aparece na 66ª colocação das 79 raças pesquisadas.



Saúde

O Bull Terrier precisa ser entretido, seja com um bom exercício ou com estímulos mentais. De preferência, ambos. Essa é uma raça ativa que gosta de uma boa corrida, mas é melhor deixá-lo correr em uma área segura. Ele não deve ficar ao ar livre, mas vivendo dentro de casa com acesso ao quintal. Os cuidados com o pelo são mínimos.

Principais Preocupações: surdez (brancos), problemas nos rins, problemas cardíacos, luxação da patela e luxação da lente. Sugerido exames no filhote de ouvido, olhos, avaliação das funções renais e cardíacas. Expectativa de vida do Bull Terrier é de 11 a 14 anos desde que bem tratados.

Padrão da raça:
Porte: Médio
Temperamento: Forte
Treinabilidade: Alta
Grau de proteção: Alto
Espaço necessário: Médio
Peso: Não há limites de peso nem de altura, mas o cão deve dar a impressão de máxima substância para seu tamanho, condizente com as suas qualidades e o sexo.
Nível de energia: Alto
Duração exercícios diários: 2 a 3 horas por dia, podendo ser dividido em dois ou três períodos.
Cor: Nos cães brancos, pura pelagem branca. Nos coloridos, a cor predomina sobre o branco. Se houver igualdade em todas as demais características, o tigrado é preferido. Preto tigrado, vermelho, fulvo e tricolor são aceitáveis. Pequenas marcas na pelagem branca são indesejáveis. Azul e fígado são altamente indesejáveis.
Tipo de Pelo: Curto, plano, denso, áspero ao toque e brilhante. Pode apresentar subpelo macio no inverno.
Troca de Pelo: Mínima
Necessidade de Tosa: Não

Classificação F.C.I.:

Grupo 3 - Terriers
Seção 3 - Terriers do Tipo Bull
Padrão FCI no 11 - 23 de dezembro de 2011.
País de origem: Inglaterra
Nome no país de origem: Bull Terrier
Utilização: Caça
Sem prova de trabalho

Postado pela equipe Trilha da Matilha: 09/10/2014




Pug

                        



História da raça

Muitos historiadores afirmam categoricamente que o Pug teve sua origem na China, onde se encontraram representações de cães similares a eles por volta de 1700 a.C. e que tiveram como primeiros proprietários os imperadores chineses, vivendo protegidos dentro dos palácios imperiais. Nessa época, não existia o Pug que conhecemos hoje e sim seus ancestrais de cara achatada chamados de Lo-Chiang-Sze ou só Lo-Sze que eram provavelmente os precursores da raça Pug. No ano 1 d.C., já existiam referências, nos documentos chineses, ao cão “Pai”, referindo-se a um cão pequeno, de pernas e focinho curtos. O imperador Kang Hsi, no ano 950 d.C., elaborou um dicionário com todos os símbolos chineses e nele há duas referências que poderiam descrever o Pug: “cães com pés curtos” e “um cão com uma cabeça curta”.

No ano de 1300 d.C., havia três tipos principais de cães: o Lo-sze, o Pequinês e o Lion Dog, identificados como antecessores, respectivamente, das raças Pug e Spaniel Japonês. Na China, as três pequenas raças eram frequentemente cruzadas entre si, nascendo os descendentes com características variadas, como cães de pelo curto e longo numa mesma ninhada.

Na China antiga, uma das características mais importantes num Pug era a "Marca do Príncipe", formada por algumas rugas na testa, equivalentes a palavra "Príncipe" na escrita chinesa.

No final do século XVI, a China começou a negociar com os países europeus tais como Portugal, Espanha, Holanda e Inglaterra. Os cães pequenos foram levados ao Ocidente como presentes pelos comerciantes, e começou assim a ascensão da popularidade do Pug na Europa.

De origem chinesa, o Pug foi levado à Holanda por volta do século XVI, pela Companhia Mercante de Navegação Holandesa, dita Companhia das Índias, e foi bastante apreciado pelas damas da sociedade como cão de colo. Depois, chegou à Inglaterra que o adotou e mais tarde redigiria o seu padrão. Antes, porém, no início do século XVII, já era difundido em vários países europeus como Itália, França, Espanha e Alemanha.

Sempre tido como animal de estimação da nobreza e da alta sociedade, sua trajetória remonta os episódios com Napoleão Bonaparte, Maria Antonieta, o Príncipe de Orange Willian the Silent e, mais recentemente, com o Duque de Windsor. Sem o alerta de um pequeno Pug, Willian teria morrido nas mãos dos espanhóis, o latido de alerta do cão o avisou de uma invasão e salvou uma vida real. O Pug tornou-se o cão oficial da corte, e o túmulo de Willian exibe, além dele, seu querido cão de estimação.

Contudo sua origem permanece menos certa que os serviços que presta. Ele pode ter ascendência asiática ou europeia e o nome provavelmente pode se referir a um tipo de sagui (também chamado de Pug).

Os ingleses o batizaram de Pug ou "Pug-Dog", isto é, "coisa diminuta", "cão diminuto". O nome Carlino ou Carlini foi usado pela primeira vez na França pelo aspecto cômico, curioso e mal-humorado, ao mesmo tempo, que lhe conferem as rugas e a pigmentação particular do rosto redondo com máscara preta.



Temperamento e características da raça

Os Pugs são excelentes cães de companhia, pois possuem um comportamento gentil, dócil e amistoso. São cães com ótima capacidade de atenção, pois ficam em alerta grande parte do tempo. São sociáveis, com grande capacidade de adaptação a ambientes e pessoas diferentes. Porém, num primeiro momento, podem ser agressivos e receosos com pessoas desconhecidas.

O Pug é um cão de raça miniatura de origem chinesa. Possui aspecto quadrado, compacto e musculoso. Outra característica diferenciadora é o seu latido: o som emitido é muito parecido com um roncar, é intervalado por grunhidos como se o cão estivesse engasgado. No entanto, quando quer comunicar-se com alguém, o som torna-se mais agudo e longo. De acordo com o livro “A Inteligência dos Cães” de Stanley Coren, o Pug encontra-se na 53a posição entre as raças pesquisadas no quesito Inteligência para Adestramento e Obediência a Comandos.

Os cães dessa raça pesam entre 6,5 e 8,5 quilos. A cabeça dos cães dessa raça tem um formato arredondado, grande e sólido. A testa é enrugada. O focinho é achatado e quadrado. O rabo dos Pugs é em formato de espiral. Os olhos são arredondados, grandes e de formato globular. Sua pelagem é fina, curta, macia e lisa. Há cães com pelagens nas seguintes cores: preta, abricó-castanho e prateada. A altura desses cães varia entre 25 a 29 cm (machos) e 50 a 55 cm (fêmeas). Os cães da raça Pug, quando saudáveis, vivem em média de 13 a 15 anos.


Saúde

O Pug é um cão com tendência à obesidade e precisa de certo controle de alimentação. Tem maior risco de hipertermia, pois não se dá bem com temperaturas muito elevadas. Seus olhos, por serem expostos e saltados, são muito sensíveis e precisam de uma atenção maior, devem ser limpos sempre com soro fisiológico, retirando-se o excesso com gaze para que as dobrinhas não fiquem úmidas e proliferem fungos. Atenção com atividades físicas e passeios, pois cães de focinho achatado têm menor resistência física, e caminhadas de meia hora com passos normais sem forçar o cão já são suficientes para exercitá-lo diariamente. Lembrando sempre de protegê-lo do sol e das altas temperaturas.

Padrão da raça
Porte: Pequeno
Temperamento: Forte
Treinabilidade: Média
Grau de Proteção: Baixo
Espaço Necessário: Pequeno
Peso: 6,3kg a 8,1kg
Nível de Energia: Médio/alto
Duração Exercícios Diários: 30 min
Cor: prateada, abricó, fulva ou preta. Cada uma delas, bem definida, para fazer nítido contraste entre a cor da pelagem e a faixa preta que se estende do occipital à raiz da cauda e máscara. Máscara no focinho, nas orelhas e nas bochechas, o diamante na testa e a faixa escura no dorso devem ser os mais escuros possíveis.
Tipo de Pelo: Curto
Troca de Pelo: Mínima
Necessidade de Tosa: Não

Classificação F.C.I.:
Grupo 9 - Cães de Companhia
Seção 11 - Cães Molossos de Pequeno Porte
Padrão FCI no 253 - 16 de fevereiro de 2011.
País de origem: China
País Patrono: Inglaterra
Nome no país de origem: Pug
Utilização: Companhia
Sem prova de trabalho.


Postado pela equipe Trilha da Matilha: 30/09/2014


Dogo Canário
(Presa Canário)




História da raça

O Dogo Canário ou Cão de Presa Canário é um molosso originário das Ilhas Canárias (Espanha). Em seu desenvolvimento entraram diversas raças, sendo a principal o Perro de Ganado Majoreiro, também chamado de Perro de la Tierra ou simplesmente Majoreiro, que é um cão originário das ilhas. Seu desenvolvimento foi involuntário e teve início no século XVI, quando as Ilhas Canárias, por sua localização estratégica, foram consideradas um porto seguro pelos navegantes colonizadores das Américas e Índias. Os colonizadores das ilhas introduziram diversos tipos de molossos para ajudar na lida com o gado, que era criado solto e, por essa razão, se fazia necessário arrebanhá-lo e por vezes subjulgá-lo. Do cruzamento dos cães nativos das ilhas com os molossos trazidos da Europa originou-se o Cão de Presa Canário, hoje denominado de Dogo Canário.

Ao longo de quase 500 anos, a raça se desenvolveu em quase isolamento, dadas as características insulares das Ilhas Canárias, e passou por diversas fases. A princípio foi utilizado na lida com o gado, depois foi introduzido nas rinhas. Em meados do século XX, com as inovações ocorridas na pecuária, o gado bravo deixou de existir nas ilhas, coincidentemente logo depois foi proibida a rinha e a raça quase foi extinta, sendo salva por alguns criadores que vieram a fundar o "Clube Espanhol do Presa Canário", reunindo os exemplares restantes dessa maravilhosa raça, resgatando-a da extinção.

A criação da raça no Brasil se deu de fato no início de 2003, com a importação de alguns exemplares trazidos da Espanha, berço da raça.



Temperamento e características da raça

Devotado, fiel e amigo do dono e da família, porém desconfiado e bravo com estranhos, hoje o Dogo Canário é utilizado como cão de guarda, sendo considerado por especialistas como "o cão de guarda completo". De temperamento forte e extremamente territorialista, predisposto à obediência e com um grau de atividade elevado para um molosso, o Dogo Canário é um excelente guardião.

A raça foi reconhecida durante a exposição Mundial em Portugal, em 2001 pela FCI. Foi atribuído o seu temperamento no padrão oficial da raça como:

"Aspecto sereno, de olhar atento. É especialmente voltado para a função de Guarda e tradicionalmente para o manejo e condução do gado. Seu temperamento é equilibrado, tendo grande segurança de si mesmo. É manso e nobre com a família, muito apegado ao dono e desconfiado com os estranhos. É implacável com intrusos e pessoas mal-intencionadas que são rapidamente retraídas pelo porte descomunal da raça. Sua expressão é de muita segurança e nobreza. Quando está alerta, sua atitude é firme e seu olhar vigilante."

Sua pelagem é curta, assentada, de aspecto rústico e levemente áspero ao tato.

As cores permitidas são o tigrado (em toda sua gama) e o aleonado/dourado (em toda sua gama). O branco na pelagem pode ocorrer no peito, base do pescoço ou garganta e nos dedos (quanto menor a incidência melhor). Sua máscara deve ser sempre preta.


A saúde

É um molosso e, como todo molosso, está propenso a problemas nas articulações pelo seu peso avantajado. Mas isso não é regra e sim apenas uma ressalva. Se trata de um cão muito rústico, que enfrenta temperaturas baixissímas no inverno e altíssimas no verão Espanhol. Aqui no Brasil ainda não tivemos exemplos de problemas de saúde. Todos os cães são muito saudáveis, muito dedicados à Guarda de Propriedades e com uma energia jamais vista.

Padrão da raça:


Porte: Grande
Temperamento: Forte
Treinabilidade: Fácil
Grau de Proteção: Alto
Espaço Necessário: Grande
Altura Mínima Macho: 60 cm
Altura Máxima Macho: 65 cm
Altura Mínima Fêmea: 56 cm
Altura Máxima Fêmea: 61 cm
Peso Mínimo Machos: 50 kg
Peso Máximo Fêmea: 40 kg
Nível de Energia: Médio/alto
Duração Exercícios Diários: 45 min
Cor: Caramelo (aleonado), preto e todos os tipos de tigrado
Tipo de Pêlo: Curto
Troca de Pêlo: Mínima

Necessidade de Tosa: Não


Classificação F.C.I.:
Grupo 02 - Pinscher, Schnauzer, Molossos e Boiadeiros Suíços
Seção 2.1 - Tipo Dogue/Mastife
Padrão nº 346
País de origem: Espanha
Nome no país de origem: Dogo Canário
Utilidade: Guarda e defesa.
Sem prova de trabalho.


Postado pela equipe Trilha da Matilha: 22/09/2014