quarta-feira, 13 de julho de 2016

Psicologia Canina


Saiba mais sobre a personalidade do seu cão

Problemas Caninos

Agressividade: Direcionada a outros cães e pessoas. Inclui mordidas de medo, rosnados para proteger a comida, ataques a pessoas ou cães desconhecidos. Possessividade agressiva.

Energia Hiperativa: Inclui pular ao encontrá-las ou quando elas entram em casa, girar em torna de si mesmo ou se contorcer impulsivamente, atividades destruidoras como morder e cavar, excitação exagerada entre outras. Não confunda felicidade com excitação exagerada!

Ansiedade: Quando você esta presente inclui latir, chorar, arranhar, roer, destruir objetos entre outros comportamentos. Na ausência do dono inclui também dormir muito, apatia e lamber as patas.

Obsessão/Fixação: “Vicio” ou preocupação com qualquer coisa, desde um gato a uma bola de tênis, expresso por linguagem corporal tensa, desobediência aos comandos do dono, recompensas alimentícias e ate mesmo dor física.

Fobia: Um medo ou incidente traumático que o cão não conseguiu superar qualquer coisa, desde pisos brilhantes a trovões e caminhões de lixo.


Baixa Autoestima/Timidez: Energia fraca, medo irracional de qualquer coisa e paralisação. Grau extremo de medo.


Personalidade e características 
de um cão normal


- Ativo 

- Brincalhão 
- Reage a comandos e sinais em geral 
- Cauteloso com sua atitudes 
- Latidos de comunicação com segurança
- Sociável com pessoas e cães
- Curioso
- Despreocupado
- Alerta
- Explorador
- Paciente (sabe esperar)
- Alimenta-se sozinho
- Carinhoso







Problemas caninos ou instabilidade



- Hiperativo
- Pula nas pessoas
- Desobediente, não vem quando chamado
- Não sabe interagir com outros cães e nem participar de atividades com sua “família"
- Foge sempre que consegue
- Urina por medo, rosna ou morde 
- Se esconde de pessoas estranhas

(Por Bruna P. Martinez)

terça-feira, 5 de julho de 2016

Cães medrosos e traumatizados. Parte3

Entendendo melhor a psicologia canina 
diante do medo e insegurança


Instinto de preservação

Barulhos altos podem significar perigo. Por isso, de maneira geral, os animais tentam fugir de tais sons.

Estrondos passam a idéia de que algo grande e poderoso se aproxima como árvores caindo, relâmpagos entre outros. Até mesmo dentro de nossas casas um barulho alto pode significar perigo. Imagine um móvel inteiro caindo perto do cão. É de se esperar que ele saia correndo para não se ferir.

Não confundir com dor de ouvido

Muitas pessoas alegam que seus cães têm a audição muito sensível e que, por isso, sons fortes como de fogos e trovões são capazes de causar dor no sistema auditivo. Um estampido extremamente forte, em contato direto com o ouvido do cão, pode ter esse efeito, mas é raro isso acontecer. Apesar de os cães terem ótima audição, não é por dor que ficam assustados. A verdadeira causa é a associação que fazem de perigo com determinado barulho.

Trauma associado

Sempre que alguma coisa ou situação muito relevante assustar o cão, ele poderá desenvolver um trauma associado. Por exemplo, se ele for acuado por fogos de artifício, já entrará em pânico nos primeiros ruídos. Se for medo por trovões e relâmpagos, provavelmente já entrará em pânico na formação do mal tempo e a chuva. Muitas vezes a associação vem de alguma situação, ou seja, se, por exemplo, um animal que está passeando tranquilamente pela rua e avista um portão se abrir,e, de repente sai um outro cão feroz e o ataca, ele poderá associar esse medo com o portão, e entrar em pânico toda vez que avistar um portão se abrindo.

Como proceder ao quadro de trauma?

Infelizmente não é fácil resolver esse tipo de problema, mas existem várias dicas para amenizá-lo. Há casos em que a recuperação é total. Não desanime, almeje o tratamento e evite submeter o cão a mais sofrimento que o necessário. Proceda com calma e consideração.

Muitos cães normalmente escolhem um lugar para se abrigarem quando estão com medo. Se esse for o caso do seu cão, procure respeitar o local escolhido por ele, permita que fique lá. Além disso, se previna com janelas e portas seguras para evitar acidentes. Nos momentos mais estressantes, poderá escolher seu quarto, por exemplo! Usar um ambiente associado com a sua pessoa vai ajudar bastante a deixar o cão mais seguro. Mas, principalmente nesse momento, fique junto do seu cão, interaja e brinque com ele, para cada vez mais ele associar e encarar esses barulhos como algo normal e sem maiores preocupações.

Evite novos traumas

Todo o treino de recuperação de um cão pode ir por água abaixo se novos traumas surgirem em decorrência dos mesmos costumes. Evite, portanto, a situação que provoque o medo no cão: festas de ano novo, jogos de futebol ou determinada situação que traga o trauma no cão. Ansiolíticos (medicação para acalmar) ajudam nessas situações, converse com seu veterinário de confiança, pois há a possibilidade de o cão ficar ansioso em vez de calmo, o médico veterinário saberá qual o melhor medicamento e dosagem adequada.

Obs.: Em excesso, o remédio pode deixar o cão desequilibrado ou sonolento demais, passível de sofrer algum tipo de acidente.


Quando o medo se torna agressividade

Alguns cães parecem ser bravos, porém, muitas vezes, é somente agressividade gerada pelo medo.

Agressividade por medo é muito difícil de ser controlada, pois o animal se sente acuado, sente que vai ser atacado e agride por defesa. Alguns sinais demonstram claramente que o cão está com medo: mostrar os dentes, pôr o rabo entre as pernas com as orelhas para trás – são os mais comuns. Normalmente, nessa situação, o animal não avança e nem recua, fica na dúvida testando o ambiente para descobrir até que ponto pode controlá-lo. Se ele entender que será atacado, atacará para se proteger.



É possível corrigir essa agressividade com treinamento que funciona como terapia.

Medo de passear
 
Se o cachorro demonstra medo de passear na rua, provavelmente associou a caminhada com algo ruim, barulho forte de automóveis, cães latindo ferozmente pra ele, ruídos de máquinas, etc... Ofereça alguma sensação prazerosa na hora do passeio. Levar um brinquedo que ele mais goste é uma boa alternativa. Saia com ele sempre com postura de liderança, calma e tranquila, para que seu animal comece a tomar sua postura equilibrada como exemplo. Se ao contrário, ele poderá tomar uma postura desequilibrada e consequentemente potencializar o medo.

Medo de andar de automóvel

Se na primeira viagem de carro o cachorro fica enjoado ele passa a associar esta sensação desagradável ao carro. Por causa de barulhos, freadas, balanço do automóvel e buzinas também poderá ser desagradável a experiência. É preciso dissociá-lo desse trauma. A dissociação é a técnica de expor o animal naquilo que ele tem medo, porém, associando a experiência a algo bom e de maneira gradual. Comece a acostumá-lo com o carro parado e brinque e faça carinhos como recompensa. Depois de superado o trauma de entrar no carro, poderá ser feito o treino da mesma maneira com o automóvel em movimento. Enquanto ele estiver relaxado, elogie seu cão como recompensa.
Dica interessante: se o cão só anda de carro para ir a programas que ele não gosta, como ir ao veterinário, por exemplo, experimente levá-lo para um parque ou lugares que ele goste. Assim ele poderá associar o automóvel a uma coisa legal!

Comporte-se de maneira confiante: a pessoa com medo leva o animal a sentir medo também.


Socializar o cão filhote previne medos e traumas


É importante que o cão, logo cedo, seja socializado e que conheça outros animais, pessoas estranhas e todo tipo de situação e ambientes com seus variados barulhos. No período de vacinação, que normalmente é dos dois aos quatro meses de idade, o médico veterinário aconselha deixar o animal em reclusão, fora do contato com outros animais e ambientes propícios a doenças; nessa fase, o cão poderá ser levado para socialização no carro ou em caixa de transporte próprio para animais, deixe-o observar as coisas e sentir os variados cheiros.

Influência da educação

Certa dose de medo é normal.

Na natureza, é essa emoção que garante a sobrevivência evitando que o animal se meta em situações perigosas. Cães se assustam com o som dos trovões e certos barulhos porque têm audição muito mais sensível que a nossa. A forma como o cão é tratado e educado também irá influenciar no equilíbrio do animal. Excesso de mimos ou maus-tratos certamente irá formar um cão medroso e inseguro. O cachorro muito mimado não vai ser independente como deve sê-lo de forma natural, sempre vai procurar o dono como apoio e nunca resolverá seus problemas sozinho.

O medo tem tratamento

Todo cão é movido por ação, associação e reforço positivo ou negativo, nessa ordem.
Por exemplo, se, no primeiro passeio do cão, ele for acostumado a usar um enforcador com guia em clima agradável, ele irá responder muito bem, pois isso será associado a algo bom e agradável, com certeza ele vai querer, o quanto antes, repetir o passeio. Se, ao contrário, ele associar o equipamento de maneira incorreta, ele se sentirá dominado e inseguro.

Quando algo sair errado como, no meio da caminhada, encontrar um cão desequilibrado, latindo sem parar e que, de forma agressiva, venha para cima dele, ele poderá associar o passeio com algo ruim e desagradável. Por isso, nesse momento, aja com firmeza, com postura correta e siga em frente sem que nada estivesse acontecendo, com certeza ele irá se espelhar no dono.

Resumo:
Se o seu cachorro é medroso, você deve ajudá-lo a superar o medo. Alguns cães são muito medrosos por natureza. Outros cães – que vivem experiência de uma situação desagradável – podem ficar com medo de coisas ou momentos específicos (por associação). O maior agravante do medo dos cães é a maneira com que lidamos com ele no momento em que sente medo. Se falarmos com tom de voz diferente, se dermos bronca ou colo ou, ainda, oferecermos petiscos quando o cão estiver com medo, acabaremos por reforçar o comportamento. O correto é ignorar o cão quando ele demonstrar medo.
Basta não dar atenção de nenhuma forma (não fale, não olhe e não toque). Também é importante demonstrar segurança – postura assertiva e confiante.

Cães seguem o líder e o líder deve ser sempre confiante e seguro.