segunda-feira, 12 de dezembro de 2016

Educação para cães de guarda

Principais características dos cães com instinto de proteção


Abordaremos nessa matéria aspectos comportamentais, de treinamento e de adaptação doméstica dos cães de guarda. As raças mais utilizadas para essa função são: Pastor Alemão, Pastor Belga Malinois, Rottweiler, Dobermann, Cane Corso, Fila Brasileiro, Dogo Argentino, Mastiff, Dogue Alemão, Boxer e Akita, são os mais comuns no Brasil.

Existem algumas raças de médio e pequeno porte com disposição para proteção como: Chow Chow, Pintcher, Shar Pei, Schnauzer e Buldogue Francês, mas que pouco assustam pelo seu pequeno tamanho ou pela sua atraente aparência. Muitas vezes a predisposição protetora desses cães é desconhecida e não são tomadas as precauções necessárias. A consequência é o aumento do risco de acidentes, já que a lida co cães de guarda exige atenção em dobro por parte de seus proprietários.


Principais características


DOCILIDADE COM A FAMÍLIA,
RESERVADO COM ESTRANHOS
PARA CRESCER EQUILIBRADO, A EDUCAÇÃO DO GUARDIÃO COMEÇA DE FILHOTE

Temperamento: Alerta, vigilância, coragem e independência. Equilibrado e dócil com seu dono são qualidades necessárias nos cães de guarda. Para que essas características e qualidades se desenvolvam adequadamente é necessário boa socialização e treinamento de obediência. Sem controle, acidentes graves poderão ocorrer. Mesmo que o cãozinho de filhote seja carinhoso com as pessoas da família, aproximadamente entre os 6 e 12 meses de idade começara a agir mais reservado com pessoas desconhecidas. Depois passará a rosnar e a latir para eles. E, se os avisos não forem atendidos, poderá até atacar e morder.

Energia: Cães de guarda e proteção possuem alto nível de energia física e mental, por isso a importância de gastar essa energia com caminhadas, atividades com outros cães e treinos com comandos de obediência, para saciar o físico e mental do animal.

Local de trabalho e acomodações: Essas raças se mantém sempre ligadas ao que acontece ao seu redor. Costumam explorar e se deitar em vários locais diferentes no chão mesmo para vigiar, além de demarcar todo ambiente. É necessário oferecer um local para ele se refugiar como uma casinha ou colchão, para se proteger da chuva e do sol, e definir bem os locais de refeição e de fazer suas necessidades.


Principais problemas

LATIDOS EM EXCESSO PODEM SER VÁLVULA DE ESCAPE PARA A OCIOSIDADE


Agressividade com estranhos: Nas grandes cidades a maioria das pessoas desejam que seus cães de guarda sejam menos agressivos com pessoas estranhas e outros animais. Mas faz parte do instinto desses cães serem reservados e não tolerar a aproximação de estranhos, podendo até em certas situações atacar alguém. A melhor forma de evitar essas situações é sempre manter o cão submisso ao seu dono e socializar ele desde filhote, pois assim irá aprender a respeitar e aceitá-los de acordo com o pedido do seu dono. A melhor forma de ensinar obter equilíbrio e obediência é com a contratação de um adestrador experiente que possa ensinar os comandos básicos para o cão e seu dono.

Agressividade com os donos: Há cães que rosnam e atacam seus donos. Um motivo bem comum é o poder de possessividade, esse é um traço muito comum nas raças de guarda. Mas não é aceitável que um animal ofereça risco aos moradores da casa. A agressividade ao dono costuma acontecer quando o cão é desobediente e está com o instinto a proteger objetos ou locais dentro da propriedade. O correto, caso o cão esteja protegendo comida, brinquedos, objetos que roubou ou caíram acidentalmente no chão, é procurar por ajuda profissional de um adestrador, pois ele poderá ensinar como controlar o cão, reduzindo ou eliminando a possessão. Basicamente, o processo consiste em entregar recompensas ao animal sempre que ele não demonstrar sinais de agressividade com a aproximação. Ao mesmo tempo, é dada permissão para que ele tenha acesso ao objeto ou local disputado.

OBEDIÊNCIA BÁSICA E SOCIALIZAÇÃO: ESSENCIAIS PARA CÃES DE GUARDA

Excesso de latidos: Cães que latem demais para tudo e para todos causam incômodo. Por um lado, latir é a forma que muitos cães de guarda usam para manter longe possíveis ameaças. Mas pode ser também a forma de gastar energia. O certo é combater o excesso de latidos e não eliminar por completo. Eles são úteis na proteção e comunicação desses cães. Uma técnica e realizar uma rotina diária para o cão, com horários para passeios, treinos, refeição e o tempo que ficará no local a ser protegido. Dessa maneira o animal ficará equilibrado e sentirá necessidade de latir só quando houver aproximação de estranhos ou algo sair do normal.