segunda-feira, 12 de dezembro de 2016

Educação para cães de guarda

Principais características dos cães com instinto de proteção


Abordaremos nessa matéria aspectos comportamentais, de treinamento e de adaptação doméstica dos cães de guarda. As raças mais utilizadas para essa função são: Pastor Alemão, Pastor Belga Malinois, Rottweiler, Dobermann, Cane Corso, Fila Brasileiro, Dogo Argentino, Mastiff, Dogue Alemão, Boxer e Akita, são os mais comuns no Brasil.

Existem algumas raças de médio e pequeno porte com disposição para proteção como: Chow Chow, Pintcher, Shar Pei, Schnauzer e Buldogue Francês, mas que pouco assustam pelo seu pequeno tamanho ou pela sua atraente aparência. Muitas vezes a predisposição protetora desses cães é desconhecida e não são tomadas as precauções necessárias. A consequência é o aumento do risco de acidentes, já que a lida co cães de guarda exige atenção em dobro por parte de seus proprietários.


Principais características


DOCILIDADE COM A FAMÍLIA,
RESERVADO COM ESTRANHOS
PARA CRESCER EQUILIBRADO, A EDUCAÇÃO DO GUARDIÃO COMEÇA DE FILHOTE

Temperamento: Alerta, vigilância, coragem e independência. Equilibrado e dócil com seu dono são qualidades necessárias nos cães de guarda. Para que essas características e qualidades se desenvolvam adequadamente é necessário boa socialização e treinamento de obediência. Sem controle, acidentes graves poderão ocorrer. Mesmo que o cãozinho de filhote seja carinhoso com as pessoas da família, aproximadamente entre os 6 e 12 meses de idade começara a agir mais reservado com pessoas desconhecidas. Depois passará a rosnar e a latir para eles. E, se os avisos não forem atendidos, poderá até atacar e morder.

Energia: Cães de guarda e proteção possuem alto nível de energia física e mental, por isso a importância de gastar essa energia com caminhadas, atividades com outros cães e treinos com comandos de obediência, para saciar o físico e mental do animal.

Local de trabalho e acomodações: Essas raças se mantém sempre ligadas ao que acontece ao seu redor. Costumam explorar e se deitar em vários locais diferentes no chão mesmo para vigiar, além de demarcar todo ambiente. É necessário oferecer um local para ele se refugiar como uma casinha ou colchão, para se proteger da chuva e do sol, e definir bem os locais de refeição e de fazer suas necessidades.


Principais problemas

LATIDOS EM EXCESSO PODEM SER VÁLVULA DE ESCAPE PARA A OCIOSIDADE


Agressividade com estranhos: Nas grandes cidades a maioria das pessoas desejam que seus cães de guarda sejam menos agressivos com pessoas estranhas e outros animais. Mas faz parte do instinto desses cães serem reservados e não tolerar a aproximação de estranhos, podendo até em certas situações atacar alguém. A melhor forma de evitar essas situações é sempre manter o cão submisso ao seu dono e socializar ele desde filhote, pois assim irá aprender a respeitar e aceitá-los de acordo com o pedido do seu dono. A melhor forma de ensinar obter equilíbrio e obediência é com a contratação de um adestrador experiente que possa ensinar os comandos básicos para o cão e seu dono.

Agressividade com os donos: Há cães que rosnam e atacam seus donos. Um motivo bem comum é o poder de possessividade, esse é um traço muito comum nas raças de guarda. Mas não é aceitável que um animal ofereça risco aos moradores da casa. A agressividade ao dono costuma acontecer quando o cão é desobediente e está com o instinto a proteger objetos ou locais dentro da propriedade. O correto, caso o cão esteja protegendo comida, brinquedos, objetos que roubou ou caíram acidentalmente no chão, é procurar por ajuda profissional de um adestrador, pois ele poderá ensinar como controlar o cão, reduzindo ou eliminando a possessão. Basicamente, o processo consiste em entregar recompensas ao animal sempre que ele não demonstrar sinais de agressividade com a aproximação. Ao mesmo tempo, é dada permissão para que ele tenha acesso ao objeto ou local disputado.

OBEDIÊNCIA BÁSICA E SOCIALIZAÇÃO: ESSENCIAIS PARA CÃES DE GUARDA

Excesso de latidos: Cães que latem demais para tudo e para todos causam incômodo. Por um lado, latir é a forma que muitos cães de guarda usam para manter longe possíveis ameaças. Mas pode ser também a forma de gastar energia. O certo é combater o excesso de latidos e não eliminar por completo. Eles são úteis na proteção e comunicação desses cães. Uma técnica e realizar uma rotina diária para o cão, com horários para passeios, treinos, refeição e o tempo que ficará no local a ser protegido. Dessa maneira o animal ficará equilibrado e sentirá necessidade de latir só quando houver aproximação de estranhos ou algo sair do normal.


quarta-feira, 13 de julho de 2016

Psicologia Canina


Saiba mais sobre a personalidade do seu cão

Problemas Caninos

Agressividade: Direcionada a outros cães e pessoas. Inclui mordidas de medo, rosnados para proteger a comida, ataques a pessoas ou cães desconhecidos. Possessividade agressiva.

Energia Hiperativa: Inclui pular ao encontrá-las ou quando elas entram em casa, girar em torna de si mesmo ou se contorcer impulsivamente, atividades destruidoras como morder e cavar, excitação exagerada entre outras. Não confunda felicidade com excitação exagerada!

Ansiedade: Quando você esta presente inclui latir, chorar, arranhar, roer, destruir objetos entre outros comportamentos. Na ausência do dono inclui também dormir muito, apatia e lamber as patas.

Obsessão/Fixação: “Vicio” ou preocupação com qualquer coisa, desde um gato a uma bola de tênis, expresso por linguagem corporal tensa, desobediência aos comandos do dono, recompensas alimentícias e ate mesmo dor física.

Fobia: Um medo ou incidente traumático que o cão não conseguiu superar qualquer coisa, desde pisos brilhantes a trovões e caminhões de lixo.


Baixa Autoestima/Timidez: Energia fraca, medo irracional de qualquer coisa e paralisação. Grau extremo de medo.


Personalidade e características 
de um cão normal


- Ativo 

- Brincalhão 
- Reage a comandos e sinais em geral 
- Cauteloso com sua atitudes 
- Latidos de comunicação com segurança
- Sociável com pessoas e cães
- Curioso
- Despreocupado
- Alerta
- Explorador
- Paciente (sabe esperar)
- Alimenta-se sozinho
- Carinhoso







Problemas caninos ou instabilidade



- Hiperativo
- Pula nas pessoas
- Desobediente, não vem quando chamado
- Não sabe interagir com outros cães e nem participar de atividades com sua “família"
- Foge sempre que consegue
- Urina por medo, rosna ou morde 
- Se esconde de pessoas estranhas

(Por Bruna P. Martinez)

terça-feira, 5 de julho de 2016

Cães medrosos e traumatizados. Parte3

Entendendo melhor a psicologia canina 
diante do medo e insegurança


Instinto de preservação

Barulhos altos podem significar perigo. Por isso, de maneira geral, os animais tentam fugir de tais sons.

Estrondos passam a idéia de que algo grande e poderoso se aproxima como árvores caindo, relâmpagos entre outros. Até mesmo dentro de nossas casas um barulho alto pode significar perigo. Imagine um móvel inteiro caindo perto do cão. É de se esperar que ele saia correndo para não se ferir.

Não confundir com dor de ouvido

Muitas pessoas alegam que seus cães têm a audição muito sensível e que, por isso, sons fortes como de fogos e trovões são capazes de causar dor no sistema auditivo. Um estampido extremamente forte, em contato direto com o ouvido do cão, pode ter esse efeito, mas é raro isso acontecer. Apesar de os cães terem ótima audição, não é por dor que ficam assustados. A verdadeira causa é a associação que fazem de perigo com determinado barulho.

Trauma associado

Sempre que alguma coisa ou situação muito relevante assustar o cão, ele poderá desenvolver um trauma associado. Por exemplo, se ele for acuado por fogos de artifício, já entrará em pânico nos primeiros ruídos. Se for medo por trovões e relâmpagos, provavelmente já entrará em pânico na formação do mal tempo e a chuva. Muitas vezes a associação vem de alguma situação, ou seja, se, por exemplo, um animal que está passeando tranquilamente pela rua e avista um portão se abrir,e, de repente sai um outro cão feroz e o ataca, ele poderá associar esse medo com o portão, e entrar em pânico toda vez que avistar um portão se abrindo.

Como proceder ao quadro de trauma?

Infelizmente não é fácil resolver esse tipo de problema, mas existem várias dicas para amenizá-lo. Há casos em que a recuperação é total. Não desanime, almeje o tratamento e evite submeter o cão a mais sofrimento que o necessário. Proceda com calma e consideração.

Muitos cães normalmente escolhem um lugar para se abrigarem quando estão com medo. Se esse for o caso do seu cão, procure respeitar o local escolhido por ele, permita que fique lá. Além disso, se previna com janelas e portas seguras para evitar acidentes. Nos momentos mais estressantes, poderá escolher seu quarto, por exemplo! Usar um ambiente associado com a sua pessoa vai ajudar bastante a deixar o cão mais seguro. Mas, principalmente nesse momento, fique junto do seu cão, interaja e brinque com ele, para cada vez mais ele associar e encarar esses barulhos como algo normal e sem maiores preocupações.

Evite novos traumas

Todo o treino de recuperação de um cão pode ir por água abaixo se novos traumas surgirem em decorrência dos mesmos costumes. Evite, portanto, a situação que provoque o medo no cão: festas de ano novo, jogos de futebol ou determinada situação que traga o trauma no cão. Ansiolíticos (medicação para acalmar) ajudam nessas situações, converse com seu veterinário de confiança, pois há a possibilidade de o cão ficar ansioso em vez de calmo, o médico veterinário saberá qual o melhor medicamento e dosagem adequada.

Obs.: Em excesso, o remédio pode deixar o cão desequilibrado ou sonolento demais, passível de sofrer algum tipo de acidente.


Quando o medo se torna agressividade

Alguns cães parecem ser bravos, porém, muitas vezes, é somente agressividade gerada pelo medo.

Agressividade por medo é muito difícil de ser controlada, pois o animal se sente acuado, sente que vai ser atacado e agride por defesa. Alguns sinais demonstram claramente que o cão está com medo: mostrar os dentes, pôr o rabo entre as pernas com as orelhas para trás – são os mais comuns. Normalmente, nessa situação, o animal não avança e nem recua, fica na dúvida testando o ambiente para descobrir até que ponto pode controlá-lo. Se ele entender que será atacado, atacará para se proteger.



É possível corrigir essa agressividade com treinamento que funciona como terapia.

Medo de passear
 
Se o cachorro demonstra medo de passear na rua, provavelmente associou a caminhada com algo ruim, barulho forte de automóveis, cães latindo ferozmente pra ele, ruídos de máquinas, etc... Ofereça alguma sensação prazerosa na hora do passeio. Levar um brinquedo que ele mais goste é uma boa alternativa. Saia com ele sempre com postura de liderança, calma e tranquila, para que seu animal comece a tomar sua postura equilibrada como exemplo. Se ao contrário, ele poderá tomar uma postura desequilibrada e consequentemente potencializar o medo.

Medo de andar de automóvel

Se na primeira viagem de carro o cachorro fica enjoado ele passa a associar esta sensação desagradável ao carro. Por causa de barulhos, freadas, balanço do automóvel e buzinas também poderá ser desagradável a experiência. É preciso dissociá-lo desse trauma. A dissociação é a técnica de expor o animal naquilo que ele tem medo, porém, associando a experiência a algo bom e de maneira gradual. Comece a acostumá-lo com o carro parado e brinque e faça carinhos como recompensa. Depois de superado o trauma de entrar no carro, poderá ser feito o treino da mesma maneira com o automóvel em movimento. Enquanto ele estiver relaxado, elogie seu cão como recompensa.
Dica interessante: se o cão só anda de carro para ir a programas que ele não gosta, como ir ao veterinário, por exemplo, experimente levá-lo para um parque ou lugares que ele goste. Assim ele poderá associar o automóvel a uma coisa legal!

Comporte-se de maneira confiante: a pessoa com medo leva o animal a sentir medo também.


Socializar o cão filhote previne medos e traumas


É importante que o cão, logo cedo, seja socializado e que conheça outros animais, pessoas estranhas e todo tipo de situação e ambientes com seus variados barulhos. No período de vacinação, que normalmente é dos dois aos quatro meses de idade, o médico veterinário aconselha deixar o animal em reclusão, fora do contato com outros animais e ambientes propícios a doenças; nessa fase, o cão poderá ser levado para socialização no carro ou em caixa de transporte próprio para animais, deixe-o observar as coisas e sentir os variados cheiros.

Influência da educação

Certa dose de medo é normal.

Na natureza, é essa emoção que garante a sobrevivência evitando que o animal se meta em situações perigosas. Cães se assustam com o som dos trovões e certos barulhos porque têm audição muito mais sensível que a nossa. A forma como o cão é tratado e educado também irá influenciar no equilíbrio do animal. Excesso de mimos ou maus-tratos certamente irá formar um cão medroso e inseguro. O cachorro muito mimado não vai ser independente como deve sê-lo de forma natural, sempre vai procurar o dono como apoio e nunca resolverá seus problemas sozinho.

O medo tem tratamento

Todo cão é movido por ação, associação e reforço positivo ou negativo, nessa ordem.
Por exemplo, se, no primeiro passeio do cão, ele for acostumado a usar um enforcador com guia em clima agradável, ele irá responder muito bem, pois isso será associado a algo bom e agradável, com certeza ele vai querer, o quanto antes, repetir o passeio. Se, ao contrário, ele associar o equipamento de maneira incorreta, ele se sentirá dominado e inseguro.

Quando algo sair errado como, no meio da caminhada, encontrar um cão desequilibrado, latindo sem parar e que, de forma agressiva, venha para cima dele, ele poderá associar o passeio com algo ruim e desagradável. Por isso, nesse momento, aja com firmeza, com postura correta e siga em frente sem que nada estivesse acontecendo, com certeza ele irá se espelhar no dono.

Resumo:
Se o seu cachorro é medroso, você deve ajudá-lo a superar o medo. Alguns cães são muito medrosos por natureza. Outros cães – que vivem experiência de uma situação desagradável – podem ficar com medo de coisas ou momentos específicos (por associação). O maior agravante do medo dos cães é a maneira com que lidamos com ele no momento em que sente medo. Se falarmos com tom de voz diferente, se dermos bronca ou colo ou, ainda, oferecermos petiscos quando o cão estiver com medo, acabaremos por reforçar o comportamento. O correto é ignorar o cão quando ele demonstrar medo.
Basta não dar atenção de nenhuma forma (não fale, não olhe e não toque). Também é importante demonstrar segurança – postura assertiva e confiante.

Cães seguem o líder e o líder deve ser sempre confiante e seguro.


quinta-feira, 19 de maio de 2016

Cães medrosos e traumatizados. Parte 2

Ajude seu cão a não ter medo

Postura correta

1. Não recompense o cão quando ele estiver com medo.
Mimar e dar carinho nessas horas só vai potencializar o sentimento nele.

2. Se ele ainda for filhote, evite situações em que ele possa ser traumatizado.

3. Exponha o cachorro aos barulhos e ruídos aos poucos e com segurança. Deixe-o a participar de confraternizações em sua casa, convide os amigos e entretenha-o com brincadeiras ou algo estimulante para que, aos poucos, ele se acostume com a rotina e pessoas estranhas.

4. Ligue os aparelhos domésticos por perto para ele se acostumar com o barulho; nesse momento, ofereça um petisco ou brinque com ele para que se acostume naturalmente com esses aparelhos.

5. Quando ele estiver em situações que envolvam fortes ruídos, como fogos de artifícios ou uma furadeira, brinque com ele, entretenha seu cão com algo mais interessante que o barulho, assim ele irá se acostumar com os sons sem perceber.

6. Se tudo falhar e o seu cachorro apresentar sinais de estresse extremo, converse com um profissional.



Manter a postura calma e tranquila diante das piores situações
mantém o cão seguro e sem medo
Como não potencializar o medo?

Entenda a psicologia canina por trás do medo e aprenda como prevenir um trauma.

Cão inseguro = cão medroso e extremamente submisso.
Cão traumatizado = cão descontrolado: pode atacar qualquer pessoa, pode se ferir ou ter convulsões.


Os cães em sua natureza são dominantes (líder) ou submissos (seguidor), eles necessitam de um líder para poder seguir em frente. Os cães inseguros e medrosos jamais desenvolvem um trauma, pois o comportamento de medo é ignorado pela matilha, obrigando o cão assustado a sempre seguir em frente.

Em muitos casos, o cão domesticado pelo humano tem seu medo reforçado. O humano inconscientemente tentando ajudar o cão usa a psicologia humana e acaba reforçando o sentimento de medo e insegurança do animal, pois, ao invés de seguir em frente, como aprende na natureza com sua matilha, eles potencializam seu estado de medo e o intensificam desenvolvendo os “traumas”.

Como não reforçar o medo do cão?

O ser humano não só humaniza seus cães como também os infantiliza, consequentemente, usam a psicologia infantil para lidar com o medo do seu animal de estimação.

Um bebê precisa se sentir protegido pela mãe quando tem medo, um cão precisa ser liderado com energia calma e firme quando tem medo. Uma cadela apenas dá ferramentas para que seu filhote cresça forte para se virar sozinho, facilitando sua segurança e amadurecimento.

Com a psicologia humana reforçamos o medo do cão com carícias e palavras de consolo. Ao contrário do que se possa imaginar, isso não funciona como alento ao animal, e sim como uma recompensa por sentir medo. É como se disséssemos “bom garoto, sinta mais medo!” O medo irá aumentar gradativamente até virar um trauma. Um bom exemplo desse reforço de medo é a ida a uma clínica veterinária. Muitos cães têm esse medo potencializado justamente por tentarmos sempre acalmá-los de maneira errada com carícias ou fazendo “vozes” de conforto.

Como ajudar um cão inseguro?


Devemos sempre ignorar o medo. Não olhar, não tocar e, muito menos, falar com um cão nesse estado. Se fizermos isso desde o primeiro sinal, o medo raramente evoluirá.

Se o cão for inseguro e medroso, tente antecipar o evento causador do desequilíbrio e, antes que os sintomas apareçam, convide-o para uma atividade que ele goste (passeio, brincadeira, treinamento etc.), assim ele associará o evento, antes traumatizante, a uma atividade positiva e perderá o medo.

Essas dicas funcionam para cães que ainda não desenvolveram traumas, ou seja, estão em um grau mais leve de medo.

Se o cão já tenha desenvolvido um trauma, a dica é consultar um profissional em comportamento canino. O cão precisará de uma terapia comportamental, o mais rápido possível, antes que o problema evolua para agressividade.

Reações e consequências 


Fogos de artifício e trovões numa tempestade são causadores muito comuns de medo nos cães, pois a audição deles é quase dez vezes mais apurada que a do ser humano, e isso os incomoda muito. Cães traumatizados, ao ouvir esse tipo de barulho, entram em desespero e podem ter reações como babar, tremer e podem, muitas vezes, até causar graves acidentes entrando em locais menores do que ele ou se jogar de grandes alturas na tentativa de se livrar dos ruídos. O estresse pode ser tanto que alguns cães até ficam doentes, se lambem sem parar, se mutilam machucando-se seriamente.


MANTENHA SEU CÃO COM COLEIRA E PLAQUETA DE IDENTIFICAÇÃO SEMPRE!!!


quarta-feira, 27 de abril de 2016

Cães medrosos e traumatizados

Cães medrosos e traumatizados

Introdução

Alguns cães podem ser medrosos e inseguros por diversos motivos. E dependendo de como o dono interfira, eles podem até desenvolver traumas. Seja de pequeno, médio ou grande porte eles entram em pânico ficando totalmente desequilibrados e muitas vezes nem sabemos o motivo.

Mas você já parou pra pensar por que eles têm tanto medo assim?
Qual é o verdadeiro motivo?
Entenda melhor o seu cão!

No período mais vulnerável da vida de um filhote, aumenta o risco de ser traumatizado!

Quando o medo aparece?


Existem dois períodos de maior atenção com seu filhote!


O primeiro ocorre entre 8 e 12 semanas de vida, que corresponde ao período do desmame e separação de sua família canina. Ele pode se sentir inseguro e com medo longe da proteção de sua mãe canina e seus irmãos.

O segundo ocorre entre 12 e 20 semanas de vida, que é a fase de maior atenção e aprendizado na vida de um cão. A maioria dos cães passa por essa fase sem muitos sustos, porém, se algo traumático acontecer, podem ser fixadas sequelas no cão em determinada situação.

Mais de 10% dos cães são medrosos: Esses cães passam a maior parte do dia com pavor de alguma coisa: ruído de carros, trovões, de pessoas ou animais desconhecidos e até de passear. O animal mostra-se assustado, agitado ou acuado, parece que está sempre esperando o pior.


Trauma genético

Alguns cães são mais sensíveis do que outros com relação a sons altos e movimentos bruscos.
Pode ser genético, pois adquirem do pai ou da mãe que já eram medrosos. Alguns sinais clássicos são procurar um canto pra se esconder quando alguém bate palmas ou fala muito alto perto deles. Às vezes, somente pelo simples fato de uma pessoa projetar seu olhar contra o do cão já é motivo para o animal se intimidar. O jeito é tentar diminuir a sensibilidade dele gradualmente com treinos diários para que ele supere esses medos da melhor maneira possível.

Trauma de ninhada

Qual é o momento ideal para tirar um filhote da ninhada? Quando levar um filhote para casa?
Muitas pessoas ficam com essa dúvida, mas o ideal é tirar o filhote do convívio de sua mãe e seus irmãos somente após os 90 dias de vida. A mãe será o ser mais importante para o filhote nesse período para alimentá-lo, fornecer calor corporal, fornecer anticorpos através do leite e ensinar as primeiras lições de vida com toques físicos. Assim, de forma gradual, acontecerá o desmame dando chance de mãe e filhote se acostumarem com esse processo no tempo ideal. Outro fator importante nessa fase é o convívio com seus irmãos de ninhada, pois aprenderá a interagir com eles e irá compreender melhor os sinais caninos, fator muito importante para futuramente ter boa socialização com outros cães.
Antecipar a vinda do cão para casa e poupá-lo desse convívio e aprendizado seria interferir nesse processo todo e impedir que seus instintos mais básicos de cão (olfato, audição e visão) sejam desenvolvidos. O cão poderá se tornar inseguro e ficar mais vulnerável a todas as situações adversas do mundo afora.

Estímulo do ambiente

Os cães reagem de acordo com o ambiente em que vivem. Se um cachorrinho vive com uma família cheia de crianças, dificilmente ele irá se importar com as brincadeiras, barulhos e agitação. Porém se um cão for criado em uma casa silenciosa, sem muita movimentação provavelmente vai estranhar os momentos de agito. Por isso é muito importante que seja feita experiências com ele nesse sentido no período da socialização.

Trauma por associação

Se uma cadeira cair em cima da patinha do filhote, causando dor e fazendo grande barulho, ele ficará inseguro e com medo diante desse tipo de barulho, pois irá associar o barulho com a dor. Às vezes, coisas muito mais sutis aos nossos olhos podem causar esta associação. Por exemplo, uma porta que bate com o vento fazendo grande barulho na hora de fazer xixi ou uma bronca muito ríspida por fazer as necessidades no local errado, poderá associar com as suas necessidades e por medo começar a evitar fazer xixi e coco. Levar uma pisada, sem querer, de uma pessoa estranha poderá associar pessoas estranhas com algo ruim.


Cães medrosos e inseguros sofrem mais com fogos de artifício

Diferente da fase de impressão do medo, os estímulos negativos precisam ser muito fortes para que o medo se torne permanente. Por isso é importante lembrar que as broncas na fase de socialização não precisam ser com gritos ou agressões, bastam ser firmes e corretas.

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2016

Cartilha de comportamento

Trilha da Matilha

Adestramento Profissional de Cães

Cartilha de Comportamento
O essencial para que seu cão cresça comportado e saudável!!!

Décima primeira parte


Por que não deixar o cachorro conduzir e tomar a iniciativa durante a caminhada?

A maioria dos cães quando sai para passear pela primeira vez, costuma puxar o dono pela coleira. Se isso for permitido pelo dono, com certeza ele fará novamente, pois entenderá que quem está no comando é ele. Isso é muito desagradável, mas é um comportamento normal, pois o cão poderá ficar ansioso, nervoso, com medo ou simplesmente tomando a liderança das caminhadas. Outra atitude muito comum é o cão querer cheirar tudo, principalmente quando ele sente o odor de outros animais, isso muitas vezes se torna um vício e acaba atrapalhando o andamento do passeio. Diga-se, que, é muito importante que os cães explorem e sintam todos os odores, inclusive o cheiro de outros animais, pois é assim que eles desenvolvem seu olfato e se comunicam com seres da mesma espécie. Porém é o tutor do cão que mostrará a ele a hora e lugar exato para brincar e desenvolver seus instintos como olfato e interação com outros animais. 

Como evitar o problema: O ideal é que durante o passeio a coleira fique frouxa, sem ser puxada pelo cão. Por exemplo, se o cão puxar a guia pra chegar até uma árvore, pare, faça o cão voltar atenção em você novamente, espera até que a guia fique frouxa e continue a caminhada. Com a guia frouxa, dê um sinal para que ele siga até a árvore para cheirar e explorar. Se ele puxar de novo, pare novamente e repita esse processo até ele entender que ficando ao seu lado com a guia frouxa, ele chegará onde quiser. Se ele puxar, o passeio não continua. É preciso ter paciência.

Dica: Use uma guia longa para que você possa, após um gesto ou comando, liberar o cão para fazer as necessidades, cheirar e explorar os ambientes.


quarta-feira, 10 de fevereiro de 2016

Cartilha de comportamento

Trilha da Matilha

Adestramento Profissional de Cães



Cartilha de Comportamento
O essencial para que seu cão cresça comportado e saudável!!!


Décima parte


Local para fazer as necessidades
Muitas pessoas esfregam o focinho do cão no xixi e no cocô para tentar ensinar o local correto para fazer suas necessidades, mas essa técnica não ensina de fato e muitas vezes até causam traumas do animal. Algumas falhas nessa técnica:

Quando você dá bronca por causa do xixi e do cocô fora do lugar esfregando o focinho dele nos dejetos, seu cachorro não entende porque você está agindo assim e o cão poderá ficar com medo de você e começar a ter medo de fazer as necessidades ou se estiver tentando chamar atenção irá associar com brincadeira e assim ele continuará fazendo nos lugares errados.

Como ensinar corretamente: prepare um local com jornal ou tapete próprio para essa finalidade e leve ele para fazer as necessidades no local correto. Sempre que ele acertar recompense com carinhos ou um petisco e agrado verbal, como um “muito bem!” em tom efusivo e satisfeito. Quando ele tiver feito no o local errado, simplesmente ignore, retire o cão do local e limpe sem que ele veja para não associar com chamar atenção do dono. Se caso o cão for pego em flagrante fazendo as necessidades em local errado, bloqueie com uma pequeno som verbal de correção, leve-o até o jornal ou tapete higiênico e recompense com carinho ou petisco se fizer no local correto. Outro cuidado muito importante é o de higiene, mantenha sempre o local das necessidades limpo, pois se o jornal ou tapete higiênico estiverem muito sujos com certeza ele irá procurar outro local mais limpo para fazer xixi e coco.


Dica: Outra opção muito interessante é associar o cão a fazer suas necessidades fora de casa. Para essa finalidade o melhor é esperar o horário do cão fazer suas necessidades, normalmente após suas refeições e pela manhã logo que o cão acordar. Por isso também a importância do animal ter uma dieta e horários certos para refeição. 

Leve-o para passear e deixe-o cheirar e sentir os mais variados cheiros presentes no ambiente externo, dessa maneira o cão será estimulado a cheirar e a explorar os ambientes naturais ajudando na socialização com outros cães.

Não se esqueça! Direcione sempre seu cão para fazer xixi em locais com grama ou terra e leve sempre sacolinhas para recolher as fezes.

Importante: Não colocar a ração e a água perto do local escolhido como banheiro.

quinta-feira, 28 de janeiro de 2016

Cartilha de comportamento

Trilha da Matilha
Adestramento Profissional de Cães


Cartilha de Comportamento
O essencial para que seu cão cresça comportado e saudável!!!


Nona parte



Uso correto de petiscos e guloseimas 

Cães, no seu mais puro instinto, estão sempre em busca de comida (caça), adoram comer e se sentem muito atraídos pelo cheiro da comida. Na hora da refeição, quando o dono ou a família está sentada à mesa, o cachorro pula, late, corre, olha com aquele olhar de pidão, tudo pra ganhar um pouco de comida. Os donos, normalmente, ficam com pena, querem agradar, e dão um pedacinho. Pronto, agora o cachorro aprendeu que toda vez que ele tiver esse comportamento errado, ele irá ganhar uma recompensa. 



Como evitar o problema: 



Sendo o cão filhote ou adulto, ele não sabe o que é certo ou errado. Se enquanto você come ele ficar quietinho com os brinquedinhos dele, aí sim, recompense-o. Após a refeição, levante-se e faça carinho ou dê um petisco para ele. Ele vai associar que quando ele fica quieto, ele ganha algo. Se ele pedir comida enquanto você come, ignore-o completamente. Ignorar é não falar, não olhar e não tocar. Logo ele irá desistir e terá o comportamento desejado.

Importante: É importante ensinar ao cão desde filhote que o local de refeição humana não lhe trará recompensas. Assim evitará que o cão incomode as pessoas na hora da refeição e compreenda melhor o local correto da sua alimentação. Petiscos podem ser oferecidos na hora e oportunidade certa, pois eles servem para recompensar o cão em algum treinamento específico, reforçar algum comportamento correto ou somente para agradar num momento de interatividade.

sexta-feira, 15 de janeiro de 2016

Cartilha de Comportamento

Trilha da Matilha

Adestramento Profissional de Cães



Cartilha de Comportamento

O essencial para que seu cão cresça comportado e saudável!!!


Oitava parte


Alimentação

É comum vermos cães que só comem a ração se tiver alguma coisa misturada nela. Isso acontece porque foram acostumados assim. Ele pode acabar engordando ou não aceitar a ração pura. O problema de misturar comida na ração é que você perde o controle da dieta balanceada e do que é mais saudável para ele. Uma ração de boa qualidade, as chamadas “super premium” já é completa e tem todos os nutrientes necessários. Se o cão não faz dieta de alimentação natural (comida humana), é importante que você dê apenas ração ou faça um balanceamento correto com a supervisão de um médico veterinário. As guloseimas sirva somente de petisco nas horas certas.

Como resolver o problema: Antes de qualquer coisa, é necessário levar seu cão ao veterinário para que ele indique a melhor ração ou quais alimentos naturais são ideais para a melhor dieta do seu cão de acordo com a saúde e idade do animal. Sendo uma ração de qualidade, a dieta ideal estará descrita na embalagem. Ela será balanceada de acordo com o peso do animal. O ideal é dividir a quantidade diária em duas ou três vezes. Por exemplo, se a quantidade são 300gr por dia, você pode dar 150gr de manhã e 150gr à noite ou 100gr em cada período. Se o cão não comer de manhã, não dobre a quantidade nos demais horários, retire o pote da ração e continue dando a mesma porção na próxima refeição. Para que ele se acostume a comer nesses horários, deixe o pote com ração durante 15 a 20 minutos para ele comer. Se ele não comer nesse tempo, retire e só volte a oferecer no próximo horário. Ele vai perceber que ele deve comer naquela hora, senão a comida “some”. E irá valorizar mais o momento da comida. Se o cão for ainda filhotinho, pode-se prolongar mais o tempo de exposição da ração, para que ele possa comer tudo já que está em fase de desenvolvimento. Não exagere nos petiscos, os cães podem se acostumar com coisas mais “gostosas” e podem não querer a ração, que é o alimento  saudável. 

Importante: Nunca dê petiscos ou pedaços de alimentos na hora da refeição familiar, pois seu cão se acostumará a ficar pedindo comida para as pessoas na mesa, além de ficar desestimulado a comer a própria refeição, pois a comida humana contêm temperos e mais sabor.