quarta-feira, 17 de janeiro de 2018

Comandos Básicos de Obediência

A importância dos comandos básicos de obediência


Um cão obediente e bem educado encanta a todos por onde passa e ainda é motivo de orgulho para o dono. As técnicas e exercícios de adestramento empregados nos treinos de obediência melhoram a sua comunicação com cão, além de prevenir diversos problemas comportamentais. Essas técnicas de adestramento, desde que feitas corretamente, fazem dele um cão mais seguro e confiante, promovendo um estado mental mais calmo e tranquilo.

Ao contrário do que muitos podem pensar, trabalhar comandos de obediência não é apenas ensinar o cão a sentar, a deitar e a ficar. Esse trabalho envolve uma série de exercícios que condicionam seu cão a criar novos hábitos em situações diversas, tanto no ambiente doméstico como no social. É uma forma de comunicação clara, que quando criada de maneira correta, traz resultados incríveis no lado comportamental. O objetivo desse programa é estreitar o relacionamento da família com o cão, promovendo o engajamento e a inclusão do cão na vida social. A família deve participar ativamente do processo e lembrar de praticar o que aprendeu ao longo da vida do cão de forma rotineira.

Outro fator importante dos exercícios de obediência básica para cães, é o desenvolvimento das habilidades cognitivas. Existem diferentes níveis e tipos de treinamento que podem ser oferecidos ao animal para desenvolver suas habilidades. Estão divididos em:

- Cães de serviço: cães-guia, cães de defesa e proteção, cães de resgate, entre outras funções.
- Cães de competição: agility, mondioring, cães de exposição, entre outras modalidades.
- Cães de companhia: aprendem os comandos puramente para exercitar suas funções cognitivas.

Truques

Quando se ouve falar de treino e obediência, a maior parte das pessoas pensa em comandos clássicos de “senta”, “deita”, “junto” ou “fica”. Na verdade, e apesar de se tratar de comandos nucleares estruturantes, existem outros tipos de comandos, também importantes, que não devem ser negligenciados, os chamados “truques”. Esse tipo de “comando”, normalmente derivado de alguns dos comandos básicos, oferece bastante estímulo mental, além de ser bem divertido!!

Benefícios de começar certos treinos com filhotes

Quer coisa mais gostosa que um companheiro canino educado? Saiba que este é um desejo possível! Se você acabou de comprar ou adotar um cão filhote filhote, deve estar em dúvida sobre qual seria a melhor idade para começar o adestramento. Pensando nisso, vamos falar sobre a importância do adestramento de cães filhotes.

O adestramento canino é muito importante para o desenvolvimento do cão, já que, neste processo, eles aprendem noções básicas que são úteis para manter a ordem na sua casa e na hora de um passeio.

Diferentemente do que algumas pessoas pensam, é sim aconselhado que os cães sejam adestrados logo no início da vida, ainda filhotes, assim fica mais fácil introduzir os ensinamentos, pois não possuirão vícios.

Pensando em como adestrar um filhote de cão, existem duas possibilidades: buscar apoio de um profissional para executar essa tarefa,contratando um adestrador habilitado; ou o próprio dono treinar seu companheiro. No caso da segunda alternativa, é interessante que se busquem dicas e orientações para técnicas de adestramento e não causar confusão na cabeça do seu companheiro.

Veja alguns dos benefícios de fazer o adestramento de filhotes

– Cães filhotes são mais abertos ao aprendizado e absorvem melhor os comandos ensinados;

– Para evitar que seu companheiro se torne um cachorro agressivo, não demore para começar o adestramento;

– O treinamento irá ajudar seu cão a se acostumar com a coleira e a obedecer comandos básicos de obediência, que são essenciais para um passeio ou uma atividade a que não está acostumado.

História dos Cães de trabalho

Nos anos 70, começou, na Alemanha, o movimento de conscientização e preservação do meio ambiente e, com isso, o desenvolvimento da ecologia e da etologia, cujo pai, Konrad Lorenz, já vinha desenvolvendo pesquisas do comportamento animal sem a interferência humana. Consequentemente a óptica arraigada do animal selvagem como uma fera inimiga do homem começou a mudar.

Com essas ideias, passou-se a estudar o comportamento dos animais como companheiros de vida na Terra. Os treinadores alemães começaram a utilizar conhecimentos de etologia no treinamento de cães de guarda, conseguindo sensíveis progressos. Esse conhecimento levou os treinadores à preocupação com a autoconfiança dos cães que fossem participar de provas de ataque, tornando o adestramento de cães de guarda um esporte.

A Inglaterra levou essas ideias mais além e, com base nos concursos hípicos, Peter Lewis lançou, em 1978, através do seu livro “The Agility Dog International”, uma nova modalidade de adestramento: o agility, no qual, sequer se utilizavam coleiras e guias. O cão teria que realizar um percurso sozinho, sem o menor auxílio do ser humano, como o fazem os cães de circo. Aqui no Brasil, devido à cultura latina/machista, essa mudança foi lenta, relutante e persistente. Entre os treinadores o conceito de cão de guarda era visto como cão de ataque mais do que como cão de defesa. Foi esta a razão da publicação do livro “Adestramento Sem Castigo” (1986), que trata o relacionamento com os cães sob o prisma das dificuldades dos cães em compreender e aceitar os comandos humanos. Foi abolido o comando militar e introduzido o diálogo com o aprendizado da linguagem canina. Esse conceito foi associado à contraindicação de se treinar um cão para ataque e à aplicação do conceito de defesa pessoal, semelhante ao das artes marciais, como um esporte.

A ideia de ensinar um cão a morder soava como um absurdo tão grande quanto ao de ensinar um pássaro a voar. Como, instintivamente, todos os cães sabem brigar, passou-se a divulgar o conceito de ensinar aos cães como se defender dos truques humanos de briga. Um cão não sabe dar uma gravata, rasteira, soco, chute, paulada, facada, tiro etc., ele só sabe morder. Com o conceito de cão de guarda como um esporte, os cães aprendem a defender-se sem serem, em princípio, agressivos. Os cães, antes atiçados para morder por ojeriza a estranhos, tornavam-se neuróticos e assustados, com medo das pessoas e por isso mordiam com uma frequência assustadora. O cão que aprendeu como lutar, apenas contra os golpes humanos, teve autoconfiança e tranquilidade suficiente para discernir uma ameaça verdadeira de uma falsa. Daí para frente foi mais fácil a erradicação do conceito da necessidade de produzir um cão feroz como a única maneira de treinar um cão para guarda. E assim, como em todo o mundo, desenvolveu-se uma outra modalidade de adestramento: o treinamento de cães auxiliares para deficientes físicos, com muito sucesso.