quinta-feira, 19 de maio de 2016

Cães medrosos e traumatizados. Parte 2

Ajude seu cão a não ter medo

Postura correta

1. Não recompense o cão quando ele estiver com medo.
Mimar e dar carinho nessas horas só vai potencializar o sentimento nele.

2. Se ele ainda for filhote, evite situações em que ele possa ser traumatizado.

3. Exponha o cachorro aos barulhos e ruídos aos poucos e com segurança. Deixe-o a participar de confraternizações em sua casa, convide os amigos e entretenha-o com brincadeiras ou algo estimulante para que, aos poucos, ele se acostume com a rotina e pessoas estranhas.

4. Ligue os aparelhos domésticos por perto para ele se acostumar com o barulho; nesse momento, ofereça um petisco ou brinque com ele para que se acostume naturalmente com esses aparelhos.

5. Quando ele estiver em situações que envolvam fortes ruídos, como fogos de artifícios ou uma furadeira, brinque com ele, entretenha seu cão com algo mais interessante que o barulho, assim ele irá se acostumar com os sons sem perceber.

6. Se tudo falhar e o seu cachorro apresentar sinais de estresse extremo, converse com um profissional.



Manter a postura calma e tranquila diante das piores situações
mantém o cão seguro e sem medo
Como não potencializar o medo?

Entenda a psicologia canina por trás do medo e aprenda como prevenir um trauma.

Cão inseguro = cão medroso e extremamente submisso.
Cão traumatizado = cão descontrolado: pode atacar qualquer pessoa, pode se ferir ou ter convulsões.


Os cães em sua natureza são dominantes (líder) ou submissos (seguidor), eles necessitam de um líder para poder seguir em frente. Os cães inseguros e medrosos jamais desenvolvem um trauma, pois o comportamento de medo é ignorado pela matilha, obrigando o cão assustado a sempre seguir em frente.

Em muitos casos, o cão domesticado pelo humano tem seu medo reforçado. O humano inconscientemente tentando ajudar o cão usa a psicologia humana e acaba reforçando o sentimento de medo e insegurança do animal, pois, ao invés de seguir em frente, como aprende na natureza com sua matilha, eles potencializam seu estado de medo e o intensificam desenvolvendo os “traumas”.

Como não reforçar o medo do cão?

O ser humano não só humaniza seus cães como também os infantiliza, consequentemente, usam a psicologia infantil para lidar com o medo do seu animal de estimação.

Um bebê precisa se sentir protegido pela mãe quando tem medo, um cão precisa ser liderado com energia calma e firme quando tem medo. Uma cadela apenas dá ferramentas para que seu filhote cresça forte para se virar sozinho, facilitando sua segurança e amadurecimento.

Com a psicologia humana reforçamos o medo do cão com carícias e palavras de consolo. Ao contrário do que se possa imaginar, isso não funciona como alento ao animal, e sim como uma recompensa por sentir medo. É como se disséssemos “bom garoto, sinta mais medo!” O medo irá aumentar gradativamente até virar um trauma. Um bom exemplo desse reforço de medo é a ida a uma clínica veterinária. Muitos cães têm esse medo potencializado justamente por tentarmos sempre acalmá-los de maneira errada com carícias ou fazendo “vozes” de conforto.

Como ajudar um cão inseguro?


Devemos sempre ignorar o medo. Não olhar, não tocar e, muito menos, falar com um cão nesse estado. Se fizermos isso desde o primeiro sinal, o medo raramente evoluirá.

Se o cão for inseguro e medroso, tente antecipar o evento causador do desequilíbrio e, antes que os sintomas apareçam, convide-o para uma atividade que ele goste (passeio, brincadeira, treinamento etc.), assim ele associará o evento, antes traumatizante, a uma atividade positiva e perderá o medo.

Essas dicas funcionam para cães que ainda não desenvolveram traumas, ou seja, estão em um grau mais leve de medo.

Se o cão já tenha desenvolvido um trauma, a dica é consultar um profissional em comportamento canino. O cão precisará de uma terapia comportamental, o mais rápido possível, antes que o problema evolua para agressividade.

Reações e consequências 


Fogos de artifício e trovões numa tempestade são causadores muito comuns de medo nos cães, pois a audição deles é quase dez vezes mais apurada que a do ser humano, e isso os incomoda muito. Cães traumatizados, ao ouvir esse tipo de barulho, entram em desespero e podem ter reações como babar, tremer e podem, muitas vezes, até causar graves acidentes entrando em locais menores do que ele ou se jogar de grandes alturas na tentativa de se livrar dos ruídos. O estresse pode ser tanto que alguns cães até ficam doentes, se lambem sem parar, se mutilam machucando-se seriamente.


MANTENHA SEU CÃO COM COLEIRA E PLAQUETA DE IDENTIFICAÇÃO SEMPRE!!!